terça-feira , 17 dezembro , 2024

Crítica | Lar Doce Lar: 38ª Mostra de Cinema de SP

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CLÁSSICO DO CINEMA JAPONÊS

 

Uma coisa boa de Mostras de Cinema são as retrospectivas. Elas são ótimas chances de rever ou conhecer um autor clássico. Na Mostra de Cinema de São Paulo, além da retrospectiva principal – este ano, foi de Almodóvar – há as secundárias, com menor quantidade de filmes. Uma das mais bonitas foi a de Noboru Nakamura, diretor japonês contemporâneo dos clássicos Yasujiro Ozu e Kenji Mizoguchi, estes verdadeiras vacas sagradas do cinema oriental. Menos conhecido que seus colegas, esta retrospectiva foi a oportunidade de conhecermos sua obra.



Em Lar Doce Lar (Wagaya Ha Tanoshi), de 1951, a família Uemura vive modestamente em um minúsculo apartamento alugado. No começo, esta família vive feliz, apesar das dificuldades. Os pais estão empenhados em possibilitar que Tomoko vire pintora e Nobuko cante em um coral. Porém, logo eles recebem a notícia de que terão que deixar a casa, por dificuldades financeiras.

Os enquadramentos chamam atenção pela elegância e simplicidades. As personagens podem estar em pé ou sentar-se no tatame e a câmera não precisa alterar o enquadramento. Na temática, além de retratar o universo familiar, temos contato com o feminino, recorrente na obra do diretor. A relação entre Tomoko e sua mãe emociona, com destaque para quando Tomoko, já desistindo da pintura, é instigada pela mãe a pintá-la. A pose da mãe e o carinho com que a filha a pinta são de rara poesia.

Infelizmente, a cópia não estava restaurada, com imagem desgastada e som defeituoso, mas não me impediu de apreciar essa pequena joia do cinema japonês.

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Em Lar Doce Lar (Wagaya Ha Tanoshi), de 1951, a família Uemura vive modestamente em um minúsculo apartamento alugado. No começo, esta família vive feliz, apesar das dificuldades. Os pais estão empenhados em possibilitar que Tomoko vire pintora e Nobuko cante em um coral. Porém, logo eles recebem a notícia de que terão que deixar a casa, por dificuldades financeiras.

Os enquadramentos chamam atenção pela elegância e simplicidades. As personagens podem estar em pé ou sentar-se no tatame e a câmera não precisa alterar o enquadramento. Na temática, além de retratar o universo familiar, temos contato com o feminino, recorrente na obra do diretor. A relação entre Tomoko e sua mãe emociona, com destaque para quando Tomoko, já desistindo da pintura, é instigada pela mãe a pintá-la. A pose da mãe e o carinho com que a filha a pinta são de rara poesia.

Infelizmente, a cópia não estava restaurada, com imagem desgastada e som defeituoso, mas não me impediu de apreciar essa pequena joia do cinema japonês.

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