sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Era Uma Vez um Deadpool – A prova de que Wade Wilson NÃO funciona censurado

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Na era dos reboots e remakes –  a famosa reciclagem de histórias –  não é de se admirar que alguém poderia surgir com a ideia de reeditar o próprio filme para transforma-lo em algo apropriado, em tese, para os pais assistirem com seus filhos mais novos – estes os quais não possuem idade suficiente para o original. Era Uma Vez um Deadpool traz essa premissa em sua base e como diz a própria sinopse, “(…) volta aos cinemas em sua versão conto de fadas (…) o público de quase todas as idades poderá desfrutar o Mercenário Boca Suja repaginado através do prisma da inocência infantil.”

Se você, caro telespectador, está esperando uma história com diferentes inserts, cenas novas e situações não vistas anteriormente, meu conselho é nem comparecer ao cinema. O longa-metragem em questão é exatamente o mesmo filme que teve estreia no mês de maio só que alguns cortes, uns dois momentos inseridos e é, claro, toda a narração de Wade Wilson (Ryan Reynolds) dos acontecimentos para Fred Savage (The Wonder Years).



A história é a mesma e com isso, a narrativa se constrói basicamente no mesmo modelo de Deadpool 2. Aqui a produção é um pouco mais curta devido a eliminação das cenas de maior violência, o que, de certa forma, prejudica um pouco o entendimento geral da trama para aqueles que não assistiram ao original. Ademais, por mais que o roteiro busque amenizar e entregar um enredo mais próprio para os olhares dos pequenos, muitas de suas piadas e diálogos adultos, como até mesmo alguns momentos, permanecem durante toda a exibição. A exemplo disso está a cena em que as pernas do personagem de Reynolds estão crescendo.

A sacada do longa-metragem é a passagem de cena para as conversas de Deadpool e Fred em alguns momentos mais intensos, deixando uma sutil explicação do que aconteceu durante esses diálogos. Os comentários e críticas de Savage são divertidos, sua química com o protagonista funciona em tela. Entretanto, nem sempre o roteiro dos dois tem efeito para os mais novos dificultando assim a criação de empatia com o público-alvo e se entrelaçando muito mais facilmente com o adultos que já assistiram ao principal.

As poucas cenas inseridas logo no início do filme trazem o efeito esperado, provocam risadas no espectador e se comunicam facilmente com a plateia mais jovem. A narrativa funcionaria com mais fluidez e de forma mais crível, que realmente foi desenvolvida com o intuito de atrair os pequenos e seus pais, se essas pequenas inserções acontecessem com mais frequência. Desta forma, a ideia de que Deadpool também funciona com censura seria mais real e não uma jogada de marketing para arrecadar mais dinheiro.

No geral, Era Uma Vez um Deadpool seria melhor se tivesse sido lançado em home vídeo invés de nos cinemas. É, de fato, uma reedição do longa-metragem original, com alguns poucos cortes aqui e ali, umas poucas cenas preguiçosamente colocadas que ganha seu público muito mais pelas cenas pós-créditos, em especial, a homenagem ao mestre Stan Lee. No final só fica a sensação de que a história de Wade Wilson não funciona quando censurada.

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Se você, caro telespectador, está esperando uma história com diferentes inserts, cenas novas e situações não vistas anteriormente, meu conselho é nem comparecer ao cinema. O longa-metragem em questão é exatamente o mesmo filme que teve estreia no mês de maio só que alguns cortes, uns dois momentos inseridos e é, claro, toda a narração de Wade Wilson (Ryan Reynolds) dos acontecimentos para Fred Savage (The Wonder Years).

A história é a mesma e com isso, a narrativa se constrói basicamente no mesmo modelo de Deadpool 2. Aqui a produção é um pouco mais curta devido a eliminação das cenas de maior violência, o que, de certa forma, prejudica um pouco o entendimento geral da trama para aqueles que não assistiram ao original. Ademais, por mais que o roteiro busque amenizar e entregar um enredo mais próprio para os olhares dos pequenos, muitas de suas piadas e diálogos adultos, como até mesmo alguns momentos, permanecem durante toda a exibição. A exemplo disso está a cena em que as pernas do personagem de Reynolds estão crescendo.

A sacada do longa-metragem é a passagem de cena para as conversas de Deadpool e Fred em alguns momentos mais intensos, deixando uma sutil explicação do que aconteceu durante esses diálogos. Os comentários e críticas de Savage são divertidos, sua química com o protagonista funciona em tela. Entretanto, nem sempre o roteiro dos dois tem efeito para os mais novos dificultando assim a criação de empatia com o público-alvo e se entrelaçando muito mais facilmente com o adultos que já assistiram ao principal.

As poucas cenas inseridas logo no início do filme trazem o efeito esperado, provocam risadas no espectador e se comunicam facilmente com a plateia mais jovem. A narrativa funcionaria com mais fluidez e de forma mais crível, que realmente foi desenvolvida com o intuito de atrair os pequenos e seus pais, se essas pequenas inserções acontecessem com mais frequência. Desta forma, a ideia de que Deadpool também funciona com censura seria mais real e não uma jogada de marketing para arrecadar mais dinheiro.

No geral, Era Uma Vez um Deadpool seria melhor se tivesse sido lançado em home vídeo invés de nos cinemas. É, de fato, uma reedição do longa-metragem original, com alguns poucos cortes aqui e ali, umas poucas cenas preguiçosamente colocadas que ganha seu público muito mais pelas cenas pós-créditos, em especial, a homenagem ao mestre Stan Lee. No final só fica a sensação de que a história de Wade Wilson não funciona quando censurada.

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