quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Glass Onion: Um Mistério Knives Out – Sequência é ainda mais divertida e envolvente

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Como um habilidoso jogo de tabuleiro que desafia a imaginação de um bom jogador, Entre Facas e Segredos chegou ao público como uma ode a uma das maiores escritoras de mistérios do século XX. Com aroma de Agatha Christie e um detetive bem particular que seria uma espécie de caricatura do icônico personagem Hercule Poirot, o longa de Rian Johnson foi muito além de seu próprio estelar elenco. Estreando no Festival de Toronto de 2019 como uma das surpresas mais arrebatadoras daquela edição, o longa fez de sua homenagem a solidificação de uma brilhante e original história em um gênero que nem sempre acerta nas telonas.

entre facas e segredos 2 02



E Johnson sabia o que estava fazendo. Adicionando maneirismos cômicos e batidos a cada um dos personagens, ele fez do thriller uma experiência metalinguística inusitada e divertida, onde personagens tão marcantes e tão díspares se comunicam com um gênero literário cujos adeptos não abrem mão de uma excelente reviravolta. E entendendo a dialética desse formato narrativo, o cineasta fez de seu conto uma deliciosa experiência onde humor, assassinato e ganancia se digladiam – entregando um resultado fresco e revigorante. Repetir esse mesmo sucesso é de fato um fardo, mas Glass Onion: Um Mistério Knives Out facilmente se prova ser muito maior do que sua própria história original, calcando Craig e seu detetive Benoit Blanc como uma força criativa capaz de conduzir sua própria franquia à la A Peter Sellers e sua Pantera Cor de Rosa.

Glass Onion é surpreendente. Mesmo diante da pressão de ser tão autêntico e envolvente quanto Entre Facas e Segredos, Rian Johnson não se deixou intimidar por sua própria façanha. Encarando ela de peito aberto, ele reitera porque Blanc se tornou um sucesso tão gigantesco em seu primeiro filme – superando até mesmo todo o restante do seu grandioso elenco. Uma força da natureza cativante e peculiarmente identificável, o detetive de Craig é um espetáculo à parte, um showman sem fazer esforço e sem querer. Com seu sotaque arrastado e olhar analítico capaz de confundir até aqueles personagens que conhecem sua fama de exímio investigador, o protagonista é uma caricatura leve de Poirot, permanecendo ainda original à sua maneira. E com um novo e mirabolante crime em suas mãos, não é preciso de muito mais para que ele cresça em tela, nos roubando para dentro de seu astuto raciocínio.

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E o diretor e roteirista consegue ir ainda mais além disso. Muito mais do que provar que apenas Blanc é suficiente para transformar Entre Facas e Segredos em uma bem sucedida franquia cinematográfica, Johnson mostra seu talento em unir o mistério e a comédia, fazendo de Glass Onion um coquetel cômico exuberante, suntuoso e hilário. Com um timing impecável, o roteiro sabe equilibrar dois formatos distintos, tornando a trama sempre envolvente, séria, mas adocicada pela acidez de um humor inteligente, perspicaz e vez outra até mesmo pastelão. Com uma estrutura narrativa dinâmica, que ganha vida e se readapta conforme o desenvolvimento dos arcos dos coadjuvantes, o thriller de mistério é impecável em sua qualidade e conta com uma montagem que nos remete às clássicas detectives stories dos anos 50 e 60.

Com um elenco coadjuvante tão poderoso quanto o anterior, o suspense reúne um leque diferenciado de atores que se contrastam em tela de maneira apaixonante. Enquanto Kate Hudson dá vida a uma ostentadora modelo, Edward Norton é o bilionário insuportável, cercado por amigos de caráter duvidoso, que dependem de sua fortuna e influência. E é nesse cenário de morte, vida e caos que encontramos Dave Bautista, Janelle Monáe, Jessica Henwick, Madelyne Cline, Kathryn Hahn e Leslie Odom Jr. E sob uma densa atmosfera de constante desconfiança e tensão, Benoit Blanc deve desvendar uma misteriosa morte no que deveria ter sido uma noite de jogos investigativos.

entre facas e segredos 2 01

Trazendo personagens únicos que nos conquistam ainda mais do que a leva de protagonistas anteriores, a sequência de Entre Facas e Segredos é maior, melhor e ainda mais engraçada. Com um roteiro inteligente que distorce a linha temporal dos fatos como uma boa história de mistério normalmente faz, Glass Onion: Um Mistério Knives Out definitivamente estabelece Blanc como o mais novo favorito entre os cinéfilos e anuncia um futuro promissor nas telonas.

Confirmando que Blanc é muito maior que seus próprios casos, Johnson faz dele uma de suas jóias mais preciosas e presenteia Craig com um novo herói dos cinemas – sob a promessa de que esse é apenas o começo dessa nova aventura.

