sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | ‘Los de Abajo’ – Os contextos de um flerte sem volta com o sacrifício [Bonito CineSur]

Um caminho sem volta pelos direitos da terra. Exibido na última edição do Festival do Rio de Cinema e selecionado para a mostra competitiva cine ambiental do Bonito CineSur 2024, Los de Abajo busca em seu discurso reflexões dentro do conflituosos contexto de uma região através do olhar de um homem, um pai de família, no limite pela sobrevivência. Escrito e dirigido pelo cineasta Alejandro Quiroga, o projeto mostra os passos da renúncia da felicidade, o caos emocional constante dentro de uma situação que sufoca, e um flerte sem volta com o sacrifício.

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Na trama, ambientada no bairro de Rosillas, na Bolívia, conhecemos a dura história de Gregório (Fernando Arze Echalar), um homem que se vê perdido em dilemas, problemas com bebida, abraçado a uma amargura constante, desesperado, desde que busca com toda sua força o reestabelecimento do açude de sua família que caíram nas mãos da elite local. Abandonado por todos que pede ajuda, e na sabendo como lidar com os que estão ao seu redor, ruma em passos largos ao precipício de uma ideia sem volta.



Esse é um projeto rico em reflexões por mais que a narrativa não consiga alcançar um clímax propriamente dito, fato esse que nos leva direto até as representações dos sentimentos sem muito respiro. As desilusões após inúmeras tentativas de ajuda vão minando até mesmo a sanidade do protagonista dentro de uma construção já reforçada pelo todo, que vai desde a injustiça social até as causas ligados pela ganância e egoísmo de quem tem poder sobre tudo. Esse complexo de Deus, aqui representado pela figura do implacável fazendeiro que usa e abusa da corrupção, através de seu poder econômico, impedem Gregório de alcançar novas maneiras de enxergar o mundo. Essa parte e todo seu desenrolar é um dos méritos do roteiro.

Ainda dentro desse emaranhado, o roteiro desse filme boliviano, se projeta pra construir uma barreira nos sentimentos, afastando o personagem principal de qualquer lapso de felicidade. A construção para isso é feito de maneira distante, prefere-se as entrelinhas, um ponto que o espectador precisa de atenção aos detalhes principalmente ao de uma fotografia que conversa bastante com o discurso.

Los de Abajo não é uma jornada feliz, longe disso. Instiga o espectador a todo instante. Sem pretensões, alcança o refletir com o esforço de uma solidão dolorosa que é jogada, através de seus sofridos personagens, na tela.

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Na trama, ambientada no bairro de Rosillas, na Bolívia, conhecemos a dura história de Gregório (Fernando Arze Echalar), um homem que se vê perdido em dilemas, problemas com bebida, abraçado a uma amargura constante, desesperado, desde que busca com toda sua força o reestabelecimento do açude de sua família que caíram nas mãos da elite local. Abandonado por todos que pede ajuda, e na sabendo como lidar com os que estão ao seu redor, ruma em passos largos ao precipício de uma ideia sem volta.

Esse é um projeto rico em reflexões por mais que a narrativa não consiga alcançar um clímax propriamente dito, fato esse que nos leva direto até as representações dos sentimentos sem muito respiro. As desilusões após inúmeras tentativas de ajuda vão minando até mesmo a sanidade do protagonista dentro de uma construção já reforçada pelo todo, que vai desde a injustiça social até as causas ligados pela ganância e egoísmo de quem tem poder sobre tudo. Esse complexo de Deus, aqui representado pela figura do implacável fazendeiro que usa e abusa da corrupção, através de seu poder econômico, impedem Gregório de alcançar novas maneiras de enxergar o mundo. Essa parte e todo seu desenrolar é um dos méritos do roteiro.

Ainda dentro desse emaranhado, o roteiro desse filme boliviano, se projeta pra construir uma barreira nos sentimentos, afastando o personagem principal de qualquer lapso de felicidade. A construção para isso é feito de maneira distante, prefere-se as entrelinhas, um ponto que o espectador precisa de atenção aos detalhes principalmente ao de uma fotografia que conversa bastante com o discurso.

Los de Abajo não é uma jornada feliz, longe disso. Instiga o espectador a todo instante. Sem pretensões, alcança o refletir com o esforço de uma solidão dolorosa que é jogada, através de seus sofridos personagens, na tela.

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