segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | ‘Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’ funciona apenas para os fãs devotos da franquia

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Em 2014, a internet parou para descobrir um game que logo se tornou fenômeno daquela época, vindo a conquistar seu espaço na cultura geek e na história dos videogames: ‘Five Nights at Freddy’s’. Um jogo cuja premissa é simples: você assume o papel de um guarda noturno de uma pizzaria e terá que vigiar o local enquanto tenta sobreviver, por cinco noites, a um quarteto macabro de animatrônicos que tomam vida durante a madrugada e tentam te matar de forma brutal.

O game ficou famoso principalmente por uma jogabilidade fácil e por seus jumpscares icônicos, que rendem muitos momentos de tensão e sustos, além, claro, do divertimento. Não obstante, teorias sobre a história de fundo do jogo viralizaram na internet, rendendo inúmeros tópicos de discussões dentro de sua já estabelecida fanbase. Eventualmente, a franquia começou a engrenar com mais jogos, sendo lançados praticamente de formas anuais desde então, e expandido-se para outras mídias como livros, HQs e, finalmente, um longa-metragem.



Sob o comando da Blumhouse, a mesma de ‘M3GAN’ e a trilogia sequência de ‘Halloween’, o longa tem uma história parecida com a premissa do primeiro game. Mike Schimdt (Josh Hutcherson) aceita o emprego de ser vigia noturno da pizzaria abandonada Freddy’s Fazbear, extremamente popular nos anos 80 por conta de seus famosos animatrônicos. Quando o turno da noite começa, Mike percebe que estes mesmos robôs podem não ser simples figurações infantis, e algo maligno os espreita.

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É claro que o filme, por ser uma adaptação direta do primeiro jogo, teve que desenvolver uma história mais profunda e incluir a presença de mais personagens para dar mais peso à trama. A personagem de Piper Rubio, que interpreta a irmã de Mike, consegue trazer à tona uma camada sentimental ao personagem de Hutcherson.

A policial Vanessa, interpretada por Elizabeth Lail, serve como ponte para o público que não está familiarizado com a franquia, dando várias informações sobre o que está acontecendo na trama, mesmo que às vezes pareça muito expositivo. Já Matthew Lillard tem pouco tempo de tela, e seu personagem é sustentado à base de um mistério que não é muito bem trabalhado ao decorrer da rodagem.

A diretora Emma Tammi consegue usar do roteiro, que inclusive tem crédito de colaboração para o criador da franquia, Scott Cawthon, para dar espaço a todos esses personagens e o desenvolvimento de seus arcos, mas esquece de um fator crucial para a narrativa: o terror.

Ao ocupar boa parte do filme para desenvolver o arco dramático do personagem Mike, o longa acaba tendo momentos bem arrastados e pouco impactantes especialmente em seu terço final. O fato da produção ser classificado como PG-13 (ou menores de 13 anos), acaba enxugando parte das cenas e momentos que poderiam servir como complemento para aprofundar a história, tornando-a mais interessante.

Apesar disso, é importante destacar que a atmosfera e a produção de design do longa são muito bem trabalhadas. Os animatrônicos estão extremamente fiéis aos visuais dos games, bem como seus efeitos sonoros e suas movimentações, além de toda a atmosfera oitentista que permeia a emblemática pizzaria Freddy’s Fazbear, e também o aspecto de início dos anos 2000 que é apresentado nos diversos cenários afora.

Além do mais, o filme é recheado de easter-eggs e referências que certamente vão agradar aos mais devotos fãs da franquia, e provavelmente fará com que a experiência de assistir esse tão aguardado longa nos cinemas seja de valer a pena.

Com isso, ‘Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’ não surpreende como filme de terror, ao escantear momentos que poderiam ser assustadores para dar espaço a tramas melodramáticas desnecessárias, mas ganha destaque por seu design competente ao retratar os animatrônicos e toda a atmosfera apresentada.

Como já dito, os fãs da franquia certamente ficarão contentes por apreciarem, após uma longa espera, a obra nas telas dos cinemas. Aos que não conhecem ou não possuem interesse neste universo, não é um filme necessário de ser contemplado.

