sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ é AMBICIOSO e prepara terreno para um desfecho épico

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Quando ‘Homem-Aranha: No Aranhaverso‘ chegou aos cinemas em 2018, até mesmo os fãs mais céticos do personagem ficaram impressionados com o que aquela produção introduziu ao universo de super-heróis. Além do estilo de animação cartunesco totalmente autêntico, a espetacular jornada de Miles Morales — até então inédita nos cinemas — pelo universo dos “Homens-Aranha” conseguiu agradar tanto o público quanto a crítica, garantindo também a conquista do Oscar de Melhor Animação e, de quebra, interrompeu a sequência de seis anos consecutivos em que a Disney dominava essa categoria com suas já batidas animações 3D.

Agora, 5 anos depois, a história do recém-descoberto herói é retomada em ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’, que tem muito mais ambição do que o primeiro longa. No novo filme, Miles Morales (Shameik Moore) já está mais acostumado com a sua vida de Homem-Aranha no Brooklyn, só que um novo vilão misterioso, o Mancha (Jason Schartzman), coloca em risco não apenas o multiverso mas também todos aqueles que Miles mais ama. Por isso, o herói terá que se unir a antigos aliados, como Gwen Stacey (Hailee Steinfeld) e Peter B. Parker (Jake Johnson), além de uma futurística e enigmática variação do Cabeça de Teia, Miguel O’Hara (Oscar Isaac).



Logo em sua excelente sequência de abertura, o espectador se aprofunda ainda mais na história de origem da Gwen como Mulher-Aranha em seu universo natal, onde Peter Parker uma vez existiu. Essa abertura dita bem como os diretores Joaquim dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson pretendem levar essa narrativa, que é mais densa e sombria em suas abordagens, traçando uma trama complexa ao redor dos seus personagens principais, muito bem interpretados pelo elenco de voz original. No entanto, o longa abre mão de um ritmo mais frenético, igual ao do primeiro filme, para dar espaço ao desenvolvimento dos seus protagonistas e dilemas em boa parte dos seus 140 minutos (2h10min) de rodagem, uma duração bem acima do comum para os longas animados.

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E devido a essa decisão do roteiro, a produção pode acabar ficando mais “estufada” para aqueles que esperam um filme de animação/super-herói onde o foco está na ação e no agito. Do contrário, aqui o foco está nas relações familiares e nas consequências em que se tornar um herói pode trazer, especialmente durante o primeiro ato do longa. Ao contrário de ‘No Aranhaverso’, aqui é apresentado uma jornada de amadurecimento de Miles Morales como adolescente e também como Homem-Aranha, especialmente quando seus pais (Bryan Tyree Henry e Luna Lauren Velez) entram em jogo. Se em ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’ o questionamento de “o que é ser um Homem-Aranha” é levantado, em ‘Através do Aranhaverso’ é um mergulho de cabeça em quais responsabilidades vêm junto com esses grandes poderes.

Mesmo que o enredo tenha um vilão decente, para não dizer “funcional”, e diversas reviravoltas, é evidente que este filme se desdobra como uma ponte para a próxima sequência, intitulada de ‘Além do Aranhaverso’, e que funcionará como um desfecho para a saga. Por isso, vários dos segmentos desenvolvidos ao decorrer do filme não são acabados propriamente, deixando várias brechas e um instigante gancho ao final para ser reatado na sequência, que pode transformar ‘Aranhaverso’ em uma das melhores trilogias não só dos longas animados mas também do gênero de super-heróis.

Para complementar, o filme é repleto de easter-eggs e com algumas participações especiais referentes à mitologia do teioso que vai certamente deixar todos os fãs em êxtase com cada referência que aparecer durante a exibição. Isso sem contar a incrível animação gráfica, que foi aprimorada e está mais linda do que anteriormente, com destaque para o exuberante cenário de Nova York, um verdadeiro deleite durante a primeira metade do longa. E mantendo o estilo do primeiro filme, cada personagem tem um estilo próprio de animação proveniente do universo em que vieram, mas dessa vez com muito mais doses de criatividade, podendo citar as variantes Homem-Aranha da Índia (Karan Soni) e o Aranha-Punk (Daniel Kaluuya).

Com isso, ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ é de fato a continuação da carta de amor aos fãs do “amigão da vizinhança” escrita lá em 2018, dessa vez com muito mais vontade e inspiração para superar seu antecessor. É difícil estabelecer se realmente irá se sobressair sobre ‘No Aranhaverso’, visto que a nova produção possui uma história dividida em duas partes e muitas pontas soltas para serem amarradas na próxima instalação. Mas, o que se pode garantir no momento, é que o terreno preparado promete uma conclusão épica à jornada de Miles Morales e o Aranhaverso.

