sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | King’s Man: A Origem tem muita história e pouca ação

Tal qual toda franquia que faz sucesso, ‘King’s Man’ buscou trazer aos fãs as origens de como a organização secreta de espiões se tornou a sociedade bem-sucedida que conhecemos desde o primeiro filme, lançado em 2014. Com personagens carismáticos e um tom narrativo bem cativante, a tarefa de contar a forma como tudo começou não deveria ser difícil, entretanto, não é bem isso que encontramos em ‘King’s Man: A Origem’, mais novo filme da franquia que tem a missão de abrir o ano cinematográfico para os cinéfilos brasileiros em 2022.

Orlando Oxford (Ralph Fiennes) é um típico lorde inglês, desses que toma chá às cinco da tarde e faz questão de manter a finesse até mesmo nos momentos mais tensos. Ele é assessorado por Polly (Gemma Arterton) e Shola (Djimon Hounsou), enquanto tenta manter sua promessa à sua falecida esposa, de que irá manter seu filho, Conrad (Harris Dickinson), a salvo e longe de qualquer perigo. Porém, quando a Inglaterra entra na II Guerra Mundial e a Rússia parece ameaçar retirar suas tropas, Conrad insiste em se alistar para cumprir seu dever civil para com seu país, e, numa tentativa de conseguir manter sua palavra, Oxford irá apresentar a seu filho a verdadeira origem de seus negócios e bolar um plano para tentar impedir que Rasputin (Rhys Ifans) continue a influenciar o czar da Rússia, salvando, assim, a Inglaterra e o mundo durante a guerra.

Escrito e dirigido novamente por Matthew Vaughn – responsável pelos primeiros filmes da franquia e também por sucessos como ‘X-Men: Primeira Classe’ e ‘Kick-Ass: Quebrando Tudo’ – o novo ‘King’s Man: A Origem’ é um longa muito mais comportado e menos comprometido com a ação do que seus predecessores. Ainda inspirado nos personagens criados nos quadrinhos de Mark Millar e Dave Gibbons e de obviamente se dedicar a contar como a King’s Man foi fundada, o longa dá uma volta enooooorme no seu enredo para alcançar seu objetivo, que só ocorre na cena final.

O roteiro traz diversos eventos históricos reais e os recheia de frases de efeito – dessas de encher o peito de orgulho a qualquer britânico. Ao se debruçar nesses eventos, a trama insere diversos personagens (reais e fictícios); uma grande variedade de datas, nomes, costumes e locais que não são de comum familiaridade ao público não-britânico e pega tudo isso como pano de fundo a um drama familiar que serve como fio condutor para a ideia da fundação da sociedade. Assim, temos uma questão pai e filho enfadonha que segura o freio da evolução da trama com uma cortesia excessiva que muitas vezes não se justifica e, por outras, se contradiz.

Para corroborar a parte ficcional e exaltar seus protagonistas lordes, Matthew Vaughn constrói vilões abusadamente caricatos, ao ponto do espectador não os levar a sério. Apesar disso, a cena de luta entre Rasputin e os protagonistas é, de longe, o auge do filme, resgatando a verdadeira luta-balé que tanto fez sucesso na franquia. Depois disso, só a cena do bode, no final do longa, volta a trazer alguma reação no espectador.

Com muita história de pano de fundo e pouquíssimas cenas de ação, o novo ‘King’s Man: A Origem’ até cumpre seu papel de ser um prelúdio na história e contar como tudo começou, porém, não entretém. Por outro lado, abre uma nova vertente de possibilidades, de modo que a partir de agora será possível ter duas linhas temporais correndo ao mesmo tempo na franquia, com núcleos e personagens distintos que atuam em tempos diferentes do enredo, contribuindo, assim, como um bom acréscimo ao todo da franquia.

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