‘Maria Callas’, a cinebiografia dirigida por Pablo Larraín e estrelada por Angelina Jolie, foi o filme de abertura da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
O CinePOP esteve presente no evento de estreia do festival e, agora, trazemos a vocês a crítica em vídeo da produção.
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Baseado em fatos, o longa vai contar a história tumultuada, bela e trágica da vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e reimaginada durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970.
O longa tem direção de Pablo Larraín e roteiro de Steven Knight.
Além de Angelina Jolie, o elenco ainda conta com Pierfrancesco Favino (‘Nostalgia’), Alba Rohrwacher (‘Corações famintos’), Haluk Bilginer (‘Şahsiyet’), Kodi Smit-McPhee (‘2067’) e Valeria Golino (‘Euforia’).
O filme estreou no prestigiado Festival de Veneza e recebeu uma aprovação positiva de 77% no Rotten Tomatoes, com base em 61 críticas.
Os críticos destacaram o trabalho de Jolie e de Larraín, elogiando sua capacidade de capturar a essência da icônica cantora de ópera Maria Callas.
“O comprometimento do ator com sua criação é evidente em cada detalhe… No entanto, o retrato apresentado pelo filme é curiosamente desprovido de profundidade emocional. Callas, a mulher, continua distante e inalcançável; astuta até o fim, ela nos escapa”, disse Stephanie Bunbury do Deadline.
“A intensidade emocional crua e a tragédia profunda das heroínas operísticas imortais se encaixam de forma tocante na história do final de vida de Callas, servindo como um contraponto eficaz à sua postura estudada e distante nesta interpretação”, disse David Rooney do The Hollywood Reporter.
“A atuação de Jolie, que combina uma grandiosidade teatral com uma sutileza desveladora, é ao mesmo tempo imersiva e reveladora. Parece que Maria Callas se torna um meio para Jolie resgatar e reafirmar sua própria identidade como artista e ser humano”, disse David Ehrlich do IndieWire.
“No meio do filme, eu estava pronto para classificá-lo como uma distração exagerada, destinada a ser uma curiosidade de alto nível. No entanto, ele me conquistou e, ao chegar aos créditos finais, Deus nos ajude, eu já estava torcendo por um bis”, disse Xan Brooks do The Guardian.
“Larraín consegue transformar o que parece absurdo no papel em algo profundamente comovente na tela. A cinematografia de Edward Lachman faz com que as transições entre realidade e fantasia, cor e preto e branco, se fundam em um sonho belo e melancólico”, disse Clarisse Loughrey da Independent.
“Apesar das diversas escolhas interessantes, assistir a “Maria” foi uma experiência ambígua, revelando um dilema intrigante”, disse Alexander Harrison do Screen Rant.
“A vencedora do Oscar brilha especialmente nas cenas com Favino, que dá ao leal mordomo e amigo de Callas uma ternura profundamente comovente”, disse Rafaela Sales Ross do The Playlist.
“Larraín emprega a estrutura narrativa do flashback e adiciona toques operáticos para criar um filme focado na atuação que, embora siga o esperado, mantém-se sempre envolvente e fascinante”, disse Fionnuala Halligan do Screen Daily.