sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Game of Thrones 08×05 – The Bells

YouTube video

PEGA FOGO CABARÉ!

 

Para muitas pessoas, o quinto e penúltimo episódio de Game of Thrones – GoT não desceu bem. Mas, desta vez, por um acerto dos roteiristas. Conforme falei na live de domingo, foi um episódio muito bom, apesar dos quatro episódios anteriores. Vamos começar pela parte técnica, que é a mais bem executada.



O massacre de Porto Real foi dirigido por Miguel Sapochnik, o mesmo da Batalha dos Bastardos e da (incompreensível) Batalha de Winterfell. Neste último domingo, a direção acertou a mão. Tudo que lhe coube foi, pelo menos, satisfatório. A computação gráfica do exército invadindo Porto Real ficou evidente, mas foi funcional; o voo do Drogon e a destruição da cidade ficaram plausíveis e a opção por dar um tom de lava para o fogo afastou os riscos do fogo digital.

A organização dos eventos e a alternância dos pontos de vista durante a batalha deram bom ritmo ao episódio. O começo com os preparativos tanto dos exércitos quanto de personagens como Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), Arya (Maisie Williams) e Sandor (Rory McCann) gerou uma tensão crescente.  A chegada de Daenerys (Emilia Clarke) com seu poder Dracarys foi a apoteose para os fãs da série: a estratégia de Cersei (Lena Headey) começando a ruir e os bonzinhos virando o jogo. A cena da derrubada dos protões e destruição da Companhia Dourada – quebrando a expectativa do público – entra para os grandes momentos da série.

Assista também:
YouTube video


A sequência manteve o ritmo intercalando entre a batalha aérea e o solo, entre a ação e a introspecção de Tyrion e a negação de Cersei. Quando a guarda Lannister larga as armas e os sinos dobram, a montagem segura a ação por tempo suficiente para fazer o público acreditar que tudo tinha terminado. Para, em seguira, assistirmos o Dracarys mais dolorosa da série. Enfim, toda a sequência teve um bom acabamento visual e um excelente ritmo.

Foi o segundo ataque do dragão que deixou muita gente com gosto ruim na boca. A direção fez questão de focalizar os inocentes – especialmente crianças. Até hoje, as explosões de cólera de Daenerys eram vistos de longe ou contra aqueles que chamávamos de vilões. Foi apenas na temporada passada, especialmente no quarto episódio, que vimos a dor que o fogo de dragão provoca. Em temporadas anteriores, eram muito mais destacados os dragões do que as suas vítimas. Lembram da derrubada de Astapor? Como uma campanha política, vimos a apoteose, enquanto a devastação ficava fora do quadro. Ao optar por mostrar tantas famílias sofrendo pelo poder Dracarys, a série queria deixar claro que a Mãe dos Dragões havia sucumbido à loucura Targaryen. E aqui, vamos entrar no roteiro…

Ao contrário da direção, o roteiro do episódio teve altos e baixos, e os grandes momentos não são devido ao que foi feito nesta oitava temporada. Embora a temporada tenha destacado muito a loucura Targaryen, a reação de Daenerys só é plausível porque conseguimos mapear a loucura familiar nas temporadas passadas. Seja por diálogos ou ações, a insanidade da personagem vinha sendo construída. Embora muito mais aprofundado nos livros, a loucura Targaryen esteve presente ao longo da série. O que se fez foi esconder a possível insanidade de Dany por de baixo de boas ações e cortinas de apoteose. Quando ela entrou na fogueira junto com o corpo de Khal Drogo (Jason Momoa), não tinha como ter certeza de que os ovos de dragões chorariam. Muitos dos seus antepassados morreram tentado fazer isso. Só não encarávamos isso como um gesto de loucura porque os dragões nasceram e a fantasia se sobrepôs.

Muito da insanidade da personagem foi mesclada com suas ações mais violentas contra os seus inimigos. Impiedosa, ela sempre se guiou pela ideia de que seus inimigos deveriam ser subjugados. Acontece que, até a sétima temporada, os inimigos eram caracterizados como figuras vis e ela ainda ajudava os desfavorecidos – e nada entorpece mais nossa leitura da realidade do que ver alguém (especialmente um político) dando pão e circo aos humilhados e ofendidos.

Não bastasse isso, tivemos as visões da Daenerys na segunda temporada e as de Bran em temporadas mais recentes, todas indicando um final trágico para Porto Real. E dentre as poucas coisas bem construídas nas últimas duas temporadas, temos a desconfiança da Mãe dos Dragões em relação aos conselhos de Tyrion (Peter Dinklage). Ele fracassou sempre em suas tentativas de orquestrar um desfecho diplomático. Por que ela deveria acreditar que, desta vez, seus conselhos trariam sucesso?

