quarta-feira , 26 fevereiro , 2025

Crítica | Encontro Fatal – Mais um Suspense clichê e entediante de Paixão Obsessiva


Ellie Warren (Nia Long) é uma advogada bem-sucedida de uma importante empresa de São Francisco, porém, desde que seu marido Marcus (Stephen Bishop) sofreu um acidente e sua filha Brittany (Aubrey Cleland) começou a faculdade em Berkeley, a família decidiu se mudar da cidade grande e comprar uma casa maravilhosa de frente para a praia, no interior do estado. Tudo ia bem até o último dia de trabalho de Ellie na empresa, quando ela reencontra um antigo colega de escola, David (Omar Epps, o Dr. Eric Forman de ‘House’) e, num deslize momentâneo, os dois acabam se beijando. Só que para David foi mais que um beijo, e assim começa o pesadelo de Ellie.

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A pergunta básica que o espectador se faz nesses filmes é: por que a pessoa não conta a verdade? O conceito desses suspenses sempre parte de um pequeno erro, que se torna uma grande mentira, que vira uma bola de neve, que acaba se tornando uma grande ameaça à vida do(a) protagonista. Claro, se a verdade fosse contada, não haveria filme. Entendo. Só que tem filme que abusa dessa premissa, como é o caso desse ‘Encontro Fatal’.

O roteiro de Peter Sullivan e Rasheeda Garner sobre a história criada por Jeffrey Schenck e Peter Sullivan é fraco e forçado. Nas cerca de uma hora e quarenta de filme o roteiro não busca engajar o espectador nem com a motivação do perseguidor, nem com a necessidade de sobrevivência da protagonista. Todos os elementos são jogados, inseridos na trama de acordo com a necessidade de o enredo evoluir para algum lugar, como se não tivessem sido pensados na construção do todo, mas sim em um jogo de perguntas e respostas. Ou seja, parece que o roteiro foi construído dentro de um molde padrão de filme de suspense passional, colocando as respostas ao lado das perguntas elementais, mas sem nenhuma preocupação com a construção da trama.

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Encontro Fatal, enquanto filme de gênero, não oferece nada de novo aos já muitos filmes de suspense de paixão obsessiva que há no mercado. Com atuações inseguras e pouco entregues, as coisas mais relevantes que o espectador pode ter da experiência de ver esse ‘Encontro Fatal’ é a deslumbrante casa onde se passa a história e o fato de ser um filme com o elenco principal composto por atores negros. De resto, o longa também dirigido por Peter Sullivan é só mais um filme genérico de suspense passional da Netflix.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crítica | Encontro Fatal – Mais um Suspense clichê e entediante de Paixão Obsessiva

Ellie Warren (Nia Long) é uma advogada bem-sucedida de uma importante empresa de São Francisco, porém, desde que seu marido Marcus (Stephen Bishop) sofreu um acidente e sua filha Brittany (Aubrey Cleland) começou a faculdade em Berkeley, a família decidiu se mudar da cidade grande e comprar uma casa maravilhosa de frente para a praia, no interior do estado. Tudo ia bem até o último dia de trabalho de Ellie na empresa, quando ela reencontra um antigo colega de escola, David (Omar Epps, o Dr. Eric Forman de ‘House’) e, num deslize momentâneo, os dois acabam se beijando. Só que para David foi mais que um beijo, e assim começa o pesadelo de Ellie.

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A pergunta básica que o espectador se faz nesses filmes é: por que a pessoa não conta a verdade? O conceito desses suspenses sempre parte de um pequeno erro, que se torna uma grande mentira, que vira uma bola de neve, que acaba se tornando uma grande ameaça à vida do(a) protagonista. Claro, se a verdade fosse contada, não haveria filme. Entendo. Só que tem filme que abusa dessa premissa, como é o caso desse ‘Encontro Fatal’.

O roteiro de Peter Sullivan e Rasheeda Garner sobre a história criada por Jeffrey Schenck e Peter Sullivan é fraco e forçado. Nas cerca de uma hora e quarenta de filme o roteiro não busca engajar o espectador nem com a motivação do perseguidor, nem com a necessidade de sobrevivência da protagonista. Todos os elementos são jogados, inseridos na trama de acordo com a necessidade de o enredo evoluir para algum lugar, como se não tivessem sido pensados na construção do todo, mas sim em um jogo de perguntas e respostas. Ou seja, parece que o roteiro foi construído dentro de um molde padrão de filme de suspense passional, colocando as respostas ao lado das perguntas elementais, mas sem nenhuma preocupação com a construção da trama.

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Encontro Fatal, enquanto filme de gênero, não oferece nada de novo aos já muitos filmes de suspense de paixão obsessiva que há no mercado. Com atuações inseguras e pouco entregues, as coisas mais relevantes que o espectador pode ter da experiência de ver esse ‘Encontro Fatal’ é a deslumbrante casa onde se passa a história e o fato de ser um filme com o elenco principal composto por atores negros. De resto, o longa também dirigido por Peter Sullivan é só mais um filme genérico de suspense passional da Netflix.

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