segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | Juventude – O belíssimo primeiro filme de ficção da história do Djibouti

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As razões e as emoções do universo das incertezas. Primeiro filme de ficção da história do Djibouti (pequeno país africano de menos de um milhão de habitantes) e primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher (Lula Ali Ismaïl) nesse país, Juventude nos mostra como um desenrolar complicado e traumático de um aborto instantâneo acaba sendo o início de uma forte amizade entre três jovens que estão no último ano do colégio e já pensam na fase seguinte de suas vidas, procurando respostas sobre onde querem esta daqui a 10 anos. Seus dramas, suas agonias, enxergamos cada detalhe em um retrato muito honesto sobre o cotidiano dessas três personagens. Estreia no Brasil nesta sexta, 11/06, direto no streaming da Supo Mungam Plus.



Na trama, conhecemos Deka (Amina Mohamed Ali), Asma (Tousmo Mouhoumed Mohamed) e Hibo (Bilan Samir Moubus) três jovens que ficam muito amigas no último ano do colégio e buscam no companheirismo de uma com a outra força e opiniões sobre acontecimentos presentes e sobre o futuro. De classes sociais completamente diferentes, vivendo na mesma cidade mas com um cotidiano nada igual, em comum, refletem sobre saírem do país onde nasceram para estudar fora.

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A amizade é tão importante, precisamos sempre valorizar. São três garotas bem diferentes. Tradições, fé, cultura local contornam o cotidiano das personagens. Uma delas se relaciona com um homem casado e mais velho não sabendo qual será o próximo passo dessa relação, a outra vive conflitos dentro de casa por conta das obrigações que lhe são dadas e a mais rica delas viveu um drama recente mas parece não se importar com o futuro a princípio, pois, não consegue se enxergar longe da comodidade que lhe é dada por seus pais.

Com uma belíssima fotografia, Dhalinyaro, título do filme no original, abre espaço para conhecermos melhor esse país tão desconhecido de nós por aqui. Com os mais velhos, algumas delas aprendem sobre a história desse país e também sobre histórias de quando alguns saíram para o exterior. Em um desses diálogos, por exemplo, com um senhor mais velho, acaba sendo uma grande aula de história mundial, com relatos detalhados da ida do mesmo, em meados da década de 40, para a guerra na França.

Amizade, obstáculos, força feminina, diversas visões sobre um mesmo cotidiano rodeiam esse bonito projeto que também não deixa de ser uma homenagem da cineasta a outras milhares de histórias do seu país.

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As razões e as emoções do universo das incertezas. Primeiro filme de ficção da história do Djibouti (pequeno país africano de menos de um milhão de habitantes) e primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher (Lula Ali Ismaïl) nesse país, Juventude nos mostra como um desenrolar complicado e traumático de um aborto instantâneo acaba sendo o início de uma forte amizade entre três jovens que estão no último ano do colégio e já pensam na fase seguinte de suas vidas, procurando respostas sobre onde querem esta daqui a 10 anos. Seus dramas, suas agonias, enxergamos cada detalhe em um retrato muito honesto sobre o cotidiano dessas três personagens. Estreia no Brasil nesta sexta, 11/06, direto no streaming da Supo Mungam Plus.

Na trama, conhecemos Deka (Amina Mohamed Ali), Asma (Tousmo Mouhoumed Mohamed) e Hibo (Bilan Samir Moubus) três jovens que ficam muito amigas no último ano do colégio e buscam no companheirismo de uma com a outra força e opiniões sobre acontecimentos presentes e sobre o futuro. De classes sociais completamente diferentes, vivendo na mesma cidade mas com um cotidiano nada igual, em comum, refletem sobre saírem do país onde nasceram para estudar fora.

A amizade é tão importante, precisamos sempre valorizar. São três garotas bem diferentes. Tradições, fé, cultura local contornam o cotidiano das personagens. Uma delas se relaciona com um homem casado e mais velho não sabendo qual será o próximo passo dessa relação, a outra vive conflitos dentro de casa por conta das obrigações que lhe são dadas e a mais rica delas viveu um drama recente mas parece não se importar com o futuro a princípio, pois, não consegue se enxergar longe da comodidade que lhe é dada por seus pais.

Com uma belíssima fotografia, Dhalinyaro, título do filme no original, abre espaço para conhecermos melhor esse país tão desconhecido de nós por aqui. Com os mais velhos, algumas delas aprendem sobre a história desse país e também sobre histórias de quando alguns saíram para o exterior. Em um desses diálogos, por exemplo, com um senhor mais velho, acaba sendo uma grande aula de história mundial, com relatos detalhados da ida do mesmo, em meados da década de 40, para a guerra na França.

Amizade, obstáculos, força feminina, diversas visões sobre um mesmo cotidiano rodeiam esse bonito projeto que também não deixa de ser uma homenagem da cineasta a outras milhares de histórias do seu país.

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