domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Livre

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O auto respeito é a raiz da disciplina, a noção de dignidade cresce com a habilidade de dizer não a si mesmo. Após conseguir alguns Oscars no ano passado com o excelente Clube de Compras Dallas, o cineasta canadense Jean-Marc Vallée volta ao mundo do cinema para contar uma história real de dramas e superação. Livre, que estreia no Brasil na primeira parte de janeiro do ano que vem (2015), é uma espécie de “Na Natureza Selvagem” light, onde, por meio de flashbacks vamos conhecendo os traumas, as escolhas e os dramas da protagonista , interpretado de maneira competente pela ex-legalmente loira Reese Witherspoon.

Na trama, conhecemos Cheryl, uma mulher que se vê em uma fase da vida cheia de mágoas, decepções, e resolve percorrer quase 2.000 quilômetros de trilha, enfrentando calor, frio e os perigos de andar sozinha por lugares pouco frequentados. Ao longo dessa gigantesca caminhada, vamos entendendo melhor a vida dela por meio de flashbacks e memórias, principalmente, a intensa relação de carinho com sua mãe (interpretada de maneira fabulosa por Laura Dern) e seu ex-marido Paul (Thomas Sadoski).



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Se perguntando sempre se deve seguir em frente ou se deve cancelar a aventura, pensando em desistir a cada 2 minutos, Cheryl é apresentada ao público já no início da jornada de maneira nua e crua, comendo Gororoba com nozes, gororoba com atum e aprendendo na marra como se vive solitária em um lugar desconhecido. O roteiro, assinado pelo craque Nick Hornby (Alta Fidelidade), é baseado nas memórias da verdadeira Cheryl, na obra Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail. O grande mérito desse script é conseguir detalhar ao máximo todas as ações que levaram a personagem principal a fazer essa caminhada. O espectador percebe logo que a personagem exala carisma e vai nos mostrar uma poderosa história de vida.

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Os coadjuvantes, que preenchem o passado e o presente da incrível personagem, ajudam e muito a contar essa história. O grande destaque, sem dúvidas, é a figura da mãe na vida de Cheryl, interpretada pela atriz Laura Dern. Com uma atuação simplesmente fenomenal e uma forcinha do roteiro que volta e meia preenche a tela com informações da intensa relação entre as duas personagens, Dern contribui para que possamos sentir ao máximo toda a verdade que há na relação de uma mãe e uma filha. Pena que as grandes premiações só estão lembrando de Witherspoon e esquecendo da eterna musa de David Lynch.
Não deixem de conferir essa profunda história que fala sobre amor e a tentativa do renascimento de uma corajosa mulher.

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O auto respeito é a raiz da disciplina, a noção de dignidade cresce com a habilidade de dizer não a si mesmo. Após conseguir alguns Oscars no ano passado com o excelente Clube de Compras Dallas, o cineasta canadense Jean-Marc Vallée volta ao mundo do cinema para contar uma história real de dramas e superação. Livre, que estreia no Brasil na primeira parte de janeiro do ano que vem (2015), é uma espécie de “Na Natureza Selvagem” light, onde, por meio de flashbacks vamos conhecendo os traumas, as escolhas e os dramas da protagonista , interpretado de maneira competente pela ex-legalmente loira Reese Witherspoon.

Na trama, conhecemos Cheryl, uma mulher que se vê em uma fase da vida cheia de mágoas, decepções, e resolve percorrer quase 2.000 quilômetros de trilha, enfrentando calor, frio e os perigos de andar sozinha por lugares pouco frequentados. Ao longo dessa gigantesca caminhada, vamos entendendo melhor a vida dela por meio de flashbacks e memórias, principalmente, a intensa relação de carinho com sua mãe (interpretada de maneira fabulosa por Laura Dern) e seu ex-marido Paul (Thomas Sadoski).

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Se perguntando sempre se deve seguir em frente ou se deve cancelar a aventura, pensando em desistir a cada 2 minutos, Cheryl é apresentada ao público já no início da jornada de maneira nua e crua, comendo Gororoba com nozes, gororoba com atum e aprendendo na marra como se vive solitária em um lugar desconhecido. O roteiro, assinado pelo craque Nick Hornby (Alta Fidelidade), é baseado nas memórias da verdadeira Cheryl, na obra Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail. O grande mérito desse script é conseguir detalhar ao máximo todas as ações que levaram a personagem principal a fazer essa caminhada. O espectador percebe logo que a personagem exala carisma e vai nos mostrar uma poderosa história de vida.

Os coadjuvantes, que preenchem o passado e o presente da incrível personagem, ajudam e muito a contar essa história. O grande destaque, sem dúvidas, é a figura da mãe na vida de Cheryl, interpretada pela atriz Laura Dern. Com uma atuação simplesmente fenomenal e uma forcinha do roteiro que volta e meia preenche a tela com informações da intensa relação entre as duas personagens, Dern contribui para que possamos sentir ao máximo toda a verdade que há na relação de uma mãe e uma filha. Pena que as grandes premiações só estão lembrando de Witherspoon e esquecendo da eterna musa de David Lynch.
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