Outro elemento para justificar a sua ira: Porto Real simboliza a destruição da sua família. Quando ela estava observando a cidade do lombo do dragão, consegui sentir a dor da personagem. Toda a tragédia da sua família passou pela sua cabeça. Por que ela perdoaria uma cidade que tanto mal lhe fez? Daenerys tratou seus inimigos como sempre tratou, com fogo e violência. Acontece que desta vez, a câmera focalizou nos inocentes.

Além de todo o arco da personagem, a série sempre se esmerou em mostrar o caráter nocivo do Trono de Ferro. O pensador britânico Lord Acton dizia que “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. A maioria dos que perseguiam o poder acabavam se corrompendo. E aqueles que perseguiam o Trono de Ferro eram destroçados. Como uma doença, a sede pelo Trono de Ferro devastou os Baratheon, os Targaryen, os Lannister e parte dos Stark – justamente aqueles que mais se envolveram com o jogo dos tronos. Por que apenas Daenerys, que demonstrou suas fragilidades, sairia ilesa?! Por essas e outras que torço para o Trono de Ferro seja destruído ao final da série, junto com todo o sistema político de Westeros.

Mesmo com todos esses elementos, entendo quem critique a mudança da personagem por falta de base do roteiro. Isto porque, nas sétima e oitava temporadas, as mudanças da personagem foram muito rápidas, desrespeitando o tempo que GoT sempre dedicou para construção de personagem. Mas, ser subdesenvolvido não é sinônimo de falta fundamentos. Certamente se a série tivesse tido os 10 episódios nas duas últimas temporadas, esse arco da loucura seria mais convincente.

Problemático mesmo foi como o roteiro trabalhou Tyrion nestes dois últimos episódios. No quarto episódio, quando ele contou para Varys (Conleth Hill) a origem de Jon Snow (Kit Harington), tudo indicava que eles iriam trabalhar para uma solução diplomática, ainda que discordassem – algo bem coerente com o universo da série. Porém, neste quinto episódio, o roteiro decidiu emburrecer Tyrion (alguns diriam, mais ainda) e fazer ele entregar Varys, algo incoerente com a sua personalidade.

Bem mais coerente foram os arcos da Arya e dos irmãos Clegane. Finalmente vimos Sandor, o Cão, enfrentando seu irmão Gregor, o Montanha (Hafþór Júlíus Björnsson). E vimos com clareza como ficou o Montanha depois da intervenção de Qyburn (Anton Lesser). A luta entre eles foi épica e digna da série e da trajetória dos personagens. Em paralelo, acompanhamos Arya tentando sobreviver em meio a ira de fogo lançada por Daenerys. A montagem fez questão de expor a proximidade entre o Cão e a Arya. Porém, se ele encerrava sua jornada, enfrentando seus medos, a guerreira Stark aliviou-se do peso da vingança e parece ter ganhado mais um objetivo para perseguir: após testemunhar as loucuras da Mãe dos Dragões, ela terá participação decisiva no capítulo final.

O desfecho mais controvertido foi o de Cersei: soterrada ao lado de Jaime. Talvez tivesse sido mais catártico se ela tivesse sido engolida pelo Drogon. Porém, a sua postura até o fim foi coerente com o arco da personagem, sempre se negando a vergar, mas desabando depois que perder tudo. Também, sua morte foi coerente com a ironia que a série traz: fazer a gente sofrer com a morte de quem amamos, sem nem sempre nos recompensar com uma morte sofrida para aqueles que odiamos.

Enfim, entramos na semana final de GoT. Infelizmente, até aqui, tivemos uma temporada fraca e viciada em facilitações de roteiro. O final para mim é imprevisível, não porque a série construiu a dúvida em nós, mas porque os produtores foram extremamente competentes em jogar fora qualquer coerência em nome de algum desfecho impactante. Com roteiristas assim, qualquer coisa pode acontecer, até o Bran (Isaac Hempstead Wright) virar o Rei da Noite e assumir o Trono de Ferro… enfim, Dracarys no Cabaré!

E aí, o que achou deste episódio? Os rumos da série são coerentes? Está torcendo para acharem a Cersei viva para ela ser torturada no episódio final? Também achou cafona o cavalo branco no final? Também achou patética a luta entre Jaime e Euron?

Durante toda a temporada, ao final de cada episódio, eu, Bruno Fai e Rafa Gomes estaremos conversando ao vivo sobre o a série. O bate papo do quinto episódio vocês podem conferir aqui. E não deixem de comentar, compartilhar a resenha e curtir as nossas redes sociais:

Nossa página oficial no Facebook

Página oficial do CinePOP no Facebook

Canal do CinePOP no YouTube

YouTube video

Mais notícias...

