sexta-feira , 21 fevereiro , 2025

Crítica | Hypnotic – Suspense Psicológico da Netflix é envolvente, mas escorrega no final…


Quando uma pessoa sofre um trauma, seja da origem que for, a reação emocional e psíquica desse indivíduo pode acontecer de inúmeras maneiras e durar pouco ou muito tempo. Geralmente, uma boa forma de superar ou curar um trauma é realizar um acompanhamento com um terapeuta ou um psicólogo: um profissional especializado em desatar os nós psicológicos que uma má experiência cria em nosso inconsciente. E, para isso, é preciso que o paciente entregue todos os seus segredos ao profissional e que haja uma relação de extrema confiança entre os dois. Mas nem sempre isso acontece. Foi pensando nisso que a Netflix trouxe aos seus assinantes seu mais novo suspense, ‘Hypnotic’, que acaba de chegar ao público essa semana.

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Jennifer (Kate Siegel) está arrasada. Uma grande perda no passado fez com que ela se desestruturasse totalmente, isolando-se de tudo e de todos. Quando, em um esforço hercúleo, vai à uma festa na casa de sua melhor amiga, Gina (Lucie Guest) – e acaba encontrando seu ex-noivo, Brian (Jaime M. Callica) –, Jennifer se sente meio deslocada, até que sua amiga insiste em apresentá-la a seu terapeuta, Dr. Collin Meade (Jason O’Mara), sobre quem diz ter conseguido dar a volta por cima em sua vida. Conversa vai, conversa vem, Gina insiste que a amiga precisa marcar uma sessão com o Dr. Collin, certa de que ele conseguirá recuperar sua felicidade e mudar sua vida. O que Jennifer não podia imaginar é que essa mudança não seria exatamente para melhor.

Em apenas uma hora e meia de duração, ‘Hypnotic’ constrói uma história bem-feitinha,  que fisga a gente com uma abertura interessante. O roteiro de Richard D’Ovidio trabalha bem a evolução da protagonista, mostrando seus pontos fracos e inserindo os elementos e as consequências do tratamento através da hipnose que o Dr. Collin propôs realizar aos poucos, cozinhando, assim, a paranoia na cabeça do espectador. O primeiro arco do enredo é um bocado envolvente, porém, quando as cartas são colocadas na mesa um pouco antes da metade do filme, a atuação do elenco dá uma caída, e algumas interpretações escorregam na caricatura.

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Enquanto estratégia, a ideia de fisgar o espectador nos primeiros trinta minutos é uma boa ideia, apesar de os diretores Matt Angel e Suzanne Coote terem uma boa história em mãos que poderia ter sido mais bem aprofundada. Para ambientar a produção, há um bonito trabalho de fotografia, especialmente na primeira metade do longa, que ajuda a imergir o espectador no clima de suspense psicológico a la ‘Corra’, fazendo um jogo de câmera com o cenário minimalista onde a ação se desenvolve. A história vai sendo construída centrado na protagonista feminina – que, por sua vez, não é uma mocinha indefesa – e isso é algo bastante positivo.

Ainda que com alguns escorregões, um título que poderia ter sido traduzido ao português e um final um tanto quanto previsível, ‘Hypnotic’ é um suspense psicológico realmente calcado na argumentação psicológica, com uma história envolvente e um argumento que faz a gente querer saber mais sobre essa técnica da medicina mental.

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IMPERDÍVEL! Você vai VICIAR nessa história de Vingança à moda antiga....

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Quando uma pessoa sofre um trauma, seja da origem que for, a reação emocional e psíquica desse indivíduo pode acontecer de inúmeras maneiras e durar pouco ou muito tempo. Geralmente, uma boa forma de superar ou curar um trauma é realizar um acompanhamento com um terapeuta ou um psicólogo: um profissional especializado em desatar os nós psicológicos que uma má experiência cria em nosso inconsciente. E, para isso, é preciso que o paciente entregue todos os seus segredos ao profissional e que haja uma relação de extrema confiança entre os dois. Mas nem sempre isso acontece. Foi pensando nisso que a Netflix trouxe aos seus assinantes seu mais novo suspense, ‘Hypnotic’, que acaba de chegar ao público essa semana.

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Jennifer (Kate Siegel) está arrasada. Uma grande perda no passado fez com que ela se desestruturasse totalmente, isolando-se de tudo e de todos. Quando, em um esforço hercúleo, vai à uma festa na casa de sua melhor amiga, Gina (Lucie Guest) – e acaba encontrando seu ex-noivo, Brian (Jaime M. Callica) –, Jennifer se sente meio deslocada, até que sua amiga insiste em apresentá-la a seu terapeuta, Dr. Collin Meade (Jason O’Mara), sobre quem diz ter conseguido dar a volta por cima em sua vida. Conversa vai, conversa vem, Gina insiste que a amiga precisa marcar uma sessão com o Dr. Collin, certa de que ele conseguirá recuperar sua felicidade e mudar sua vida. O que Jennifer não podia imaginar é que essa mudança não seria exatamente para melhor.

Em apenas uma hora e meia de duração, ‘Hypnotic’ constrói uma história bem-feitinha,  que fisga a gente com uma abertura interessante. O roteiro de Richard D’Ovidio trabalha bem a evolução da protagonista, mostrando seus pontos fracos e inserindo os elementos e as consequências do tratamento através da hipnose que o Dr. Collin propôs realizar aos poucos, cozinhando, assim, a paranoia na cabeça do espectador. O primeiro arco do enredo é um bocado envolvente, porém, quando as cartas são colocadas na mesa um pouco antes da metade do filme, a atuação do elenco dá uma caída, e algumas interpretações escorregam na caricatura.

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Enquanto estratégia, a ideia de fisgar o espectador nos primeiros trinta minutos é uma boa ideia, apesar de os diretores Matt Angel e Suzanne Coote terem uma boa história em mãos que poderia ter sido mais bem aprofundada. Para ambientar a produção, há um bonito trabalho de fotografia, especialmente na primeira metade do longa, que ajuda a imergir o espectador no clima de suspense psicológico a la ‘Corra’, fazendo um jogo de câmera com o cenário minimalista onde a ação se desenvolve. A história vai sendo construída centrado na protagonista feminina – que, por sua vez, não é uma mocinha indefesa – e isso é algo bastante positivo.

Ainda que com alguns escorregões, um título que poderia ter sido traduzido ao português e um final um tanto quanto previsível, ‘Hypnotic’ é um suspense psicológico realmente calcado na argumentação psicológica, com uma história envolvente e um argumento que faz a gente querer saber mais sobre essa técnica da medicina mental.

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