quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | King Jack

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Na adolescência tudo parece o fim do mundo, mas é apenas o começo. Debutando em longas metragens o cineasta Felix Thompson (que dirige e escreve o projeto) consegue realizar um trabalho muito consistente que fala sobre tempos difíceis de um jovem que vive lutando intensamente e diariamente contra seus instintos adolescentes praticamente sem referências. Com competente atuação de seu protagonista Charlie Plummer, King Jack é o que podemos falar de pequena obra com muito valor, aquela raridade que nós cinéfilos adoramos encontrar.

Na trama, conhecemos o jovem meio rebelde chamado Jack (Charlie Plummer), um garoto de 15 anos que mora em uma cidade pequenina onde consegue em pouco tempo arranjar confusão para todos os lados. Quando sua tia distante fica doente, seu primo acaba indo morar com Jack, sua mãe e seu irmão mais velho. Aos poucos uma grande amizade vai surgindo e Jack vai começar a descobrir a importância da família em sua vida.



Há muitos pontos a se analisar nesta pequena grande obra. A relação do protagonista com sua família é caótica, daí a consequência de uma personalidade fragilizada por impulsos juvenis, raiva, dor e sem nenhum perspectiva. Sua mãe parece não se importar com ele e seu irmão mais velho parece ser aquele típico irmão mais velho de filmes norte-americanos dos anos 90. Quando começa a descobrir o amor, é rejeitado e traído. A única pessoa que parece oferecer algum tipo de esperança é uma amiga (rejeitada por ele) que sempre está por perto nos momentos mais difíceis que enfrenta. Com a chegada do primo, o personagem principal começa a amadurecer forçadamente. Valores que nunca existiram para ele começam a aparecer em sua frente, principalmente o da amizade. Viver em um universo limitado e sem referências fizeram com que Jack buscasse outros sentimentos para se sentir mais forte.

A única coisa que deixa nós cinéfilos tristes é que esse filmaço indie muito provavelmente não entrará em cartaz nos cinemas brasileiros, talvez por falta de espaço, talvez por falta de percepção das distribuidoras. Mas fica aqui a dica deste belo olhar sobre o rito de passagem da adolescência para a juventude em um universo não muito distante de todos nós.

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Na adolescência tudo parece o fim do mundo, mas é apenas o começo. Debutando em longas metragens o cineasta Felix Thompson (que dirige e escreve o projeto) consegue realizar um trabalho muito consistente que fala sobre tempos difíceis de um jovem que vive lutando intensamente e diariamente contra seus instintos adolescentes praticamente sem referências. Com competente atuação de seu protagonista Charlie Plummer, King Jack é o que podemos falar de pequena obra com muito valor, aquela raridade que nós cinéfilos adoramos encontrar.

Na trama, conhecemos o jovem meio rebelde chamado Jack (Charlie Plummer), um garoto de 15 anos que mora em uma cidade pequenina onde consegue em pouco tempo arranjar confusão para todos os lados. Quando sua tia distante fica doente, seu primo acaba indo morar com Jack, sua mãe e seu irmão mais velho. Aos poucos uma grande amizade vai surgindo e Jack vai começar a descobrir a importância da família em sua vida.

Há muitos pontos a se analisar nesta pequena grande obra. A relação do protagonista com sua família é caótica, daí a consequência de uma personalidade fragilizada por impulsos juvenis, raiva, dor e sem nenhum perspectiva. Sua mãe parece não se importar com ele e seu irmão mais velho parece ser aquele típico irmão mais velho de filmes norte-americanos dos anos 90. Quando começa a descobrir o amor, é rejeitado e traído. A única pessoa que parece oferecer algum tipo de esperança é uma amiga (rejeitada por ele) que sempre está por perto nos momentos mais difíceis que enfrenta. Com a chegada do primo, o personagem principal começa a amadurecer forçadamente. Valores que nunca existiram para ele começam a aparecer em sua frente, principalmente o da amizade. Viver em um universo limitado e sem referências fizeram com que Jack buscasse outros sentimentos para se sentir mais forte.

A única coisa que deixa nós cinéfilos tristes é que esse filmaço indie muito provavelmente não entrará em cartaz nos cinemas brasileiros, talvez por falta de espaço, talvez por falta de percepção das distribuidoras. Mas fica aqui a dica deste belo olhar sobre o rito de passagem da adolescência para a juventude em um universo não muito distante de todos nós.

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