sexta-feira , 21 fevereiro , 2025

Crítica | Império da Luz – Olivia Colman BRILHA em filme que mostra o encontro da Solidão e a Solitude [Festival do Rio 2022]


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A Solidão e a Solitude. Filme de abertura do Festival do Rio 2022, Império da Luz é um interessante recorte de uma Inglaterra nos anos 80 onde conhecemos uma linda história de amor que tem um cinema como grande palco. A intensidade da paixão, a diferença de idade, o preconceito, o assédio, a literatura, o cinema, são vários os elementos reunidos nessa história brilhantemente escrita e dirigida pelo excelente cineasta britânico Sam Mendes. Emocionante em muitos momentos, com uma atuação digna de Oscar da fabulosa Olivia Colman, o filme nos leva a refletir também sobre a linha tênue entre a solidão e a solitude.

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Na trama, conhecemos Hilary (Olivia Colman), uma mulher introspectiva que trabalha em um lindo cinema de frente para o mar em uma Londres dos anos 80. O cinema em que ela trabalha é administrado pelo Mr. Ellis (Colin Firth), com quem a protagonista tem um caso. Certo dia, um jovem e super carismático chamado Stephen (Micheal Ward) é contratado para trabalhar no lugar e aos poucos vai se aproximando de Hilary. Dessa aproximação, surge uma linda história de amor que terão alguns intensos capítulos ao longo das duas horas de projeção.

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O amor aqui é mostrado de forma intensa, com o equilíbrio chegando de forma sutil através de gostos em comum pela literatura e as maneiras diferentes de se enxergar a vida. A diferença entre as idades nos leva a entender melhor os personagens, uma mulher sem muitas expectativas de mudanças em sua vida com conflitos emocionais provocados por alguns traumas e esse jovem sonhador, de atos bondosos, que se abala a cada novo episódio de racismo que sofre em qualquer lugar. Ela, anda na linha tênue entre a solidão e a solitude, mais do segundo, dentro de um estado de privacidade, quase um isolamento involuntário. Ele, usa a solidão como fortaleza quando precisa mas sem deixar de encaixar pitadas de esperança em sua estrada. Esses dois corações se compreendem, se encaixam, fazendo muito sentido o sentimento que nasce entre os dois mesmo com o destino batendo à porta, onde escolhas precisarão serem tomadas.


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No roteiro escrito por Mendes (primeira vez que ele dirige a partir de um roteiro que escreveu sozinho), há uma tentativa de profundidade sobre a época em que o filme é ambientado, o início dos anos 80, em uma Londres repleta de ebulições em várias áreas, com os primeiros anos de Margaret Thatcher como primeira ministra. O preconceito, o racismo, desses tempos é sentido mais forte por um dos protagonistas, um carismático jovem, negro, que sonha em entrar na faculdade de arquitetura mas sofre por cada ação de mentes preconceituosas e violentas que andavam pela cidade.

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A magia do cinema acaba encontrando seu cantinho em muitos momentos por aqui, citações à grandes clássicos do cinema, o dia-a-dia de um mercado exibidor sempre muito dinâmico naqueles tempos, os clientes malas, os clientes legais, aquela ansiedade que todos nós sentimos quando esperamos muito a estreia de um lançamento, a descoberta dos próprios funcionários pelo grandioso universo de emoções que aparece quando assistimos a um filme.

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Império da Luz nos faz refletir sobre a sociedade de outros tempos e do atual, também sobre o abstrato mundo do amor, do companheirismo, do querer o bem mesmo com obstáculos pelo caminho. Sam Mendes emociona com sua obra. Todo bom filme nunca deveria encontrar um fim em nosso refletir.


IMPERDÍVEL! Você vai VICIAR nessa história de Vingança à moda antiga....

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A Solidão e a Solitude. Filme de abertura do Festival do Rio 2022, Império da Luz é um interessante recorte de uma Inglaterra nos anos 80 onde conhecemos uma linda história de amor que tem um cinema como grande palco. A intensidade da paixão, a diferença de idade, o preconceito, o assédio, a literatura, o cinema, são vários os elementos reunidos nessa história brilhantemente escrita e dirigida pelo excelente cineasta britânico Sam Mendes. Emocionante em muitos momentos, com uma atuação digna de Oscar da fabulosa Olivia Colman, o filme nos leva a refletir também sobre a linha tênue entre a solidão e a solitude.

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Na trama, conhecemos Hilary (Olivia Colman), uma mulher introspectiva que trabalha em um lindo cinema de frente para o mar em uma Londres dos anos 80. O cinema em que ela trabalha é administrado pelo Mr. Ellis (Colin Firth), com quem a protagonista tem um caso. Certo dia, um jovem e super carismático chamado Stephen (Micheal Ward) é contratado para trabalhar no lugar e aos poucos vai se aproximando de Hilary. Dessa aproximação, surge uma linda história de amor que terão alguns intensos capítulos ao longo das duas horas de projeção.

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O amor aqui é mostrado de forma intensa, com o equilíbrio chegando de forma sutil através de gostos em comum pela literatura e as maneiras diferentes de se enxergar a vida. A diferença entre as idades nos leva a entender melhor os personagens, uma mulher sem muitas expectativas de mudanças em sua vida com conflitos emocionais provocados por alguns traumas e esse jovem sonhador, de atos bondosos, que se abala a cada novo episódio de racismo que sofre em qualquer lugar. Ela, anda na linha tênue entre a solidão e a solitude, mais do segundo, dentro de um estado de privacidade, quase um isolamento involuntário. Ele, usa a solidão como fortaleza quando precisa mas sem deixar de encaixar pitadas de esperança em sua estrada. Esses dois corações se compreendem, se encaixam, fazendo muito sentido o sentimento que nasce entre os dois mesmo com o destino batendo à porta, onde escolhas precisarão serem tomadas.

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No roteiro escrito por Mendes (primeira vez que ele dirige a partir de um roteiro que escreveu sozinho), há uma tentativa de profundidade sobre a época em que o filme é ambientado, o início dos anos 80, em uma Londres repleta de ebulições em várias áreas, com os primeiros anos de Margaret Thatcher como primeira ministra. O preconceito, o racismo, desses tempos é sentido mais forte por um dos protagonistas, um carismático jovem, negro, que sonha em entrar na faculdade de arquitetura mas sofre por cada ação de mentes preconceituosas e violentas que andavam pela cidade.

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A magia do cinema acaba encontrando seu cantinho em muitos momentos por aqui, citações à grandes clássicos do cinema, o dia-a-dia de um mercado exibidor sempre muito dinâmico naqueles tempos, os clientes malas, os clientes legais, aquela ansiedade que todos nós sentimos quando esperamos muito a estreia de um lançamento, a descoberta dos próprios funcionários pelo grandioso universo de emoções que aparece quando assistimos a um filme.

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Império da Luz nos faz refletir sobre a sociedade de outros tempos e do atual, também sobre o abstrato mundo do amor, do companheirismo, do querer o bem mesmo com obstáculos pelo caminho. Sam Mendes emociona com sua obra. Todo bom filme nunca deveria encontrar um fim em nosso refletir.

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