domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Jack Reacher: Sem Retorno

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Daddy Reacher

Baseado no 18º livro da série Jack Reacher, criada pelo autor Lee Child, Sem Retorno traz novamente o astro Tom Cruise no papel protagonista, impulsionando o novo thriller recheado de adrenalina do personagem, ex-policial do exército norte-americano. Como você deve lembrar ou não Jack Reacher deu as caras pela primeira vez nas telonas em 2012, na adaptação de One Shot (no Brasil, O Último Tiro), o 9º livro na cronologia criada por Child, num total de 21 obras literárias.

É interessante ver Cruise, um dos maiores astros da história do cinema, que vem mantendo tal status desde a década de 1980, investindo em outra franquia além de Missão: Impossível. Baseado no que vimos no cinema, os livros de Lee Chid aparentam serem ricos e detalhados, contando com todos os elementos que compõem uma boa história de intriga, espionagem, ação e suspense. O problema está justamente na transposição de mídias, na qual algo acaba se perdendo na tradução.



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A sensação que tive ao assistir ambas as produções que levam o nome de Reacher como protagonista, foi a de uma grande promessa prenunciada, que poderiam sim render obras cinematográficas acima da média, mas que vão perdendo o gás conforme o desenrolar, até terminarem totalmente sem fôlego e nós, o público, sem interesse restante. Dessa vez, sai o cineasta Christopher McQuarrie (Missão: Impossível – Nação Secreta) e entra Edward Zwick (O Último Samurai), no comando do longa, ambos escolados no cinema de Cruise.

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Na trama de Sem Retorno, Reacher (Cruise) se corresponde através de cartas com uma colega de profissão – sim, ele é old school o suficiente para não saber o que é WhatsApp ou Messenger. Apesar de nunca terem se visto pessoalmente, os dois estendem cordialidade e afeição em suas escritas e depois em uma eventual ligação de telefone. Quando chega a hora, Reacher vai ao encontro da moça em sua base militar. No entanto, ao chegar no local, o protagonista descobre que a Major Turner, a mulher em questão, papel da carismática Cobie Smulders, foi detida, acusada de traição e espionagem.

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Nem é necessário dizer que o personagem durão decide agir por conta própria para provar a inocência da mulher por quem criou amizade, no percurso descobrindo tramoias dignas dos mais grandiosos e elaborados textos dentro do gênero. Outra peculiaridade das obras de Child – ao menos no cinema – é que são donas de tramas tão intrincadas, dando voltas mirabolantes até seu desfecho, que se torna um exercício redundante tentar acompanhar todas as reviravoltas, a menos que você seja um aficionado. O que é mostrado à primeira vista fascina mais do que a desconstrução em si.

jack-reacer-sem-retorno-cinepop3

Pode ser dito que a força do segundo Jack Reacher está nos elementos humanos e nas interpretações. Se no primeiro filme, a vantagem era ter um elenco renomado, com atores como David Oyelowo, Rosamund Pike, Richard Jenkins e até o cineasta alemão Werner Herzog, no segundo o apelo está em trazer a história para um lado mais pessoal para o protagonista. Reacher está de volta em seu ambiente de trabalho, o exército serve como invólucro para a trama, apresentando melhor o misterioso protagonista ao público. Além disso, a história de Sem Retorno fica ainda mais pessoal com a suspeita de paternidade do ex-milico, com a adolescente Samantha (Danika Yarosh) sendo parte integral do roteiro.

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A estrutura se repete em sua forma, com um Reacher mais vulnerável em seu íntimo, mas tão imbatível quanto, quando o assunto é confronto homem a homem. A funcionalidade de personagens dentro da trama também é cronometricamente programada, fazendo de Child quase um Dan Brown. Um chamariz no novo Jack Reacher é presença de Smulders, mais conhecida como Robin da série Como Eu Conheci Sua Mãe, e a agente Maria Hill de Os Vingadores. Aqui, a atriz repete muito da persona de sua agente dos filmes da Marvel, mostrando ser páreo da inteligência, sagacidade e preparo de Cruise nas cenas de ação ou decisões astutas. A presença da personagem talvez tenha inclusive sido o motivo para a adaptação deste livro como continuação. Jack Reacher: Sem Retorno é burocrático, mas entretém minimamente para se manter como a ‘franquia menor’ de Tom Cruise na atualidade e preencher o tempo até o próximo Missão: Impossível. Esse sim, esperamos para ver.

