domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Esperando Bojangles: As surpresas e realidades no caminho da fantasia [Festival Varilux]

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As surpresas e realidades no caminho da fantasia. Baseado no livro homônimo do escritor francês Olivier BourdeautEsperando Bojangles, um dos destaques da seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2022, é uma história emocionante que contorna de maneira bem leve os caminhos incompreendidos da loucura deixando a reflexão ao público a cada instante. Traçando paralelos entre o lado bom da vida e a fantasia somos testemunhas de protagonistas que se confundem entre o real e o faz de conta, um modo de viver onde a inconsequência resolve cobrar as vezes de maneira implacável. A direção é assinada por Régis Roinsard e no elenco, os maravilhosos Romain Duris Virginie Efira.

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Na trama, conhecemos Georges (Romain Duris), um contador de histórias, meio malandro, que durante uma festa que chegou de penetra acaba conhecendo a bela Camille (Virginie Efira), por quem logo se apaixona e tem um filho. O cotidiano deles é repleto de festas, contas sem pagar, vivendo em um universo de fantasia que acaba passando para seu filho. O casal tem a rotina de escutar, naquelas vitrolas antigas, em muitos desses momentos a canção Mr. Bojangles. Em certo momento, Camille começa a apresentar sinais de que não quer nem consegue acessar o cotidiano e a realidade que se apresenta.

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O filme é de uma sutileza ímpar. O brincar de faz de conta apresentado é uma fuga da realidade, as questões mundanas de andar pelos conflitos não importava muito aos personagens. O contraponto chega quando Georges começa a perceber que a esposa possa estar ultrapassando as tênues linhas da fantasia com a realidade.

Outros personagens também nos apresentam suas visões para os protagonistas. Aos olhos do filho, aos poucos, é como se um castelo de cartas fosse caindo em efeito dominó, levando-o da fantasia de inesquecíveis momentos às dolorosas questões que a vida coloca pelo caminho. Há um curioso personagem, Charles (Grégory Gadebois), que acompanha a família durante todos os anos, uma espécie de padrinho daquela união, um alguém que se coloca como um ombro amigo nos momentos delicados.

No momento de virada da ótima trama, nos deparamos com um arco dramático muito profundo, emocionante onde escolhas precisarão serem tomadas. Dentro desse contexto, vamos enxergando um pouco do volume de emoções que transbordam sem controle, até mesmo os horrores dos métodos que eram usados para o combate à esquizofrenia (o filme é ambientado em décadas atrás).

Esperando Bojangles é um filme muito mais profundo do que aparenta, nos leva em uma viagem, muitas vezes cômica, mas que apresenta um lugar astroso que a mente humana as vezes pode acessar.

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As surpresas e realidades no caminho da fantasia. Baseado no livro homônimo do escritor francês Olivier BourdeautEsperando Bojangles, um dos destaques da seleção do Festival Varilux de Cinema Francês 2022, é uma história emocionante que contorna de maneira bem leve os caminhos incompreendidos da loucura deixando a reflexão ao público a cada instante. Traçando paralelos entre o lado bom da vida e a fantasia somos testemunhas de protagonistas que se confundem entre o real e o faz de conta, um modo de viver onde a inconsequência resolve cobrar as vezes de maneira implacável. A direção é assinada por Régis Roinsard e no elenco, os maravilhosos Romain Duris Virginie Efira.

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Na trama, conhecemos Georges (Romain Duris), um contador de histórias, meio malandro, que durante uma festa que chegou de penetra acaba conhecendo a bela Camille (Virginie Efira), por quem logo se apaixona e tem um filho. O cotidiano deles é repleto de festas, contas sem pagar, vivendo em um universo de fantasia que acaba passando para seu filho. O casal tem a rotina de escutar, naquelas vitrolas antigas, em muitos desses momentos a canção Mr. Bojangles. Em certo momento, Camille começa a apresentar sinais de que não quer nem consegue acessar o cotidiano e a realidade que se apresenta.

O filme é de uma sutileza ímpar. O brincar de faz de conta apresentado é uma fuga da realidade, as questões mundanas de andar pelos conflitos não importava muito aos personagens. O contraponto chega quando Georges começa a perceber que a esposa possa estar ultrapassando as tênues linhas da fantasia com a realidade.

Outros personagens também nos apresentam suas visões para os protagonistas. Aos olhos do filho, aos poucos, é como se um castelo de cartas fosse caindo em efeito dominó, levando-o da fantasia de inesquecíveis momentos às dolorosas questões que a vida coloca pelo caminho. Há um curioso personagem, Charles (Grégory Gadebois), que acompanha a família durante todos os anos, uma espécie de padrinho daquela união, um alguém que se coloca como um ombro amigo nos momentos delicados.

No momento de virada da ótima trama, nos deparamos com um arco dramático muito profundo, emocionante onde escolhas precisarão serem tomadas. Dentro desse contexto, vamos enxergando um pouco do volume de emoções que transbordam sem controle, até mesmo os horrores dos métodos que eram usados para o combate à esquizofrenia (o filme é ambientado em décadas atrás).

Esperando Bojangles é um filme muito mais profundo do que aparenta, nos leva em uma viagem, muitas vezes cômica, mas que apresenta um lugar astroso que a mente humana as vezes pode acessar.

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