sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Ghoul – O demônio está à solta em uma das séries mais sádicas da Netflix

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Os filmes de terror nos cinemas atualmente estão divididos em dois importantes grupos: os filmes cults, que geralmente necessitam maior reflexão, produzidos pela A24 ou pela IFC Midnight; e os filmes de terror pipoca, aqueles que atingem o grande público, feitos pela Blumhouse. Apesar do sucesso nos cinemas, essa polarização ainda não chegou à TV ou streaming, porém, é a Netflix que tem dominado a maior parte das séries de qualidade no gênero nos últimos tempos. Então, seria possível uma parceria entre a Blumhouse e a Netflix? Sim, é possível e se chama Ghoul.

Para melhorar ainda mais, Ghoul não é americana, mas sim indiana e baseada no folclore árabe. Toda essa mudança de ares também é refletida na produção, que não tem medo de ousar ou ser “diferentona”, propondo algo completamente novo as séries de streaming sem energia que andam sendo realizadas. Não que não haja elementos que remetem as produções originais da Netflix, como futuro distópico, poucos cenários e aquela boa e velha estranheza, só que dessa vez, a Blumhouse colocou uma pitada da sua boa fórmula de gerar jump scares de qualidade e monstros medonhos.



Inicialmente, a trama começa complexa. Acompanhamos a ida da jovem detetive, vivida pela talentosa Radhika Apte (anotem esse nome para o futuro próximo!), que chega ao sinistro centro de detenção para alguns interrogatórios, no entanto, com o passar dos dias ela percebe que algo estranho e obscuro está acontecendo no lugar. Quando esse episódio inicial acaba, a sensação que fica é um misto de curiosidade com confusão, porém, o segundo capítulo mergulha de cabeça no terror e na violência, que não poupa uma gota de sangue para mostrar que o “vilão” é impiedoso. (Sem dar muitos spoilers!)

Quando o real propósito da trama (com o subtítulo desnecessário de “demoníaca”) finalmente é revelado, o capítulo três ingressa a todo vapor, nos envolvendo em uma loucura de reviravoltas e situações macabras e sangrentas, semelhantes à ótimos filmes comoREC, por exemplo, que também construí uma vibe de vídeo games de horror dos anos 2000. E é nesse ponto que a fotografia escura, esverdeada e pesada ajuda na criação da atmosfera fria e diabólica da prisão, assim como a trilha pontual.

Mesmo com o orçamento visivelmente limitado, a série não peca na criação do terror, ponto forte da produção. Tanto os efeitos especiais baratos quanto as mortes, tudo é bem pensando dentro do possível, fazendo com que o roteiro, (que muitas das vazes beira o óbvio, afinal, conseguimos facilmente antecipar decisões que serão tomadas mais para frente na trama, como por exemplo, a protagonista ser a única a não ter sacado o real destino de seu pai), seja amenizado e os sustos possam, de fato, assustar devido à boa criação de clima que os antecedem. Destaque também para o bem filmado clímax em uma cena sensacional na chuva.

No fim das contas, Ghoul assusta como um bom filme da Blumhouse, sem cair na mesmice das séries da Netflix. Tanto a torture porn a lá O Albergue, quanto o visual fúnebre e sinistro, fazem dessa uma das séries mais legais para se assistir no próximo Halloween.

Ou agora mesmo, afinal, Ghoul já possui seus três episódios disponíveis no streaming.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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Para melhorar ainda mais, Ghoul não é americana, mas sim indiana e baseada no folclore árabe. Toda essa mudança de ares também é refletida na produção, que não tem medo de ousar ou ser “diferentona”, propondo algo completamente novo as séries de streaming sem energia que andam sendo realizadas. Não que não haja elementos que remetem as produções originais da Netflix, como futuro distópico, poucos cenários e aquela boa e velha estranheza, só que dessa vez, a Blumhouse colocou uma pitada da sua boa fórmula de gerar jump scares de qualidade e monstros medonhos.

Inicialmente, a trama começa complexa. Acompanhamos a ida da jovem detetive, vivida pela talentosa Radhika Apte (anotem esse nome para o futuro próximo!), que chega ao sinistro centro de detenção para alguns interrogatórios, no entanto, com o passar dos dias ela percebe que algo estranho e obscuro está acontecendo no lugar. Quando esse episódio inicial acaba, a sensação que fica é um misto de curiosidade com confusão, porém, o segundo capítulo mergulha de cabeça no terror e na violência, que não poupa uma gota de sangue para mostrar que o “vilão” é impiedoso. (Sem dar muitos spoilers!)

Quando o real propósito da trama (com o subtítulo desnecessário de “demoníaca”) finalmente é revelado, o capítulo três ingressa a todo vapor, nos envolvendo em uma loucura de reviravoltas e situações macabras e sangrentas, semelhantes à ótimos filmes comoREC, por exemplo, que também construí uma vibe de vídeo games de horror dos anos 2000. E é nesse ponto que a fotografia escura, esverdeada e pesada ajuda na criação da atmosfera fria e diabólica da prisão, assim como a trilha pontual.

Mesmo com o orçamento visivelmente limitado, a série não peca na criação do terror, ponto forte da produção. Tanto os efeitos especiais baratos quanto as mortes, tudo é bem pensando dentro do possível, fazendo com que o roteiro, (que muitas das vazes beira o óbvio, afinal, conseguimos facilmente antecipar decisões que serão tomadas mais para frente na trama, como por exemplo, a protagonista ser a única a não ter sacado o real destino de seu pai), seja amenizado e os sustos possam, de fato, assustar devido à boa criação de clima que os antecedem. Destaque também para o bem filmado clímax em uma cena sensacional na chuva.

No fim das contas, Ghoul assusta como um bom filme da Blumhouse, sem cair na mesmice das séries da Netflix. Tanto a torture porn a lá O Albergue, quanto o visual fúnebre e sinistro, fazem dessa uma das séries mais legais para se assistir no próximo Halloween.

Ou agora mesmo, afinal, Ghoul já possui seus três episódios disponíveis no streaming.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
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