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É interessante ver Cruise, um dos maiores astros da história do cinema, que vem mantendo tal status desde a década de 1980, investindo em outra franquia além de Missão: Impossível. Baseado no que vimos no cinema, os livros de Lee Chid aparentam serem ricos e detalhados, contando com todos os elementos que compõem uma boa história de intriga, espionagem, ação e suspense. O problema está justamente na transposição de mídias, na qual algo acaba se perdendo na tradução.

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A sensação que tive ao assistir ambas as produções que levam o nome de Reacher como protagonista, foi a de uma grande promessa prenunciada, que poderiam sim render obras cinematográficas acima da média, mas que vão perdendo o gás conforme o desenrolar, até terminarem totalmente sem fôlego e nós, o público, sem interesse restante. Dessa vez, sai o cineasta Christopher McQuarrie (Missão: Impossível – Nação Secreta) e entra Edward Zwick (O Último Samurai), no comando do longa, ambos escolados no cinema de Cruise.

Na trama de Sem Retorno, Reacher (Cruise) se corresponde através de cartas com uma colega de profissão – sim, ele é old school o suficiente para não saber o que é WhatsApp ou Messenger. Apesar de nunca terem se visto pessoalmente, os dois estendem cordialidade e afeição em suas escritas e depois em uma eventual ligação de telefone. Quando chega a hora, Reacher vai ao encontro da moça em sua base militar. No entanto, ao chegar no local, o protagonista descobre que a Major Turner, a mulher em questão, papel da carismática Cobie Smulders, foi detida, acusada de traição e espionagem.

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Nem é necessário dizer que o personagem durão decide agir por conta própria para provar a inocência da mulher por quem criou amizade, no percurso descobrindo tramoias dignas dos mais grandiosos e elaborados textos dentro do gênero. Outra peculiaridade das obras de Child – ao menos no cinema – é que são donas de tramas tão intrincadas, dando voltas mirabolantes até seu desfecho, que se torna um exercício redundante tentar acompanhar todas as reviravoltas, a menos que você seja um aficionado. O que é mostrado à primeira vista fascina mais do que a desconstrução em si.

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Pode ser dito que a força do segundo Jack Reacher está nos elementos humanos e nas interpretações. Se no primeiro filme, a vantagem era ter um elenco renomado, com atores como David Oyelowo, Rosamund Pike, Richard Jenkins e até o cineasta alemão Werner Herzog, no segundo o apelo está em trazer a história para um lado mais pessoal para o protagonista. Reacher está de volta em seu ambiente de trabalho, o exército serve como invólucro para a trama, apresentando melhor o misterioso protagonista ao público. Além disso, a história de Sem Retorno fica ainda mais pessoal com a suspeita de paternidade do ex-milico, com a adolescente Samantha (Danika Yarosh) sendo parte integral do roteiro.

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A estrutura se repete em sua forma, com um Reacher mais vulnerável em seu íntimo, mas tão imbatível quanto, quando o assunto é confronto homem a homem. A funcionalidade de personagens dentro da trama também é cronometricamente programada, fazendo de Child quase um Dan Brown. Um chamariz no novo Jack Reacher é presença de Smulders, mais conhecida como Robin da série Como Eu Conheci Sua Mãe, e a agente Maria Hill de Os Vingadores. Aqui, a atriz repete muito da persona de sua agente dos filmes da Marvel, mostrando ser páreo da inteligência, sagacidade e preparo de Cruise nas cenas de ação ou decisões astutas. A presença da personagem talvez tenha inclusive sido o motivo para a adaptação deste livro como continuação. Jack Reacher: Sem Retorno é burocrático, mas entretém minimamente para se manter como a ‘franquia menor’ de Tom Cruise na atualidade e preencher o tempo até o próximo Missão: Impossível. Esse sim, esperamos para ver.

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