quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Em Guerra com o Vovô – Robert De Niro estrela divertida comédia infantil sobre avôs e netos

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O choque de gerações parece estar se tornando cada vez mais o foco das comédias em Hollywood, seja pelo contraste família x novo namorado da filha, seja pelos conflitos entre os membros de uma mesma família: irmão com irmã, primo distante com o pai das crianças e, mais recentemente, a batalha entre avô e neto. Esse é o mote de ‘Em Guerra com o Vovô’, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros.



Ed (Robert De Niro) é um vovôzão ranzinza que mora sozinho e, por isso, se mete em confusões. Um dia, sua filha Sally (Uma Thurman), decide dar um basta na situação e convida o pai para morar com ela em sua casa. Só que isso significa que Peter (Oakes Fegley) terá que sair do próprio quarto e deixá-lo para o avô – e, assim, ele passa a dormir no sótão da casa. Isso o incomoda profundamente, pois se sente como se o avô tivesse roubado algo que lhe pertencesse. Numa tentativa de recuperar o quarto, Peter trava uma guerra com o avô, da qual o vencedor ficará não só com a vitória, mas com o direito de dormir no melhor cômodo da casa.

Baseado no livro homônimo de Robert Kimmel Smith, o filme de Tim Hill usa bem o espírito brincalhão e provocador das crianças como forma de aproximar o universo infantil com o senil, afinal, ambos possuem necessidades especiais e tendem a ser compostos por indivíduos teimosos e birrentos. Por isso, Robert De Niro enche a tela com suas estripulias, e é realmente muito gostoso de vê-lo fazendo cenas tão legais, que dão muito a sensação de que ele está se divertindo com o que está fazendo. Embora tenha surgido nos filmes de ação, é realmente na comédia que o Sr. De Niro brilha e enternece nossos corações. Vê-lo contracenar (e se divertir) com Christopher Walken é como ver a dois grandes camaradas.

Através do artifício de uma disputa boba, o roteiro de Tom J. Astle e Matt Ember se disfarça através da comicidade para, na verdade, falar de um assunto importante com as crianças estadunidenses: a realidade de uma guerra de verdade. Em um país que constantemente declara guerra com outras nações do mundo, é muito tocante ver no final do longa dois personagens falando abertamente com a garotada que guerra não leva a nada, só a mágoa e dor. Tomara que a mensagem seja captada pelos pequenos.

O público-alvo é a molecada na faixa dos doze anos, por isso, o longa é recheado de pegadinhas ingênuas meio Luccas Neto, com direito a escatologia, games, tecnologia, nudez, etc. Apesar da edição parecer ter picotado partes da produção, ‘Em Guerra com o Vovô’ é desses filmes que mesmo os adultos vão rir, porque todos nós conhecemos uma criança mimada ou um idoso teimoso.

Com pouco mais de uma hora e meia de duração, ‘Em Guerra com o Vovô’ constrói uma divertida e surpreendentemente emocionante história familiar. Um filme para assistir com todo mundo numa tarde de domingo, e construir belas memórias dos momentos em família.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Ed (Robert De Niro) é um vovôzão ranzinza que mora sozinho e, por isso, se mete em confusões. Um dia, sua filha Sally (Uma Thurman), decide dar um basta na situação e convida o pai para morar com ela em sua casa. Só que isso significa que Peter (Oakes Fegley) terá que sair do próprio quarto e deixá-lo para o avô – e, assim, ele passa a dormir no sótão da casa. Isso o incomoda profundamente, pois se sente como se o avô tivesse roubado algo que lhe pertencesse. Numa tentativa de recuperar o quarto, Peter trava uma guerra com o avô, da qual o vencedor ficará não só com a vitória, mas com o direito de dormir no melhor cômodo da casa.

Baseado no livro homônimo de Robert Kimmel Smith, o filme de Tim Hill usa bem o espírito brincalhão e provocador das crianças como forma de aproximar o universo infantil com o senil, afinal, ambos possuem necessidades especiais e tendem a ser compostos por indivíduos teimosos e birrentos. Por isso, Robert De Niro enche a tela com suas estripulias, e é realmente muito gostoso de vê-lo fazendo cenas tão legais, que dão muito a sensação de que ele está se divertindo com o que está fazendo. Embora tenha surgido nos filmes de ação, é realmente na comédia que o Sr. De Niro brilha e enternece nossos corações. Vê-lo contracenar (e se divertir) com Christopher Walken é como ver a dois grandes camaradas.

Através do artifício de uma disputa boba, o roteiro de Tom J. Astle e Matt Ember se disfarça através da comicidade para, na verdade, falar de um assunto importante com as crianças estadunidenses: a realidade de uma guerra de verdade. Em um país que constantemente declara guerra com outras nações do mundo, é muito tocante ver no final do longa dois personagens falando abertamente com a garotada que guerra não leva a nada, só a mágoa e dor. Tomara que a mensagem seja captada pelos pequenos.

O público-alvo é a molecada na faixa dos doze anos, por isso, o longa é recheado de pegadinhas ingênuas meio Luccas Neto, com direito a escatologia, games, tecnologia, nudez, etc. Apesar da edição parecer ter picotado partes da produção, ‘Em Guerra com o Vovô’ é desses filmes que mesmo os adultos vão rir, porque todos nós conhecemos uma criança mimada ou um idoso teimoso.

Com pouco mais de uma hora e meia de duração, ‘Em Guerra com o Vovô’ constrói uma divertida e surpreendentemente emocionante história familiar. Um filme para assistir com todo mundo numa tarde de domingo, e construir belas memórias dos momentos em família.

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