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Crítica | ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ é AMBICIOSO e prepara terreno para um desfecho épico

Quando ‘Homem-Aranha: No Aranhaverso‘ chegou aos cinemas em 2018, até mesmo os fãs mais céticos do personagem ficaram impressionados com o que aquela produção introduziu ao universo de super-heróis. Além do estilo de animação cartunesco totalmente autêntico, a espetacular jornada de Miles Morales — até então inédita nos cinemas — pelo universo dos “Homens-Aranha” conseguiu agradar tanto o público quanto a crítica, garantindo também a conquista do Oscar de Melhor Animação e, de quebra, interrompeu a sequência de seis anos consecutivos em que a Disney dominava essa categoria com suas já batidas animações 3D.

Agora, 5 anos depois, a história do recém-descoberto herói é retomada em ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’, que tem muito mais ambição do que o primeiro longa. No novo filme, Miles Morales (Shameik Moore) já está mais acostumado com a sua vida de Homem-Aranha no Brooklyn, só que um novo vilão misterioso, o Mancha (Jason Schartzman), coloca em risco não apenas o multiverso mas também todos aqueles que Miles mais ama. Por isso, o herói terá que se unir a antigos aliados, como Gwen Stacey (Hailee Steinfeld) e Peter B. Parker (Jake Johnson), além de uma futurística e enigmática variação do Cabeça de Teia, Miguel O’Hara (Oscar Isaac).

Logo em sua excelente sequência de abertura, o espectador se aprofunda ainda mais na história de origem da Gwen como Mulher-Aranha em seu universo natal, onde Peter Parker uma vez existiu. Essa abertura dita bem como os diretores Joaquim dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson pretendem levar essa narrativa, que é mais densa e sombria em suas abordagens, traçando uma trama complexa ao redor dos seus personagens principais, muito bem interpretados pelo elenco de voz original. No entanto, o longa abre mão de um ritmo mais frenético, igual ao do primeiro filme, para dar espaço ao desenvolvimento dos seus protagonistas e dilemas em boa parte dos seus 140 minutos (2h10min) de rodagem, uma duração bem acima do comum para os longas animados.

E devido a essa decisão do roteiro, a produção pode acabar ficando mais “estufada” para aqueles que esperam um filme de animação/super-herói onde o foco está na ação e no agito. Do contrário, aqui o foco está nas relações familiares e nas consequências em que se tornar um herói pode trazer, especialmente durante o primeiro ato do longa. Ao contrário de ‘No Aranhaverso’, aqui é apresentado uma jornada de amadurecimento de Miles Morales como adolescente e também como Homem-Aranha, especialmente quando seus pais (Bryan Tyree Henry e Luna Lauren Velez) entram em jogo. Se em ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’ o questionamento de “o que é ser um Homem-Aranha” é levantado, em ‘Através do Aranhaverso’ é um mergulho de cabeça em quais responsabilidades vêm junto com esses grandes poderes.

Mesmo que o enredo tenha um vilão decente, para não dizer “funcional”, e diversas reviravoltas, é evidente que este filme se desdobra como uma ponte para a próxima sequência, intitulada de ‘Além do Aranhaverso’, e que funcionará como um desfecho para a saga. Por isso, vários dos segmentos desenvolvidos ao decorrer do filme não são acabados propriamente, deixando várias brechas e um instigante gancho ao final para ser reatado na sequência, que pode transformar ‘Aranhaverso’ em uma das melhores trilogias não só dos longas animados mas também do gênero de super-heróis.

Para complementar, o filme é repleto de easter-eggs e com algumas participações especiais referentes à mitologia do teioso que vai certamente deixar todos os fãs em êxtase com cada referência que aparecer durante a exibição. Isso sem contar a incrível animação gráfica, que foi aprimorada e está mais linda do que anteriormente, com destaque para o exuberante cenário de Nova York, um verdadeiro deleite durante a primeira metade do longa. E mantendo o estilo do primeiro filme, cada personagem tem um estilo próprio de animação proveniente do universo em que vieram, mas dessa vez com muito mais doses de criatividade, podendo citar as variantes Homem-Aranha da Índia (Karan Soni) e o Aranha-Punk (Daniel Kaluuya).

Com isso, ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ é de fato a continuação da carta de amor aos fãs do “amigão da vizinhança” escrita lá em 2018, dessa vez com muito mais vontade e inspiração para superar seu antecessor. É difícil estabelecer se realmente irá se sobressair sobre ‘No Aranhaverso’, visto que a nova produção possui uma história dividida em duas partes e muitas pontas soltas para serem amarradas na próxima instalação. Mas, o que se pode garantir no momento, é que o terreno preparado promete uma conclusão épica à jornada de Miles Morales e o Aranhaverso.

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