segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | La Casa de Papel: El Fenómeno – Documentário Esclarece Dúvidas e Presenteia os Fãs

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A essa altura você já deve ter terminado de maratonar a 4ª temporada de ‘La Casa de Papel’, né? E, se der mole, já até voltou em alguns capítulos para rever certas cenas – inacreditáveis – que aconteceram, tentando entender porquê aconteceu o que aconteceu e tentando encontrar teorias e easter eggs que sugiram o que pode acontecer numa possível 5ª temporada, né? Isso acontece porque embora novos personagens tenham entrado, o ritmo tenha mudado e algumas coisas tenham se perdido no caminho, no final das contas a gente se tornou fã dessa série – e é aí que reside o fenômeno de ‘La Casa de Papel.



O documentário de quase uma hora de duração traz exatamente esse sentimento: o de que mesmo que algumas (ou muitas) coisas tenham mudado, tudo isso só foi possível e só aconteceu de fato por causa dos milhões de fãs que surgiram da noite para o dia desde que a série – que estreou inicialmente no canal Antena 3 da tv aberta espanhola, em 2017, e atingiu um público de 4,5 milhões de espectadores – teve suas duas temporadas iniciais compradas pela Netflix. E foi aí que tudo mudou.

A produção deixa claro toda a influência que a Netflix teve nas decisões – desde o aumento exponencial no número de seguidores de cada um dos atores, o orçamento, o tamanho da ambição da produção e, acima de tudo, na confecção das novas 3ª e 4ª temporadas, não previstas no projeto inicial. Este é exatamente o ponto que muito fã reclama, dizendo (com um bocado de razão) que a história é outra, que a coisa se perdeu etc. Em ‘El Fenómeno’ fica evidente que as temporadas 3 e 4 existiram apenas por causa do estrondoso sucesso na plataforma de streaming, e que seus criadores buscaram saídas plausíveis que conseguissem justificar uma nova história.

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Rapidamente, ‘La Casa de Papel’ se tornou a série de maior audiência da história da Netflix, que não perdeu seu tempo e deu carta branca para que o criador Álex Piña fazer mais mágica acontecer. Só que tinha que ser rápido, e, como sabemos, a pressa é a inimiga da perfeição. Sem medo de ser julgado, os diretores abrem o jogo ao explicarem que os roteiros das novas temporadas foram sendo elaborados enquanto estavam sendo filmados (que perigo!). E o documentário até mostra uma construção de diálogo bem legal, jogando luz na forma como os roteiristas pesam as sensações de cada personagem, pensando as falas dentro do contexto do jeitão de cada um, sempre medindo as doses de humor – que é uma das marcas da série, mesmo nos momentos de tensão.

Além de trazer depoimentos de seu elenco principal (um pouco clichês, é verdade), uma das coisas mais legais de ‘El Fenômeno’ é ver o depoimento e os rostinhos da galera dos bastidores: roteiristas, diretores, diretor de fotografia, técnicos de som etc, entre eles Jesús Golmear, Álex Rodrigo, Koldo Sena. Para os estudantes de cinema, o documentário traz delineadinho todos os elementos que tornaram ‘La Casa de Papel’ o sucesso mundial que é.

Funcionando como um bônus especial de DVD de colecionador, o documentário ‘La Casa de Papel: El Fenómeno’ tem um gostinho nostálgico e provoca diversas emoções no espectador, tal como as primeiras temporadas da série. Funciona como um grande muito obrigado aos fãs da Netflix, que elevaram a série a um símbolo de resistência mundial e a fizeram entrar para a história.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O documentário de quase uma hora de duração traz exatamente esse sentimento: o de que mesmo que algumas (ou muitas) coisas tenham mudado, tudo isso só foi possível e só aconteceu de fato por causa dos milhões de fãs que surgiram da noite para o dia desde que a série – que estreou inicialmente no canal Antena 3 da tv aberta espanhola, em 2017, e atingiu um público de 4,5 milhões de espectadores – teve suas duas temporadas iniciais compradas pela Netflix. E foi aí que tudo mudou.

A produção deixa claro toda a influência que a Netflix teve nas decisões – desde o aumento exponencial no número de seguidores de cada um dos atores, o orçamento, o tamanho da ambição da produção e, acima de tudo, na confecção das novas 3ª e 4ª temporadas, não previstas no projeto inicial. Este é exatamente o ponto que muito fã reclama, dizendo (com um bocado de razão) que a história é outra, que a coisa se perdeu etc. Em ‘El Fenómeno’ fica evidente que as temporadas 3 e 4 existiram apenas por causa do estrondoso sucesso na plataforma de streaming, e que seus criadores buscaram saídas plausíveis que conseguissem justificar uma nova história.

Rapidamente, ‘La Casa de Papel’ se tornou a série de maior audiência da história da Netflix, que não perdeu seu tempo e deu carta branca para que o criador Álex Piña fazer mais mágica acontecer. Só que tinha que ser rápido, e, como sabemos, a pressa é a inimiga da perfeição. Sem medo de ser julgado, os diretores abrem o jogo ao explicarem que os roteiros das novas temporadas foram sendo elaborados enquanto estavam sendo filmados (que perigo!). E o documentário até mostra uma construção de diálogo bem legal, jogando luz na forma como os roteiristas pesam as sensações de cada personagem, pensando as falas dentro do contexto do jeitão de cada um, sempre medindo as doses de humor – que é uma das marcas da série, mesmo nos momentos de tensão.

Além de trazer depoimentos de seu elenco principal (um pouco clichês, é verdade), uma das coisas mais legais de ‘El Fenômeno’ é ver o depoimento e os rostinhos da galera dos bastidores: roteiristas, diretores, diretor de fotografia, técnicos de som etc, entre eles Jesús Golmear, Álex Rodrigo, Koldo Sena. Para os estudantes de cinema, o documentário traz delineadinho todos os elementos que tornaram ‘La Casa de Papel’ o sucesso mundial que é.

Funcionando como um bônus especial de DVD de colecionador, o documentário ‘La Casa de Papel: El Fenómeno’ tem um gostinho nostálgico e provoca diversas emoções no espectador, tal como as primeiras temporadas da série. Funciona como um grande muito obrigado aos fãs da Netflix, que elevaram a série a um símbolo de resistência mundial e a fizeram entrar para a história.

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