terça-feira , 3 dezembro , 2024

Crítica | Inferior ao 1º, ‘Megatubarão 2’ é um carnaval de diálogos cafonas e ação incessante

Desde Tubarão (1975), de Steven Spielberg, as ferozes criaturas marinhas nunca mais abandonaram seu status no audiovisual. Eles conquistaram o cinema e também nossos corações, seja em produções de suspense ou até mesmo nas comédias non-sense como ‘Sharknado‘ e ‘O Tubarão de Cinco Cabeças‘. Mesmo abraçando o ridículo, esses dois filmes eram bem resolvidos em suas intenções.

Não se pode dizer o mesmo de Megatubarão 2’, sequência do filme de 2018 que traz Jason Statham de volta como Jonas Taylor.



Como toda sequência, a ordem aqui é quanto mais melhor. Começando pela introdução exagerada com um T-Rex no período Cretáceo até passar por sequências de ação em submarinos prestes a implodir (um péssimo timing após o acidente da OceanGate), o filme tenta se levar a sério o tempo todo. E nunca consegue.

Ao invés de nos brindar com Statham lutando contra Megatubarões ainda maiores, a produção decide percorrer um caminho diferente e apresentar uma nova história – que demora a engatar.

Statham e o ícone global de ação Wu Jing lideram uma ousada equipe de pesquisa em um mergulho exploratório nas profundezas do oceano. A viagem se transforma em caos quando uma operação de mineração malévola ameaça sua missão e os força a uma batalha de alto risco pela sobrevivência. Enfrentando Megatubarões colossais e saqueadores ambientais implacáveis, nossos heróis devem correr, ser mais espertos e nadar mais que seus predadores impiedosos em uma corrida pulsante contra o tempo.

O roteiro escrito a três mãos (e precisa de tanto?) por Dean Georgaris (Sob o Domínio do Mal), Jon Hoeber (Battleship) e Erich Hoeber (Red – Aposentados e Perigosos) se enrola ao não decidir se vai ser um suspense ou uma comédia, e nunca decola. Eles demoram tempo demais para apresentar os novos personagens, apenas para acelerar no terceiro ato com uma ação corrida e exagerada. Ok, a parte do exagerada eu perdoo, afinal, foi para isso que assisti ao filme.

É claro que podemos esperar de tudo nesse tipo de filme, mas algumas situações beiram o ridículo – como o protagonista nadando sem equipamento no oceano a 7 mil metros da superfície. O roteiro não só abusa do Deus Ex-Machina, solucionando de maneira ilógica qualquer tipo de situação, como também desafia a inteligência dos espectadores.

O único que leva toda essa patifaria a série é o astro Jason Statham, que entrega uma boa atuação e se demonstra empenhado em manter sua franquia de ação viva. Mesmo que para isso ele tenha que proclamar os diálogos mais cafona possíveis.

Ben Wheatley (‘Rebecca: A Mulher Inesquecível’) substitui o talentoso Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido) na direção e entrega alguns momentos bastante inspirados, mas que são prejudicados pelo excesso de informações visuais acontecendo em tela e subtramas paralelas que não se encaixam.

Megatubarão 2‘ é um filme mediano com orçamento de US$ 160 milhões, valor que poderia ter sido investido em um roteiro menor. Se você estiver disposto a desligar o cérebro e gastar dinheiro para ver as situações mais absurdas e surreais, provavelmente você vai se divertir. São 1h 56m de puro suco de Megatubarões aprontando todas.

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Não se pode dizer o mesmo de Megatubarão 2’, sequência do filme de 2018 que traz Jason Statham de volta como Jonas Taylor.

Como toda sequência, a ordem aqui é quanto mais melhor. Começando pela introdução exagerada com um T-Rex no período Cretáceo até passar por sequências de ação em submarinos prestes a implodir (um péssimo timing após o acidente da OceanGate), o filme tenta se levar a sério o tempo todo. E nunca consegue.

Ao invés de nos brindar com Statham lutando contra Megatubarões ainda maiores, a produção decide percorrer um caminho diferente e apresentar uma nova história – que demora a engatar.

Statham e o ícone global de ação Wu Jing lideram uma ousada equipe de pesquisa em um mergulho exploratório nas profundezas do oceano. A viagem se transforma em caos quando uma operação de mineração malévola ameaça sua missão e os força a uma batalha de alto risco pela sobrevivência. Enfrentando Megatubarões colossais e saqueadores ambientais implacáveis, nossos heróis devem correr, ser mais espertos e nadar mais que seus predadores impiedosos em uma corrida pulsante contra o tempo.

O roteiro escrito a três mãos (e precisa de tanto?) por Dean Georgaris (Sob o Domínio do Mal), Jon Hoeber (Battleship) e Erich Hoeber (Red – Aposentados e Perigosos) se enrola ao não decidir se vai ser um suspense ou uma comédia, e nunca decola. Eles demoram tempo demais para apresentar os novos personagens, apenas para acelerar no terceiro ato com uma ação corrida e exagerada. Ok, a parte do exagerada eu perdoo, afinal, foi para isso que assisti ao filme.

É claro que podemos esperar de tudo nesse tipo de filme, mas algumas situações beiram o ridículo – como o protagonista nadando sem equipamento no oceano a 7 mil metros da superfície. O roteiro não só abusa do Deus Ex-Machina, solucionando de maneira ilógica qualquer tipo de situação, como também desafia a inteligência dos espectadores.

O único que leva toda essa patifaria a série é o astro Jason Statham, que entrega uma boa atuação e se demonstra empenhado em manter sua franquia de ação viva. Mesmo que para isso ele tenha que proclamar os diálogos mais cafona possíveis.

Ben Wheatley (‘Rebecca: A Mulher Inesquecível’) substitui o talentoso Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido) na direção e entrega alguns momentos bastante inspirados, mas que são prejudicados pelo excesso de informações visuais acontecendo em tela e subtramas paralelas que não se encaixam.

Megatubarão 2‘ é um filme mediano com orçamento de US$ 160 milhões, valor que poderia ter sido investido em um roteiro menor. Se você estiver disposto a desligar o cérebro e gastar dinheiro para ver as situações mais absurdas e surreais, provavelmente você vai se divertir. São 1h 56m de puro suco de Megatubarões aprontando todas.

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