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Em 2014, a internet parou para descobrir um game que logo se tornou fenômeno daquela época, vindo a conquistar seu espaço na cultura geek e na história dos videogames: ‘Five Nights at Freddy’s’. Um jogo cuja premissa é simples: você assume o papel de um guarda noturno de uma pizzaria e terá que vigiar o local enquanto tenta sobreviver, por cinco noites, a um quarteto macabro de animatrônicos que tomam vida durante a madrugada e tentam te matar de forma brutal.

O game ficou famoso principalmente por uma jogabilidade fácil e por seus jumpscares icônicos, que rendem muitos momentos de tensão e sustos, além, claro, do divertimento. Não obstante, teorias sobre a história de fundo do jogo viralizaram na internet, rendendo inúmeros tópicos de discussões dentro de sua já estabelecida fanbase. Eventualmente, a franquia começou a engrenar com mais jogos, sendo lançados praticamente de formas anuais desde então, e expandido-se para outras mídias como livros, HQs e, finalmente, um longa-metragem.

Sob o comando da Blumhouse, a mesma de ‘M3GAN’ e a trilogia sequência de ‘Halloween’, o longa tem uma história parecida com a premissa do primeiro game. Mike Schimdt (Josh Hutcherson) aceita o emprego de ser vigia noturno da pizzaria abandonada Freddy’s Fazbear, extremamente popular nos anos 80 por conta de seus famosos animatrônicos. Quando o turno da noite começa, Mike percebe que estes mesmos robôs podem não ser simples figurações infantis, e algo maligno os espreita.

É claro que o filme, por ser uma adaptação direta do primeiro jogo, teve que desenvolver uma história mais profunda e incluir a presença de mais personagens para dar mais peso à trama. A personagem de Piper Rubio, que interpreta a irmã de Mike, consegue trazer à tona uma camada sentimental ao personagem de Hutcherson.

A policial Vanessa, interpretada por Elizabeth Lail, serve como ponte para o público que não está familiarizado com a franquia, dando várias informações sobre o que está acontecendo na trama, mesmo que às vezes pareça muito expositivo. Já Matthew Lillard tem pouco tempo de tela, e seu personagem é sustentado à base de um mistério que não é muito bem trabalhado ao decorrer da rodagem.

A diretora Emma Tammi consegue usar do roteiro, que inclusive tem crédito de colaboração para o criador da franquia, Scott Cawthon, para dar espaço a todos esses personagens e o desenvolvimento de seus arcos, mas esquece de um fator crucial para a narrativa: o terror.

Ao ocupar boa parte do filme para desenvolver o arco dramático do personagem Mike, o longa acaba tendo momentos bem arrastados e pouco impactantes especialmente em seu terço final. O fato da produção ser classificado como PG-13 (ou menores de 13 anos), acaba enxugando parte das cenas e momentos que poderiam servir como complemento para aprofundar a história, tornando-a mais interessante.

Apesar disso, é importante destacar que a atmosfera e a produção de design do longa são muito bem trabalhadas. Os animatrônicos estão extremamente fiéis aos visuais dos games, bem como seus efeitos sonoros e suas movimentações, além de toda a atmosfera oitentista que permeia a emblemática pizzaria Freddy’s Fazbear, e também o aspecto de início dos anos 2000 que é apresentado nos diversos cenários afora.

Além do mais, o filme é recheado de easter-eggs e referências que certamente vão agradar aos mais devotos fãs da franquia, e provavelmente fará com que a experiência de assistir esse tão aguardado longa nos cinemas seja de valer a pena.

Com isso, ‘Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’ não surpreende como filme de terror, ao escantear momentos que poderiam ser assustadores para dar espaço a tramas melodramáticas desnecessárias, mas ganha destaque por seu design competente ao retratar os animatrônicos e toda a atmosfera apresentada.

Como já dito, os fãs da franquia certamente ficarão contentes por apreciarem, após uma longa espera, a obra nas telas dos cinemas. Aos que não conhecem ou não possuem interesse neste universo, não é um filme necessário de ser contemplado.

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