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Como um habilidoso jogo de tabuleiro que desafia a imaginação de um bom jogador, Entre Facas e Segredos chegou ao público como uma ode a uma das maiores escritoras de mistérios do século XX. Com aroma de Agatha Christie e um detetive bem particular que seria uma espécie de caricatura do icônico personagem Hercule Poirot, o longa de Rian Johnson foi muito além de seu próprio estelar elenco. Estreando no Festival de Toronto de 2019 como uma das surpresas mais arrebatadoras daquela edição, o longa fez de sua homenagem a solidificação de uma brilhante e original história em um gênero que nem sempre acerta nas telonas.

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E Johnson sabia o que estava fazendo. Adicionando maneirismos cômicos e batidos a cada um dos personagens, ele fez do thriller uma experiência metalinguística inusitada e divertida, onde personagens tão marcantes e tão díspares se comunicam com um gênero literário cujos adeptos não abrem mão de uma excelente reviravolta. E entendendo a dialética desse formato narrativo, o cineasta fez de seu conto uma deliciosa experiência onde humor, assassinato e ganancia se digladiam – entregando um resultado fresco e revigorante. Repetir esse mesmo sucesso é de fato um fardo, mas Glass Onion: Um Mistério Knives Out facilmente se prova ser muito maior do que sua própria história original, calcando Craig e seu detetive Benoit Blanc como uma força criativa capaz de conduzir sua própria franquia à la A Peter Sellers e sua Pantera Cor de Rosa.

Glass Onion é surpreendente. Mesmo diante da pressão de ser tão autêntico e envolvente quanto Entre Facas e Segredos, Rian Johnson não se deixou intimidar por sua própria façanha. Encarando ela de peito aberto, ele reitera porque Blanc se tornou um sucesso tão gigantesco em seu primeiro filme – superando até mesmo todo o restante do seu grandioso elenco. Uma força da natureza cativante e peculiarmente identificável, o detetive de Craig é um espetáculo à parte, um showman sem fazer esforço e sem querer. Com seu sotaque arrastado e olhar analítico capaz de confundir até aqueles personagens que conhecem sua fama de exímio investigador, o protagonista é uma caricatura leve de Poirot, permanecendo ainda original à sua maneira. E com um novo e mirabolante crime em suas mãos, não é preciso de muito mais para que ele cresça em tela, nos roubando para dentro de seu astuto raciocínio.

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E o diretor e roteirista consegue ir ainda mais além disso. Muito mais do que provar que apenas Blanc é suficiente para transformar Entre Facas e Segredos em uma bem sucedida franquia cinematográfica, Johnson mostra seu talento em unir o mistério e a comédia, fazendo de Glass Onion um coquetel cômico exuberante, suntuoso e hilário. Com um timing impecável, o roteiro sabe equilibrar dois formatos distintos, tornando a trama sempre envolvente, séria, mas adocicada pela acidez de um humor inteligente, perspicaz e vez outra até mesmo pastelão. Com uma estrutura narrativa dinâmica, que ganha vida e se readapta conforme o desenvolvimento dos arcos dos coadjuvantes, o thriller de mistério é impecável em sua qualidade e conta com uma montagem que nos remete às clássicas detectives stories dos anos 50 e 60.

Com um elenco coadjuvante tão poderoso quanto o anterior, o suspense reúne um leque diferenciado de atores que se contrastam em tela de maneira apaixonante. Enquanto Kate Hudson dá vida a uma ostentadora modelo, Edward Norton é o bilionário insuportável, cercado por amigos de caráter duvidoso, que dependem de sua fortuna e influência. E é nesse cenário de morte, vida e caos que encontramos Dave Bautista, Janelle Monáe, Jessica Henwick, Madelyne Cline, Kathryn Hahn e Leslie Odom Jr. E sob uma densa atmosfera de constante desconfiança e tensão, Benoit Blanc deve desvendar uma misteriosa morte no que deveria ter sido uma noite de jogos investigativos.

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Trazendo personagens únicos que nos conquistam ainda mais do que a leva de protagonistas anteriores, a sequência de Entre Facas e Segredos é maior, melhor e ainda mais engraçada. Com um roteiro inteligente que distorce a linha temporal dos fatos como uma boa história de mistério normalmente faz, Glass Onion: Um Mistério Knives Out definitivamente estabelece Blanc como o mais novo favorito entre os cinéfilos e anuncia um futuro promissor nas telonas.

Confirmando que Blanc é muito maior que seus próprios casos, Johnson faz dele uma de suas jóias mais preciosas e presenteia Craig com um novo herói dos cinemas – sob a promessa de que esse é apenas o começo dessa nova aventura.

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