terça-feira , 24 dezembro , 2024

Crítica | Influência – Terror da Netflix com atriz de ‘Vis a Vis’ mistura Ocultismo e Bruxaria

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Um novo terror estreia este mês na Netflix, e ele é espanhol! Estamos falando de ‘Influência’, longa-metragem de Dennis Rovira van Boekholt, baseado no livro do britânico Ramsey Campbell.

Tudo começa quando Alicia (Manuela Vellés, que passa o filme inteiro de olhos arregalados e boca aberta, em eterna expressão de susto) volta à casa onde nasceu, a pedido da irmã Sara (Maggie Civantos, protagonista de ‘Vis a Vis‘, irreconhecível com a caracterização de uma mulher carola e submissa) para ajudar a cuidar da mãe, Victoria (Emma Suárez, bem assustadora), que está à beira da morte. A contragosto, Alicia retorna ao local junto com o marido, Mikel (Alain Hernández), e a filha, Nora (a bizarra Claudia Placer, melhor pessoa neste longa), e logo nós ficamos sabendo que a infância das duas não foi muito normal.



Aos poucos a trama vai apresentando fatos do passado dessa família, porém, as cenas são soltas, sem continuidade ou transição entre um momento e outro. Isso ocorre durante todo o primeiro ato e boa parte do segundo, o que gera uma vontade de abandonar o filme.

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Exemplo disso é a cena em que Alicia, já cansada das bizarrices da casa, diz que quer ir embora, e na cena seguinte ela está fazendo faxina na casa, se livrando das coisas da mãe. A falta de conexão entre ambos os momentos é explicada pelo roteiro insuficiente de Dennis Rovira van Boekholt, que neste ‘Influência’ faz sua estreia na direção de longas-metragens de maneira insegura e perdida.

Apesar de tudo isso, o finzinho do segundo ato e o terceiro inteiro trazem uma reviravolta na trama (para a felicidade do espectador que insistiu em assistir ao longa), adicionando uma chuva de elementos do terror gore, com direito a banho de sangue a la ‘Carrie, A Estranha’, e referências explícitas a Stephen King (como quebrar uma porta com um machado, igual a ‘O Iluminado’). Toda a nossa espera pela ação aos elementos de ocultismo, bruxaria e satanismo que são mostrados ao longo de ‘Influência’ finalmente é justificada, pois vemos essas alegorias ganharem vida no final do longa. A sensação é que nesta última parte não só foi colocado todo o investimento da maquiagem e caracterização, como o filme também parece dirigido por outra pessoa.

Influência’ é uma produção confusa, dessas que não dá para esperar lógica ou justificativa. Ao menos entrega os elementos de terror no final – e antes tarde do que nunca.

 

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Aos poucos a trama vai apresentando fatos do passado dessa família, porém, as cenas são soltas, sem continuidade ou transição entre um momento e outro. Isso ocorre durante todo o primeiro ato e boa parte do segundo, o que gera uma vontade de abandonar o filme.

Exemplo disso é a cena em que Alicia, já cansada das bizarrices da casa, diz que quer ir embora, e na cena seguinte ela está fazendo faxina na casa, se livrando das coisas da mãe. A falta de conexão entre ambos os momentos é explicada pelo roteiro insuficiente de Dennis Rovira van Boekholt, que neste ‘Influência’ faz sua estreia na direção de longas-metragens de maneira insegura e perdida.

Apesar de tudo isso, o finzinho do segundo ato e o terceiro inteiro trazem uma reviravolta na trama (para a felicidade do espectador que insistiu em assistir ao longa), adicionando uma chuva de elementos do terror gore, com direito a banho de sangue a la ‘Carrie, A Estranha’, e referências explícitas a Stephen King (como quebrar uma porta com um machado, igual a ‘O Iluminado’). Toda a nossa espera pela ação aos elementos de ocultismo, bruxaria e satanismo que são mostrados ao longo de ‘Influência’ finalmente é justificada, pois vemos essas alegorias ganharem vida no final do longa. A sensação é que nesta última parte não só foi colocado todo o investimento da maquiagem e caracterização, como o filme também parece dirigido por outra pessoa.

Influência’ é uma produção confusa, dessas que não dá para esperar lógica ou justificativa. Ao menos entrega os elementos de terror no final – e antes tarde do que nunca.

 

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