domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Katy Perry entrega um vibrante house com “Lifetimes”, segundo single do álbum ‘143’

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Depois de ter oficializado sua nova era com o lançamento de “Woman’s World” (que teve uma recepção extremamente desfavorável por parte do público e da crítica por uma suposta hipocrisia criativa que foi pintada como “sátira”), Katy Perry continuou a explorar o vindouro álbum 143 com a estreia do segundo single oficial, “Lifetimes”.

Acompanhada de um divertido e dançante videoclipe, a canção se afasta das tentativas frustradas de crítica social da track anterior e coloca Perry em sua zona de conforto ao estender-se para um vibrante e dançante house que já se inicia com as pesadas notas do piano, aliadas a um limpo e convidativo sintetizador. Aqui, a cantora e compositora percebe que não há necessidade de dar um passo maior que a perna e que resgatar incursões predecessoras da própria carreira – neste caso, bebendo da fonte de ‘Prism’‘Teenage Dream’ – é uma saída lógica e funcional quando não se deseja reinventar a roda.



Novamente, Perry alia-se a Dr. Luke, que fica responsável pela produção e que se baseia essencialmente no classicismo do gênero em questão, nos arremessando de volta aos anos 1990 e promovendo uma certa interação com iterações como “Walking On Air” (uma gema esquecida que merecia maior reconhecimento). Em se tratando de uma faixa escapista, é natural que tenhamos repetições constantes de progressão sonora, seja na upbeat bateria que antecede o refrão, seja no simples acorde triplo que se estende pelos três minutos de duração. E, eventualmente, somos engolfados nesse hedonismo feito para as pistas de dança e que exalta o que há de melhor na vida – o amor.

É claro que o tema em questão é recorrente na discografia da cantora e, levando em consideração a simplicidade exacerbada dos versos, o que Perry procura entregar a seus fãs é uma nostálgica rendição de pura felicidade, ainda que tenha se envolvido em acontecimentos polêmicos e controversos nos últimos tempos. À medida que pega páginas emprestadas de nomes como One BitLady GagaJessie Ware, “Lifetimes” cumpre com o que promete e encontra sucesso considerável ao não se levar a sério e a ter plena noção de seus limites.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Acompanhada de um divertido e dançante videoclipe, a canção se afasta das tentativas frustradas de crítica social da track anterior e coloca Perry em sua zona de conforto ao estender-se para um vibrante e dançante house que já se inicia com as pesadas notas do piano, aliadas a um limpo e convidativo sintetizador. Aqui, a cantora e compositora percebe que não há necessidade de dar um passo maior que a perna e que resgatar incursões predecessoras da própria carreira – neste caso, bebendo da fonte de ‘Prism’‘Teenage Dream’ – é uma saída lógica e funcional quando não se deseja reinventar a roda.

Novamente, Perry alia-se a Dr. Luke, que fica responsável pela produção e que se baseia essencialmente no classicismo do gênero em questão, nos arremessando de volta aos anos 1990 e promovendo uma certa interação com iterações como “Walking On Air” (uma gema esquecida que merecia maior reconhecimento). Em se tratando de uma faixa escapista, é natural que tenhamos repetições constantes de progressão sonora, seja na upbeat bateria que antecede o refrão, seja no simples acorde triplo que se estende pelos três minutos de duração. E, eventualmente, somos engolfados nesse hedonismo feito para as pistas de dança e que exalta o que há de melhor na vida – o amor.

É claro que o tema em questão é recorrente na discografia da cantora e, levando em consideração a simplicidade exacerbada dos versos, o que Perry procura entregar a seus fãs é uma nostálgica rendição de pura felicidade, ainda que tenha se envolvido em acontecimentos polêmicos e controversos nos últimos tempos. À medida que pega páginas emprestadas de nomes como One BitLady GagaJessie Ware, “Lifetimes” cumpre com o que promete e encontra sucesso considerável ao não se levar a sério e a ter plena noção de seus limites.

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