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS

Crítica | Game of Thrones 08×05 – The Bells

PEGA FOGO CABARÉ!

 

Para muitas pessoas, o quinto e penúltimo episódio de Game of Thrones – GoT não desceu bem. Mas, desta vez, por um acerto dos roteiristas. Conforme falei na live de domingo, foi um episódio muito bom, apesar dos quatro episódios anteriores. Vamos começar pela parte técnica, que é a mais bem executada.

O massacre de Porto Real foi dirigido por Miguel Sapochnik, o mesmo da Batalha dos Bastardos e da (incompreensível) Batalha de Winterfell. Neste último domingo, a direção acertou a mão. Tudo que lhe coube foi, pelo menos, satisfatório. A computação gráfica do exército invadindo Porto Real ficou evidente, mas foi funcional; o voo do Drogon e a destruição da cidade ficaram plausíveis e a opção por dar um tom de lava para o fogo afastou os riscos do fogo digital.

A organização dos eventos e a alternância dos pontos de vista durante a batalha deram bom ritmo ao episódio. O começo com os preparativos tanto dos exércitos quanto de personagens como Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), Arya (Maisie Williams) e Sandor (Rory McCann) gerou uma tensão crescente.  A chegada de Daenerys (Emilia Clarke) com seu poder Dracarys foi a apoteose para os fãs da série: a estratégia de Cersei (Lena Headey) começando a ruir e os bonzinhos virando o jogo. A cena da derrubada dos protões e destruição da Companhia Dourada – quebrando a expectativa do público – entra para os grandes momentos da série.

A sequência manteve o ritmo intercalando entre a batalha aérea e o solo, entre a ação e a introspecção de Tyrion e a negação de Cersei. Quando a guarda Lannister larga as armas e os sinos dobram, a montagem segura a ação por tempo suficiente para fazer o público acreditar que tudo tinha terminado. Para, em seguira, assistirmos o Dracarys mais dolorosa da série. Enfim, toda a sequência teve um bom acabamento visual e um excelente ritmo.

Foi o segundo ataque do dragão que deixou muita gente com gosto ruim na boca. A direção fez questão de focalizar os inocentes – especialmente crianças. Até hoje, as explosões de cólera de Daenerys eram vistos de longe ou contra aqueles que chamávamos de vilões. Foi apenas na temporada passada, especialmente no quarto episódio, que vimos a dor que o fogo de dragão provoca. Em temporadas anteriores, eram muito mais destacados os dragões do que as suas vítimas. Lembram da derrubada de Astapor? Como uma campanha política, vimos a apoteose, enquanto a devastação ficava fora do quadro. Ao optar por mostrar tantas famílias sofrendo pelo poder Dracarys, a série queria deixar claro que a Mãe dos Dragões havia sucumbido à loucura Targaryen. E aqui, vamos entrar no roteiro…

Ao contrário da direção, o roteiro do episódio teve altos e baixos, e os grandes momentos não são devido ao que foi feito nesta oitava temporada. Embora a temporada tenha destacado muito a loucura Targaryen, a reação de Daenerys só é plausível porque conseguimos mapear a loucura familiar nas temporadas passadas. Seja por diálogos ou ações, a insanidade da personagem vinha sendo construída. Embora muito mais aprofundado nos livros, a loucura Targaryen esteve presente ao longo da série. O que se fez foi esconder a possível insanidade de Dany por de baixo de boas ações e cortinas de apoteose. Quando ela entrou na fogueira junto com o corpo de Khal Drogo (Jason Momoa), não tinha como ter certeza de que os ovos de dragões chorariam. Muitos dos seus antepassados morreram tentado fazer isso. Só não encarávamos isso como um gesto de loucura porque os dragões nasceram e a fantasia se sobrepôs.

Muito da insanidade da personagem foi mesclada com suas ações mais violentas contra os seus inimigos. Impiedosa, ela sempre se guiou pela ideia de que seus inimigos deveriam ser subjugados. Acontece que, até a sétima temporada, os inimigos eram caracterizados como figuras vis e ela ainda ajudava os desfavorecidos – e nada entorpece mais nossa leitura da realidade do que ver alguém (especialmente um político) dando pão e circo aos humilhados e ofendidos.

Não bastasse isso, tivemos as visões da Daenerys na segunda temporada e as de Bran em temporadas mais recentes, todas indicando um final trágico para Porto Real. E dentre as poucas coisas bem construídas nas últimas duas temporadas, temos a desconfiança da Mãe dos Dragões em relação aos conselhos de Tyrion (Peter Dinklage). Ele fracassou sempre em suas tentativas de orquestrar um desfecho diplomático. Por que ela deveria acreditar que, desta vez, seus conselhos trariam sucesso?

