terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Fiéis – Produção europeia explora o buraco da fechadura de relacionamentos com segredos

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A consciência social é algum tipo de mecanismo de defesa do mentiroso? Chegou em 2023 no catálogo da Netflix, uma produção holandesa que não deixa de ser um recorte sobre a mente humana. Com um pontapé inicial em cima de curiosa história de duas amigas que resolvem viver vidas paralelas longe do cotidiano maçante com seus respectivos maridos, Fiéis é um filme sobre mentiras premeditadas que abre espaços para reviravoltas acoplando ao drama um misterioso assassinato. Dirigido por André van Duren, o projeto se desenvolve na reflexão sobre moralidade, o cardápio que acompanham as ações e as inconsequências.

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Na trama, conhecemos Bodil (Bracha van Doesburgh), uma experiente juíza holandesa que leva uma vida feliz com o marido, o médico Milan (Nasrdin Dchar). Sua melhor amiga, Isabel (Elise Schaap) é uma mulher que passa por uma crise no casamento. As duas, em determinadas épocas do mês fazem uma viagem onde vivem outras vidas, com calientes romances, um plano que dá sempre certo pois uma é cúmplice da outra. Quando um assassinato acontece e misteriosamente Isabel desaparece, Bodil se vê em um labirinto onde achar verdades em meio a tantas mentiras é uma tarefa complexa. Tudo se complica mais ainda quando Luuk (Gijs Naber), marido de Isabel resolve se juntar na busca pela esposa.

As verdades insuportáveis que se atolam nas mentiras. Tem muitos caminhos que o espectador pode seguir e refletir sobre alguns dos temas propostos pra debate. As fraquezas humanas, o buscar despertar para uma vida que nunca pode ser a principal, os segredos entre quatro paredes, as fantasias, as emoções conflitantes que surgem quando entendemos melhor as quatro peças desse tabuleiro repleto de traições, mentiras, voyeurismo, testemunhos falsos. Distinguir o certo do errado pode ter interpretações diversas nessa narrativa que busca seu clímax nos momentos de tensão, num confuso desaparecimento e um assassinato que pode ter mais de um motivo.

A questão da moralidade é algo que acaba sendo um ponto de interseção entre os personagens. As intenções, as decisões, andam em uma linha tênue onde o egoísmo se mostra presente quase sempre, arrancando qualquer tipo de certeza no que é certo ou errado. Essa transformação que passam esses casais acaba os fazendo ter uma nova visão sobre os próprios casamentos. Ainda sobre isso, Bodil se vê indo na contramão do sua própria profissão, burlando uma investigação para manter a sua mentira, o que não deixa de ser um enorme conflito não só no campo pessoal.

Infiéis e suas inúmeras interpretações está disponível lá no catálogo da Netflix. Um filme para assistir com bastante atenção, principalmente quando abre brechas para um olhar instigante sobre o buraco da fechadura de relacionamentos.

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Na trama, conhecemos Bodil (Bracha van Doesburgh), uma experiente juíza holandesa que leva uma vida feliz com o marido, o médico Milan (Nasrdin Dchar). Sua melhor amiga, Isabel (Elise Schaap) é uma mulher que passa por uma crise no casamento. As duas, em determinadas épocas do mês fazem uma viagem onde vivem outras vidas, com calientes romances, um plano que dá sempre certo pois uma é cúmplice da outra. Quando um assassinato acontece e misteriosamente Isabel desaparece, Bodil se vê em um labirinto onde achar verdades em meio a tantas mentiras é uma tarefa complexa. Tudo se complica mais ainda quando Luuk (Gijs Naber), marido de Isabel resolve se juntar na busca pela esposa.

As verdades insuportáveis que se atolam nas mentiras. Tem muitos caminhos que o espectador pode seguir e refletir sobre alguns dos temas propostos pra debate. As fraquezas humanas, o buscar despertar para uma vida que nunca pode ser a principal, os segredos entre quatro paredes, as fantasias, as emoções conflitantes que surgem quando entendemos melhor as quatro peças desse tabuleiro repleto de traições, mentiras, voyeurismo, testemunhos falsos. Distinguir o certo do errado pode ter interpretações diversas nessa narrativa que busca seu clímax nos momentos de tensão, num confuso desaparecimento e um assassinato que pode ter mais de um motivo.

A questão da moralidade é algo que acaba sendo um ponto de interseção entre os personagens. As intenções, as decisões, andam em uma linha tênue onde o egoísmo se mostra presente quase sempre, arrancando qualquer tipo de certeza no que é certo ou errado. Essa transformação que passam esses casais acaba os fazendo ter uma nova visão sobre os próprios casamentos. Ainda sobre isso, Bodil se vê indo na contramão do sua própria profissão, burlando uma investigação para manter a sua mentira, o que não deixa de ser um enorme conflito não só no campo pessoal.

Infiéis e suas inúmeras interpretações está disponível lá no catálogo da Netflix. Um filme para assistir com bastante atenção, principalmente quando abre brechas para um olhar instigante sobre o buraco da fechadura de relacionamentos.

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