domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Legion 1ª Temporada – Uma aula técnica para showrunners

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Legion, criada por Noah Hawley (Fargo), conta a história de David Heller (Dan Stevens), um jovem diagnosticado com esquizofrenia que confronta a possibilidade de que as vozes e visões que possui sejam, na verdade, parte de seus poderes.

Ao ler a sinopse não é possível imaginar a quantidade de informações, perguntas e cliffhangers que a série irá trazer ao longo dos oito episódios da primeira temporada. Ao embarcar na história adaptada por Hawley, o público passa toda essa primeira etapa, juntamente a David, Syd Barrett (Rachel Keller), Dr. Melanie Bird (Jean Smart), Ptonomy Wallace (Jeremie Harris) e Cary (Bill Irwin) e Kerry Loudermilk (Amber Midthunder), a desvendar quem de fato é esse jovem conturbado.



A narrativa possui uma abordagem lenta, o que pode prejudicar na hora de prender o telespectador de frente para a TV. O defeito de Legion reside justamente no desenvolvimento do roteiro, afinal, quando se está no quarto episódio parece que ainda estamos no primeiro, numa espécie de introdução contínua sobre o que será abordado no decorrer da temporada. Um exemplo deste problema é a falta de desenvolvimento dos personagens secundários, pois somente na metade da série é quando um pouco do passado deles começa a ser desvelado.

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Entretanto, é possível afirmar sem medo que a criação de Noah Hawley está apta da nota máxima no quesito técnico. Um dos pontos mais marcantes está na condução da direção dos episódios que, por diversas vezes, transmite a sensação de estar dentro da cabeça do protagonista. Imagine se você pudesse enxergar o mundo a partir da perspectiva de um esquizofrênico? Agora imagine se esse esquizofrênico descobrisse que possui poderes e vivesse uma batalha para vencer forças do mal que habitam dentro de si? É assim que é possível ver, através da lente da câmera, o mundo de Heller.

Outro ponto positivo são as cores utilizadas, desde a iluminação das cenas até as roupas dos personagens. É quase impossível não ser conquistado pela beleza das mesmas. A trilha sonora também não deixa a desejar e consegue levar o telespectador a quase ter uma taquicardia, em momentos tensos, como a se sentir tão relaxado quanto a personagem de Keller em uma determinada cena do sexto episódio.

Os atores de Legion também merecem seu lugar na lista de itens que se sobressaem na série. Dan Stevens faz um trabalho incrível ao interpretar David, em momento algum o ator perde o público. Pelo contrário, este é estimulado a querer saber cada vez mais sobre quem é ele, como uma peça de quebra-cabeças que parece nunca terminar.

Aubrey Plaza, eternizada por seu papel como April Ludgate, em Parks and Recreation, mostra o quão versátil consegue ser ao interpretar Lenny Busker, a amiga/inimiga debochada que você mais respeita. Rachel Keller, Jean Smart, Bill Irwin, Amber Midthunder, Jeremie Harris, Jemaine Clement, Mackenzie Gray, Hamish Linklater, entre outros, também entregam excelentes atuações.

David, Lenny e Syd merecem a atenção do telespectador, assim como o show técnico de como fazer uma série de TV. Contudo, é preciso melhorar, a partir da segunda temporada, a narrativa, o desenvolvimento da história e dos personagens que não se encontram em destaque. Se Noah Hawley conseguir isso, a série pode facilmente se consagrar como uma das melhores da TV no momento.

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Legion, criada por Noah Hawley (Fargo), conta a história de David Heller (Dan Stevens), um jovem diagnosticado com esquizofrenia que confronta a possibilidade de que as vozes e visões que possui sejam, na verdade, parte de seus poderes.

Ao ler a sinopse não é possível imaginar a quantidade de informações, perguntas e cliffhangers que a série irá trazer ao longo dos oito episódios da primeira temporada. Ao embarcar na história adaptada por Hawley, o público passa toda essa primeira etapa, juntamente a David, Syd Barrett (Rachel Keller), Dr. Melanie Bird (Jean Smart), Ptonomy Wallace (Jeremie Harris) e Cary (Bill Irwin) e Kerry Loudermilk (Amber Midthunder), a desvendar quem de fato é esse jovem conturbado.

A narrativa possui uma abordagem lenta, o que pode prejudicar na hora de prender o telespectador de frente para a TV. O defeito de Legion reside justamente no desenvolvimento do roteiro, afinal, quando se está no quarto episódio parece que ainda estamos no primeiro, numa espécie de introdução contínua sobre o que será abordado no decorrer da temporada. Um exemplo deste problema é a falta de desenvolvimento dos personagens secundários, pois somente na metade da série é quando um pouco do passado deles começa a ser desvelado.

Entretanto, é possível afirmar sem medo que a criação de Noah Hawley está apta da nota máxima no quesito técnico. Um dos pontos mais marcantes está na condução da direção dos episódios que, por diversas vezes, transmite a sensação de estar dentro da cabeça do protagonista. Imagine se você pudesse enxergar o mundo a partir da perspectiva de um esquizofrênico? Agora imagine se esse esquizofrênico descobrisse que possui poderes e vivesse uma batalha para vencer forças do mal que habitam dentro de si? É assim que é possível ver, através da lente da câmera, o mundo de Heller.

Outro ponto positivo são as cores utilizadas, desde a iluminação das cenas até as roupas dos personagens. É quase impossível não ser conquistado pela beleza das mesmas. A trilha sonora também não deixa a desejar e consegue levar o telespectador a quase ter uma taquicardia, em momentos tensos, como a se sentir tão relaxado quanto a personagem de Keller em uma determinada cena do sexto episódio.

Os atores de Legion também merecem seu lugar na lista de itens que se sobressaem na série. Dan Stevens faz um trabalho incrível ao interpretar David, em momento algum o ator perde o público. Pelo contrário, este é estimulado a querer saber cada vez mais sobre quem é ele, como uma peça de quebra-cabeças que parece nunca terminar.

Aubrey Plaza, eternizada por seu papel como April Ludgate, em Parks and Recreation, mostra o quão versátil consegue ser ao interpretar Lenny Busker, a amiga/inimiga debochada que você mais respeita. Rachel Keller, Jean Smart, Bill Irwin, Amber Midthunder, Jeremie Harris, Jemaine Clement, Mackenzie Gray, Hamish Linklater, entre outros, também entregam excelentes atuações.

David, Lenny e Syd merecem a atenção do telespectador, assim como o show técnico de como fazer uma série de TV. Contudo, é preciso melhorar, a partir da segunda temporada, a narrativa, o desenvolvimento da história e dos personagens que não se encontram em destaque. Se Noah Hawley conseguir isso, a série pode facilmente se consagrar como uma das melhores da TV no momento.

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