quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime – Chapeuzinho Desvenda Crime em Suspense Fantástico

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Dizem que depois de determinada idade a gente para de acreditar nos contos de fadas. A ideia de que existe um mundo fantástico com personagens fabulosos que atravessam jornadas e encontram um final feliz aos poucos vai se tornando mais inacreditável quando vamos crescendo e nos tornando adultos. Então, como manter o mundo dos contos de fadas relevante e interessante para as atuais gerações de crianças e adolescentes, tão imergidas nos mundos tecnológico e digital? A partir desse desafio chegou recentemente à plataforma da Netflix o longa japonês ‘Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’.



Chapeuzinho Vermelho (Kanna Hashimoto) estava casualmente passeando pela floresta quando é interrompida por uma Bruxa, que cisma em fazer um feitiço. Nesse interim, a jovem acaba perdendo os sapatos e os encontra nos pés de Cinderela (Yûko Araki). Diante da pobreza da menina e de seu desejo de ir ao baile do Príncipe (Takanori Iwata) naquela noite, a Bruxa decide fazer o feitiço elaborando vestidos luxuosos e uma carruagem para levar as duas ao evento. Deslumbradas e felizes, as duas novas amigas se deslocam para a festa quando, no meio do caminho, acabam atropelando o cabeleireiro e estilista oficial do reino. Silenciosamente, elas concordam em ocultar o cadáver, porém, quando no meio da festa descobre-se este e outros crimes, Chapeuzinho Vermelho e Cinderela deverão descobrir quem é o verdadeiro culpado nessa história toda, e, ao mesmo tempo, conquistar o coração do Príncipe.

Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ mistura duas das clássicas histórias de contos de fada – Chapeuzinho Vermelho e Cinderela – para elaborar uma história de ficção fantasiosa costurada com muita influência dos romances policiais estilo Agatha Christie. Uma proposta ousada e bem diferente das roteiristas Aito Aoyagi, Yûichi Fukuda e Tetsurô Kamata, numa tentativa de trazer para o tempo atual as clássicas histórias medievais ocidentais numa pegada mais dinâmica e modernosa dos temas de antigamente trazidos para hoje.

Chama a atenção nesta produção a direção de arte, o figurino e toda a parte estética do projeto, marcadas com cores bem fortes e um bom investimento financeiro na produção de cenário e objetos de cena, além da pós-produção com inserção de efeitos especiais para tornar possível as magias da história. Essa dedicação torna o longa agradável e belo aos olhos, além de favorecer a imersão no mundo da fantasia.

Em se tratando de uma produção japonesa, ‘Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ mescla o estilo narrativo daquele país, com movimentos mais contidos e certa timidez nos personagens, com uma pegada mais pop que permite liberdades na ficção para dialogar com o público jovem antenado. Entre o suspense policial e o romance de fantasia, o longa acaba se tornando uma opção de filme para ver com toda a família, pois é facilmente compreensível por qualquer pessoa acima de 8 ou 10 anos.

Para quem curtiu produções como ‘Enola Holmes’ e ‘Wandinha’, ambas da Netflix, ‘Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ vai na mesma pegada inocente investigativa, só que através da fantasia clássica, trazendo uma nova roupagem para os contos de fadas já tão conhecidos do grande público.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Chapeuzinho Vermelho (Kanna Hashimoto) estava casualmente passeando pela floresta quando é interrompida por uma Bruxa, que cisma em fazer um feitiço. Nesse interim, a jovem acaba perdendo os sapatos e os encontra nos pés de Cinderela (Yûko Araki). Diante da pobreza da menina e de seu desejo de ir ao baile do Príncipe (Takanori Iwata) naquela noite, a Bruxa decide fazer o feitiço elaborando vestidos luxuosos e uma carruagem para levar as duas ao evento. Deslumbradas e felizes, as duas novas amigas se deslocam para a festa quando, no meio do caminho, acabam atropelando o cabeleireiro e estilista oficial do reino. Silenciosamente, elas concordam em ocultar o cadáver, porém, quando no meio da festa descobre-se este e outros crimes, Chapeuzinho Vermelho e Cinderela deverão descobrir quem é o verdadeiro culpado nessa história toda, e, ao mesmo tempo, conquistar o coração do Príncipe.

Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ mistura duas das clássicas histórias de contos de fada – Chapeuzinho Vermelho e Cinderela – para elaborar uma história de ficção fantasiosa costurada com muita influência dos romances policiais estilo Agatha Christie. Uma proposta ousada e bem diferente das roteiristas Aito Aoyagi, Yûichi Fukuda e Tetsurô Kamata, numa tentativa de trazer para o tempo atual as clássicas histórias medievais ocidentais numa pegada mais dinâmica e modernosa dos temas de antigamente trazidos para hoje.

Chama a atenção nesta produção a direção de arte, o figurino e toda a parte estética do projeto, marcadas com cores bem fortes e um bom investimento financeiro na produção de cenário e objetos de cena, além da pós-produção com inserção de efeitos especiais para tornar possível as magias da história. Essa dedicação torna o longa agradável e belo aos olhos, além de favorecer a imersão no mundo da fantasia.

Em se tratando de uma produção japonesa, ‘Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ mescla o estilo narrativo daquele país, com movimentos mais contidos e certa timidez nos personagens, com uma pegada mais pop que permite liberdades na ficção para dialogar com o público jovem antenado. Entre o suspense policial e o romance de fantasia, o longa acaba se tornando uma opção de filme para ver com toda a família, pois é facilmente compreensível por qualquer pessoa acima de 8 ou 10 anos.

Para quem curtiu produções como ‘Enola Holmes’ e ‘Wandinha’, ambas da Netflix, ‘Em Uma Terra Muito Distante… Havia um Crime’ vai na mesma pegada inocente investigativa, só que através da fantasia clássica, trazendo uma nova roupagem para os contos de fadas já tão conhecidos do grande público.

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