sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | Longe Deste Insensato Mundo

O coração da mulher, como muitos instrumentos depende de quem o toca. Um dos criadores do famoso movimento cinematográfico dinamarquês Dogma 95, Thomas Vinterberg, volta às telonas dessa vez em uma história de época, baseada na obra de Thomas Hardy. Longe Deste Insensato Mundo é uma acanhada trama sobre uma mulher e suas fortes decisões tanto para sobreviver, quanto para o amor. No roteiro adaptado assinado por David Nicholls (Um Dia) há um contexto amplo na parte introdutória que deixa a trama um pouco difícil de se tornar atraente por mais que a protagonista, interpretada pela sempre ótima Carey Mulligan, tenha muitas qualidades ao longo das quase duas horas de projeção.

Em uma época onde não existia o Tinder, conhecemos a indecisa e corajosa Bathsheba Everdene (Carey Mulligan), uma jovem que após o destino a premiar com a herança total de um tio bem de vida, se vê em dúvida entre o amor, a paixão, o desejo, e suas convicções, por três homens completamente distintos. Ao longo das semanas, vários acontecimentos vão se moldando a partir das escolhas, muitas delas equivocadas, da personagem principal. Às vezes profunda, as vezes rasa, a história é premiada apenas pela força da protagonista.

A trama, que já teve um projeto anterior em 1967, com Julie Christie no papel principal, vai se moldando de forma lenta, sempre guiado por uma forte e preponderante trilha sonora, assinada pelo escocês Craig Armstrong (O Grande Gatsby). Carey Mulligan interpreta uma mulher a frente de seu tempo que luta diariamente pela liberdade de suas ações. Mais uma interpretação poderosa dessa baita atriz britânica. Uma das cenas mais bonitas do filme, Milligan usa e abusa de sua habilidade no canto, exatamente como fez em Shame.



Longe Deste Insensato Mundo é o tipo de filme que a crítica gosta mas o espectador nem tanto. Quem curte filmes de época, esse pode ser um prato cheio com tudo que tem direito, além da belíssima fotografia, direção de arte e figurino.  Mas infelizmente fica bem abaixo de um filme que o grande Vinterberg pode realizar.

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Em uma época onde não existia o Tinder, conhecemos a indecisa e corajosa Bathsheba Everdene (Carey Mulligan), uma jovem que após o destino a premiar com a herança total de um tio bem de vida, se vê em dúvida entre o amor, a paixão, o desejo, e suas convicções, por três homens completamente distintos. Ao longo das semanas, vários acontecimentos vão se moldando a partir das escolhas, muitas delas equivocadas, da personagem principal. Às vezes profunda, as vezes rasa, a história é premiada apenas pela força da protagonista.

A trama, que já teve um projeto anterior em 1967, com Julie Christie no papel principal, vai se moldando de forma lenta, sempre guiado por uma forte e preponderante trilha sonora, assinada pelo escocês Craig Armstrong (O Grande Gatsby). Carey Mulligan interpreta uma mulher a frente de seu tempo que luta diariamente pela liberdade de suas ações. Mais uma interpretação poderosa dessa baita atriz britânica. Uma das cenas mais bonitas do filme, Milligan usa e abusa de sua habilidade no canto, exatamente como fez em Shame.

Longe Deste Insensato Mundo é o tipo de filme que a crítica gosta mas o espectador nem tanto. Quem curte filmes de época, esse pode ser um prato cheio com tudo que tem direito, além da belíssima fotografia, direção de arte e figurino.  Mas infelizmente fica bem abaixo de um filme que o grande Vinterberg pode realizar.

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