quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Jack Ryan (1ª Temporada) – Superprodução da Amazon é atual e recheada de ação

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O roteirista e produtor Carlton Cuse é, sem dúvida, uma das mentes mais criativas da TV, afinal, ele gosta de desenvolver um bom gancho entre um episódio e outro de suas séries, como fez comLost, e agora está tendo a oportunidade de fazer com sua própria produção: a série de TV para a internet, Jack Ryan, baseada no personagem Jack Ryan de Tom Clancy. Com o ótimo formato de 8 episódios, o programa chegou ao Brasil pela Amazon Prime prometendo uma superprodução de cinema. Mas será que tem tanto potencial assim?

Sim, tem! Uma trama mais atual e relevante seria impossível. Jack é um analista da CIA que acaba descobrindo algumas transferências bancárias muito suspeitas e, na busca por respostas, seu caminho é levado de seu pequeno escritório, por toda a Europa e Oriente Médio. Nessa aventura, descobre também que uma ameaça terrorista contra os EUA está ganhando força e vê na tentativa de impedir uma chance de corrigir erros do passado.



jackryan5

O protagonismo fica por conta do ótimo John Krasinski (‘Um Lugar Silencioso’), que consegue emplacar todo o seu carisma no personagem, equilibrando perfeitamente os momentos de fraqueza com os atos heroicos. E põe heroicos nisso, já que o personagem é desenvolvido quase que como um super-herói sem super-poderes. Seu jeito de bom moço mesclado com sua personalidade altruísta faz com que nos importemos com Jack e sua jornada suicida, mesmo às vezes soando intuitivo demais. Um excelente exemplo trabalho de direção e construção de roteiro.

Igualmente carismático também é o “vilão”, vivido pelo ator Ali Suliman, que não serve apenas como antagonista para o mocinho ser exaltado, mas também como parte da trama, que equilibra muito bem os dois lados da moeda. O ativista islâmico Suleiman serve, na verdade, como co-protagonista, e sua história de vida é ainda mais comovente do que a de Jack, crescendo de forma gradativa ao longo dos episódios, assim como a boa construção de sua família, que serve como oportunidade abraçada pelos roteiristas de mostrar que nem todos do Oriente Médio são terroristas, já que a grande maioria são refugiados e estão tentando sair das zonas de confronto, mas acabam ficando no meio do fogo cruzado entre as grandes nações.

jackryan9

A superprodução ainda esbanja nos efeitos especiais, dignos de filmes do Michael Bay, com cenas de ação de tirar o fôlego, bem dirigidas e trabalhadas com o elenco. Assim como ótimas paisagens, diferentes das que estamos acostumados a ver nas produções americanas, que são ainda mais exuberantes com a ajuda da direção de fotografia. O amarelo, quente e assustador, contrasta com o azul, frio e sem vida do escritório. No entanto, é do escritório que vem a parte mais fraca do roteiro. As cenas internas são desinteressantes nos primeiros episódios, o que pode afastar muitos espectadores. Mas, felizmente, esse ritmo lento e arrastado melhora próximo ao quarto episódio e ganha força no quinto (e talvez melhor!) episódio.

Com uma ótima construção de suspense e tensão, uma trama atual e necessária, elenco escolhido à dedo e boas cenas de ação, Jack Ryan se torna uma das melhores séries do ano. Um acerto triunfal da Amazon na batalha virtual para conquistar fãs que estão cansados de perder tempo assistindo as bombas da Netflix, aliás, de bomba aqui só as artificiais mesmo.

Vale lembrar que a 2ª temporada já foi confirmada e deve chegar em 2019.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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Sim, tem! Uma trama mais atual e relevante seria impossível. Jack é um analista da CIA que acaba descobrindo algumas transferências bancárias muito suspeitas e, na busca por respostas, seu caminho é levado de seu pequeno escritório, por toda a Europa e Oriente Médio. Nessa aventura, descobre também que uma ameaça terrorista contra os EUA está ganhando força e vê na tentativa de impedir uma chance de corrigir erros do passado.

jackryan5

O protagonismo fica por conta do ótimo John Krasinski (‘Um Lugar Silencioso’), que consegue emplacar todo o seu carisma no personagem, equilibrando perfeitamente os momentos de fraqueza com os atos heroicos. E põe heroicos nisso, já que o personagem é desenvolvido quase que como um super-herói sem super-poderes. Seu jeito de bom moço mesclado com sua personalidade altruísta faz com que nos importemos com Jack e sua jornada suicida, mesmo às vezes soando intuitivo demais. Um excelente exemplo trabalho de direção e construção de roteiro.

Igualmente carismático também é o “vilão”, vivido pelo ator Ali Suliman, que não serve apenas como antagonista para o mocinho ser exaltado, mas também como parte da trama, que equilibra muito bem os dois lados da moeda. O ativista islâmico Suleiman serve, na verdade, como co-protagonista, e sua história de vida é ainda mais comovente do que a de Jack, crescendo de forma gradativa ao longo dos episódios, assim como a boa construção de sua família, que serve como oportunidade abraçada pelos roteiristas de mostrar que nem todos do Oriente Médio são terroristas, já que a grande maioria são refugiados e estão tentando sair das zonas de confronto, mas acabam ficando no meio do fogo cruzado entre as grandes nações.

jackryan9

A superprodução ainda esbanja nos efeitos especiais, dignos de filmes do Michael Bay, com cenas de ação de tirar o fôlego, bem dirigidas e trabalhadas com o elenco. Assim como ótimas paisagens, diferentes das que estamos acostumados a ver nas produções americanas, que são ainda mais exuberantes com a ajuda da direção de fotografia. O amarelo, quente e assustador, contrasta com o azul, frio e sem vida do escritório. No entanto, é do escritório que vem a parte mais fraca do roteiro. As cenas internas são desinteressantes nos primeiros episódios, o que pode afastar muitos espectadores. Mas, felizmente, esse ritmo lento e arrastado melhora próximo ao quarto episódio e ganha força no quinto (e talvez melhor!) episódio.

Com uma ótima construção de suspense e tensão, uma trama atual e necessária, elenco escolhido à dedo e boas cenas de ação, Jack Ryan se torna uma das melhores séries do ano. Um acerto triunfal da Amazon na batalha virtual para conquistar fãs que estão cansados de perder tempo assistindo as bombas da Netflix, aliás, de bomba aqui só as artificiais mesmo.

Vale lembrar que a 2ª temporada já foi confirmada e deve chegar em 2019.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
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