Outro elemento para justificar a sua ira: Porto Real simboliza a destruição da sua família. Quando ela estava observando a cidade do lombo do dragão, consegui sentir a dor da personagem. Toda a tragédia da sua família passou pela sua cabeça. Por que ela perdoaria uma cidade que tanto mal lhe fez? Daenerys tratou seus inimigos como sempre tratou, com fogo e violência. Acontece que desta vez, a câmera focalizou nos inocentes.

Além de todo o arco da personagem, a série sempre se esmerou em mostrar o caráter nocivo do Trono de Ferro. O pensador britânico Lord Acton dizia que “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. A maioria dos que perseguiam o poder acabavam se corrompendo. E aqueles que perseguiam o Trono de Ferro eram destroçados. Como uma doença, a sede pelo Trono de Ferro devastou os Baratheon, os Targaryen, os Lannister e parte dos Stark – justamente aqueles que mais se envolveram com o jogo dos tronos. Por que apenas Daenerys, que demonstrou suas fragilidades, sairia ilesa?! Por essas e outras que torço para o Trono de Ferro seja destruído ao final da série, junto com todo o sistema político de Westeros.

Mesmo com todos esses elementos, entendo quem critique a mudança da personagem por falta de base do roteiro. Isto porque, nas sétima e oitava temporadas, as mudanças da personagem foram muito rápidas, desrespeitando o tempo que GoT sempre dedicou para construção de personagem. Mas, ser subdesenvolvido não é sinônimo de falta fundamentos. Certamente se a série tivesse tido os 10 episódios nas duas últimas temporadas, esse arco da loucura seria mais convincente.

Problemático mesmo foi como o roteiro trabalhou Tyrion nestes dois últimos episódios. No quarto episódio, quando ele contou para Varys (Conleth Hill) a origem de Jon Snow (Kit Harington), tudo indicava que eles iriam trabalhar para uma solução diplomática, ainda que discordassem – algo bem coerente com o universo da série. Porém, neste quinto episódio, o roteiro decidiu emburrecer Tyrion (alguns diriam, mais ainda) e fazer ele entregar Varys, algo incoerente com a sua personalidade.

Bem mais coerente foram os arcos da Arya e dos irmãos Clegane. Finalmente vimos Sandor, o Cão, enfrentando seu irmão Gregor, o Montanha (Hafþór Júlíus Björnsson). E vimos com clareza como ficou o Montanha depois da intervenção de Qyburn (Anton Lesser). A luta entre eles foi épica e digna da série e da trajetória dos personagens. Em paralelo, acompanhamos Arya tentando sobreviver em meio a ira de fogo lançada por Daenerys. A montagem fez questão de expor a proximidade entre o Cão e a Arya. Porém, se ele encerrava sua jornada, enfrentando seus medos, a guerreira Stark aliviou-se do peso da vingança e parece ter ganhado mais um objetivo para perseguir: após testemunhar as loucuras da Mãe dos Dragões, ela terá participação decisiva no capítulo final.

O desfecho mais controvertido foi o de Cersei: soterrada ao lado de Jaime. Talvez tivesse sido mais catártico se ela tivesse sido engolida pelo Drogon. Porém, a sua postura até o fim foi coerente com o arco da personagem, sempre se negando a vergar, mas desabando depois que perder tudo. Também, sua morte foi coerente com a ironia que a série traz: fazer a gente sofrer com a morte de quem amamos, sem nem sempre nos recompensar com uma morte sofrida para aqueles que odiamos.

Enfim, entramos na semana final de GoT. Infelizmente, até aqui, tivemos uma temporada fraca e viciada em facilitações de roteiro. O final para mim é imprevisível, não porque a série construiu a dúvida em nós, mas porque os produtores foram extremamente competentes em jogar fora qualquer coerência em nome de algum desfecho impactante. Com roteiristas assim, qualquer coisa pode acontecer, até o Bran (Isaac Hempstead Wright) virar o Rei da Noite e assumir o Trono de Ferro… enfim, Dracarys no Cabaré!

E aí, o que achou deste episódio? Os rumos da série são coerentes? Está torcendo para acharem a Cersei viva para ela ser torturada no episódio final? Também achou cafona o cavalo branco no final? Também achou patética a luta entre Jaime e Euron?

Durante toda a temporada, ao final de cada episódio, eu, Bruno Fai e Rafa Gomes estaremos conversando ao vivo sobre o a série. O bate papo do quinto episódio vocês podem conferir aqui. E não deixem de comentar, compartilhar a resenha e curtir as nossas redes sociais:

Nossa página oficial no Facebook

Página oficial do CinePOP no Facebook

Canal do CinePOP no YouTube

YouTube video

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS