domingo , 24 novembro , 2024

Crítica | ‘Here’ – Bas Devos investiga um olhar sobre aquilo que existe e poucos notam [Festival do Rio 2023]

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Um olhar sobre aquilo que existe e poucos notam. Após o maravilhoso Trópico Fantasma, lançado em 2019, o cineasta Bas Devos volta às telonas, novamente escrevendo o roteiro e dirigindo, o curioso longa-metragem existencialista Here, ganhador de dois prêmios no último Festival de Berlim. Constatações sobre um lugar, um olhar para os detalhes que muitas vezes passam desapercebidos ganham contornos poéticos de imagens e movimentos em um filme que pode ser para alguns um deleite ao refletir.

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Na trama, acompanhamos as idas e vindas de um imigrante romeno chamado Stefan (Stefan Gota) que mora no município de Jette, em Bruxelas (Bélgica), e ganha seu sustento através de trabalhos na construção civil. Sem conseguir se conectar com a cidade onde atualmente reside parece querer embarcar de volta à sua terra natal. Um dia ele conhece uma jovem (Liyo Gong), descendente de chineses, que para seu doutorado, estuda o universo dos musgos da região. Esse encontro fará Stefan enxergar com outros olhos um cantinho do planeta que parecia já ter conclusões.

A narrativa segue a linha contemplativa, parece se desprender de um roteiro que muitas vezes parece não existir. A cidade e seu movimento ganham holofotes com as surpreendentes descobertas de um protagonista que aos poucos consegue se conectar com um novo que sempre esteve no seu caminho. É preciso atenção do espectador, se conectar com as longas pausas pode parecer se distanciar de um objetivo mas na verdade é um interessante exercício proposto por Devos. As lições são inúmeras, principalmente no que diz respeito ao trato social, o enxergar o que a princípio não existe pelos olhos do outro enriquece as reflexões sobre sociedade.

Exibido nos Festivais de San Sebastian e Berlim, o filme ganhou suas primeiras exibições no Brasil no Festival do Rio. Existencialista, com a arte encontrando o viver, Here pode ser definido como um conto de fadas com personagens reais, repleto de encantamentos pelas descobertas que cruzam nossos caminhos modificando nossa forma de enxergar o mundo ao nosso redor.

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Na trama, acompanhamos as idas e vindas de um imigrante romeno chamado Stefan (Stefan Gota) que mora no município de Jette, em Bruxelas (Bélgica), e ganha seu sustento através de trabalhos na construção civil. Sem conseguir se conectar com a cidade onde atualmente reside parece querer embarcar de volta à sua terra natal. Um dia ele conhece uma jovem (Liyo Gong), descendente de chineses, que para seu doutorado, estuda o universo dos musgos da região. Esse encontro fará Stefan enxergar com outros olhos um cantinho do planeta que parecia já ter conclusões.

A narrativa segue a linha contemplativa, parece se desprender de um roteiro que muitas vezes parece não existir. A cidade e seu movimento ganham holofotes com as surpreendentes descobertas de um protagonista que aos poucos consegue se conectar com um novo que sempre esteve no seu caminho. É preciso atenção do espectador, se conectar com as longas pausas pode parecer se distanciar de um objetivo mas na verdade é um interessante exercício proposto por Devos. As lições são inúmeras, principalmente no que diz respeito ao trato social, o enxergar o que a princípio não existe pelos olhos do outro enriquece as reflexões sobre sociedade.

Exibido nos Festivais de San Sebastian e Berlim, o filme ganhou suas primeiras exibições no Brasil no Festival do Rio. Existencialista, com a arte encontrando o viver, Here pode ser definido como um conto de fadas com personagens reais, repleto de encantamentos pelas descobertas que cruzam nossos caminhos modificando nossa forma de enxergar o mundo ao nosso redor.

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