quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Infiltrado – Jason Statham e Guy Ritchie encontram ótima forma de fazer filme de ação

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Um clássico filme de ação precisa necessariamente ter um protagonista carrancudo, frio, sem sentimentos, cujo objetivo supera sua própria vontade. Assim é a maioria dos filmes do gênero desde os anos 1980, quando tiveram seu ápice em Hollywood, acompanhados por cenas mirabolantes, muita pancadaria e, às vezes, sobrando até espaço para uma boa história. Com tudo isso na medida certa, chega esse final de semana nos cinemas brasileiros o longa ‘Infiltrado’.



H (Jason Statham) acaba de ser contratado para trabalhar como segurança de transporte de valores da empresa Fortico, onde é bem recebido por Bullet (Holt McCallany), que mostra como tudo funciona na rotina de transportar e guardar os bens de outras empresas. H tem um objetivo secreto maior nisso tudo, e seu ar carrancudo imediatamente desperta a inimizade de Dave (Josh Hartnett) e de outros colegas. Porém, quando os assaltos aos carros-fortes passam a se tornar mais frequentes e H começa a ter uma reação excepcional contra os bandidos, sua presença na empresa começa a se destacar, mas também levanta algumas suspeitas.

O principal elemento que se destaca em ‘Infiltrado’ – e, aliás, é o elemento condutor da trama toda – é a montagem do filme, forma esta que já se tornou a assinatura do diretor Guy Ritchie. Essa montagem é toda calcada no ritmo do filme, e, consequentemente, é ela que dá a super agilidade em todos os momentos do longa, até mesmo nas cenas mais parados. Guy Ritchie se inspira nas técnicas de videoclipe e mescla sons banais do cotidiano, como o fechar de uma gaveta ou o engatilhamento de uma arma de fogo, com socos, explosões e pontapés, tornando toda cena de luta um momento frenético e hipnotizante.

Outra sacada genial do diretor é relocar a câmera em locais neutros, como ocorre na primeira sequência de ‘Infiltrado’. Nela, a câmera está na parte de trás do carro-forte, como se fosse uma sacola de dinheiro, e vemos parcialmente o motorista do carro e a lateral do acompanhante, para, em seguida, vermos os bandidos abrirem a porta e realizarem todo o assalto. Assim, o espectador é colocado na posição do surpreendido naquilo tudo, como se fosse o objeto mais valioso da produção. Isso é uma homenagem muito legal do roteiro do diretor com colaboração de Ivan Atkinson e Marn Davies, inspirado no longa ‘Le Convoyeur’, de Nicolas Boukhrief  e Éric Besnard.

Jason Statham dá um show com seu semblante de psicopata sem emoções, fazendo parecer que soltar o dedo no gatilho é a coisa mais fácil do mundo. O filme conta ainda com uma participação especial de Andy Garcia como chefão do crime paralelo e o resgate de Josh Hartnett, queridinho das comédias românticas dos anos 1990 mas que andava sumido das telonas.

Infiltrado’ é um ótimo filme de ação, com muita potência e agilidade em cenas de assalto grandiosas a ‘La Casa de Papel’ (inclusive, com aquele estilo de narrar o plano enquanto o atraco se desenrola). Para quem curte filmes do gênero, é uma excelente pedida que vale o ingresso do cinema, pois ‘Infiltrado’ traz adrenalina do começo ao fim.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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H (Jason Statham) acaba de ser contratado para trabalhar como segurança de transporte de valores da empresa Fortico, onde é bem recebido por Bullet (Holt McCallany), que mostra como tudo funciona na rotina de transportar e guardar os bens de outras empresas. H tem um objetivo secreto maior nisso tudo, e seu ar carrancudo imediatamente desperta a inimizade de Dave (Josh Hartnett) e de outros colegas. Porém, quando os assaltos aos carros-fortes passam a se tornar mais frequentes e H começa a ter uma reação excepcional contra os bandidos, sua presença na empresa começa a se destacar, mas também levanta algumas suspeitas.

O principal elemento que se destaca em ‘Infiltrado’ – e, aliás, é o elemento condutor da trama toda – é a montagem do filme, forma esta que já se tornou a assinatura do diretor Guy Ritchie. Essa montagem é toda calcada no ritmo do filme, e, consequentemente, é ela que dá a super agilidade em todos os momentos do longa, até mesmo nas cenas mais parados. Guy Ritchie se inspira nas técnicas de videoclipe e mescla sons banais do cotidiano, como o fechar de uma gaveta ou o engatilhamento de uma arma de fogo, com socos, explosões e pontapés, tornando toda cena de luta um momento frenético e hipnotizante.

Outra sacada genial do diretor é relocar a câmera em locais neutros, como ocorre na primeira sequência de ‘Infiltrado’. Nela, a câmera está na parte de trás do carro-forte, como se fosse uma sacola de dinheiro, e vemos parcialmente o motorista do carro e a lateral do acompanhante, para, em seguida, vermos os bandidos abrirem a porta e realizarem todo o assalto. Assim, o espectador é colocado na posição do surpreendido naquilo tudo, como se fosse o objeto mais valioso da produção. Isso é uma homenagem muito legal do roteiro do diretor com colaboração de Ivan Atkinson e Marn Davies, inspirado no longa ‘Le Convoyeur’, de Nicolas Boukhrief  e Éric Besnard.

Jason Statham dá um show com seu semblante de psicopata sem emoções, fazendo parecer que soltar o dedo no gatilho é a coisa mais fácil do mundo. O filme conta ainda com uma participação especial de Andy Garcia como chefão do crime paralelo e o resgate de Josh Hartnett, queridinho das comédias românticas dos anos 1990 mas que andava sumido das telonas.

Infiltrado’ é um ótimo filme de ação, com muita potência e agilidade em cenas de assalto grandiosas a ‘La Casa de Papel’ (inclusive, com aquele estilo de narrar o plano enquanto o atraco se desenrola). Para quem curte filmes do gênero, é uma excelente pedida que vale o ingresso do cinema, pois ‘Infiltrado’ traz adrenalina do começo ao fim.

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