domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Euphoria – Drama sobre eutanásia com Alicia Vikander não agrada

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Direto do TIFF, festival de Toronto

Menina de Prata

Não é por causa de seu conteúdo que certos filmes não se conectam com os espectadores, e isso inclui os críticos e especialistas de forma geral. Um bom exemplo disso é o vencedor do Oscar Menina de Ouro (2004), de Clint Eastwood, que trata do mesmo tema apresentado neste Euphoria, de forma bem mais palatável.



Escrito e dirigido por Lisa Langseth, o longa traz Alicia Vikander (vencedora do Oscar por A Garota Dinamarquesa) como protagonista. A atriz, que também produz o filme, é usual colaboradora da cineasta, tendo participado de seus dois filmes anteriores, também como protagonista – Pure (2010) e Hotel Terapêutico (2013). Aqui a dupla alista também a francesa Eva Green, no papel da irmã terminal da personagem de Vikander.

A proposta de Euphoria é apresentar o relacionamento conturbado de duas irmãs, que se afastaram após a morte da mãe, vivendo sozinhas o seu sofrimento. Agora precisarão através de um curso intensivo, conviver e exorcizar seus demônios. E aí reside o grande problema da obra: não sentimos em momento algum que tal conexão sequer já existiu, tampouco que esteja sendo reestruturada.

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Os sentimentos que precisavam ser grandiosos, são extremamente diluídos, não criando empatia com o público, ou identificação com esta trágica história. Falta ousadia e um soco mais forte para soar como tapa na cara e tirar o público do estado dormente. Vikander e Green não possuem química e algumas das cenas, como uma específica que deveria gerar um grande momento emocional, na qual as duas se abrem e contam histórias nunca antes reveladas, se torna tão envergonhado quanto falar de sexo com os pais.

Os jornalistas presentes no Festival de Toronto definitivamente não compraram a ideia e debandaram aos montes, da metade da sessão em diante. Ao final, fiz questão de contar os restantes, e é seguro dizer que ao menos um terço não estava mais presente. Se para mais nada, Euphoria, que consegue descambar totalmente para um dramalhão (sem querer estereotipar, mas já o fazendo) mexicano ou latino, tem na presença de Charles Dance e seu personagem o tipo de ritmo e humor que precisava. Ver Dance, o Tywin Lannister de Game of Thrones, dançando e cantando de forma assanhada numa festa de arromba torna a experiência um pouquinho menos esquecível.

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Escrito e dirigido por Lisa Langseth, o longa traz Alicia Vikander (vencedora do Oscar por A Garota Dinamarquesa) como protagonista. A atriz, que também produz o filme, é usual colaboradora da cineasta, tendo participado de seus dois filmes anteriores, também como protagonista – Pure (2010) e Hotel Terapêutico (2013). Aqui a dupla alista também a francesa Eva Green, no papel da irmã terminal da personagem de Vikander.

A proposta de Euphoria é apresentar o relacionamento conturbado de duas irmãs, que se afastaram após a morte da mãe, vivendo sozinhas o seu sofrimento. Agora precisarão através de um curso intensivo, conviver e exorcizar seus demônios. E aí reside o grande problema da obra: não sentimos em momento algum que tal conexão sequer já existiu, tampouco que esteja sendo reestruturada.

Os sentimentos que precisavam ser grandiosos, são extremamente diluídos, não criando empatia com o público, ou identificação com esta trágica história. Falta ousadia e um soco mais forte para soar como tapa na cara e tirar o público do estado dormente. Vikander e Green não possuem química e algumas das cenas, como uma específica que deveria gerar um grande momento emocional, na qual as duas se abrem e contam histórias nunca antes reveladas, se torna tão envergonhado quanto falar de sexo com os pais.

Os jornalistas presentes no Festival de Toronto definitivamente não compraram a ideia e debandaram aos montes, da metade da sessão em diante. Ao final, fiz questão de contar os restantes, e é seguro dizer que ao menos um terço não estava mais presente. Se para mais nada, Euphoria, que consegue descambar totalmente para um dramalhão (sem querer estereotipar, mas já o fazendo) mexicano ou latino, tem na presença de Charles Dance e seu personagem o tipo de ritmo e humor que precisava. Ver Dance, o Tywin Lannister de Game of Thrones, dançando e cantando de forma assanhada numa festa de arromba torna a experiência um pouquinho menos esquecível.

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