domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Lutando por um Sonho – Quando sobreviver também é recomeçar

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Milhares de guerras civis tomaram e tomam conta da vida de milhões de pessoas em diversas regiões do mundo. Quem consegue escapar das barbaridades muitas vezes lutam contra o preconceito no seu recomeçar, principalmente se for em uma pátria que não é a sua de origem. Dirigido pelo cineasta francês Alex Ranarivelo, ‘Lutando por um Sonho’ mostra as dificuldades de um jovem iraniano, que consegue, em uma fuga quase que espetacular, fugir do conflito que acontece na região onde mora, deixando para trás pai e mãe para buscar viver sua vida em um Estados Unidos repleto de preconceitos, usando o esporte como ferramenta de conscientização social.

Na trama, conhecemos o jovem iraniano Ali Jahani (George Kosturos) que consegue se mudar de um Irã aterrorizado por crueldade de uma guerra sem fim para um Estados Unidos na década de 80 onde alguns imigrantes sofrem preconceito de muitos. Sem amigos e em um lugar totalmente novo, busca no esporte uma maneira de interagir. Acaba descobrindo um grande potencial para a Luta Olímpica/ Luta Greco Romana (o também chamado nos Estados Unidos de Wrestler) e assim, dia após dia, e lutando contra diversos obstáculos, busca encontrar seu espaço nessa nova terra.



Ali, é um guerreiro dentro e fora dos tatames. Sua maturidade chega de fora abrupta, pois viveu os terrores de uma guerra bem de perto, tendo que se esconder em um caminhão para poder fugir do lugar onde nasceu. Para piorar sua situação, o Irã estava no centro das notícias naquela época. A problemática dos reféns americanos no Irã causou uma crise diplomática entre o Irã e os Estados Unidos (cerca de 52 norte-americanos foram mantidos reféns por mais de um ano após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerã, em apoio à Revolução Iraniana). Parte da população norte americana, protestava pelas ruas pedindo deportação para todos os iranianos.

Mesmo tendo diversos clichês em seu preenchimento como filme, a paixonite de escola, o ar épico para ações do dia a dia, ‘Lutando por um Sonho, história baseada em fatos reais, fala muito sobre o papel do professor em meio a uma sociedade de consumo que só presta a atenção nos que são excepcionais em suas áreas. William Fichtner e Jon Voight interpretam acadêmicos que de alguma forma busca a integração de Ali. O filme ainda tem uma brecha, mesmo que um pouco na superfície, para a relação de Ali com sua cultura, chegando na forma do tio Hafez Tabad (Ali Afshar) que o hospeda em sua casa nos Estados Unidos e depois acaba o ajudando nas técnicas de Wrestler.

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Lutando por um Sonho’ (‘American Wrestler: The Wizard’) acaba tendo paralelos com os dias de hoje, onde o mundo luta contra o preconceito cada vez mais forte. O esporte sempre foi e sempre será uma grande ferramenta de descoberta, integração, e histórias como essa são importantes para entendermos melhor não só as pessoas, mas toda uma sociedade onde vivemos.

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Crítica | Lutando por um Sonho – Quando sobreviver também é recomeçar

Milhares de guerras civis tomaram e tomam conta da vida de milhões de pessoas em diversas regiões do mundo. Quem consegue escapar das barbaridades muitas vezes lutam contra o preconceito no seu recomeçar, principalmente se for em uma pátria que não é a sua de origem. Dirigido pelo cineasta francês Alex Ranarivelo, ‘Lutando por um Sonho’ mostra as dificuldades de um jovem iraniano, que consegue, em uma fuga quase que espetacular, fugir do conflito que acontece na região onde mora, deixando para trás pai e mãe para buscar viver sua vida em um Estados Unidos repleto de preconceitos, usando o esporte como ferramenta de conscientização social.

Na trama, conhecemos o jovem iraniano Ali Jahani (George Kosturos) que consegue se mudar de um Irã aterrorizado por crueldade de uma guerra sem fim para um Estados Unidos na década de 80 onde alguns imigrantes sofrem preconceito de muitos. Sem amigos e em um lugar totalmente novo, busca no esporte uma maneira de interagir. Acaba descobrindo um grande potencial para a Luta Olímpica/ Luta Greco Romana (o também chamado nos Estados Unidos de Wrestler) e assim, dia após dia, e lutando contra diversos obstáculos, busca encontrar seu espaço nessa nova terra.

Ali, é um guerreiro dentro e fora dos tatames. Sua maturidade chega de fora abrupta, pois viveu os terrores de uma guerra bem de perto, tendo que se esconder em um caminhão para poder fugir do lugar onde nasceu. Para piorar sua situação, o Irã estava no centro das notícias naquela época. A problemática dos reféns americanos no Irã causou uma crise diplomática entre o Irã e os Estados Unidos (cerca de 52 norte-americanos foram mantidos reféns por mais de um ano após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerã, em apoio à Revolução Iraniana). Parte da população norte americana, protestava pelas ruas pedindo deportação para todos os iranianos.

Mesmo tendo diversos clichês em seu preenchimento como filme, a paixonite de escola, o ar épico para ações do dia a dia, ‘Lutando por um Sonho, história baseada em fatos reais, fala muito sobre o papel do professor em meio a uma sociedade de consumo que só presta a atenção nos que são excepcionais em suas áreas. William Fichtner e Jon Voight interpretam acadêmicos que de alguma forma busca a integração de Ali. O filme ainda tem uma brecha, mesmo que um pouco na superfície, para a relação de Ali com sua cultura, chegando na forma do tio Hafez Tabad (Ali Afshar) que o hospeda em sua casa nos Estados Unidos e depois acaba o ajudando nas técnicas de Wrestler.

Lutando por um Sonho’ (‘American Wrestler: The Wizard’) acaba tendo paralelos com os dias de hoje, onde o mundo luta contra o preconceito cada vez mais forte. O esporte sempre foi e sempre será uma grande ferramenta de descoberta, integração, e histórias como essa são importantes para entendermos melhor não só as pessoas, mas toda uma sociedade onde vivemos.

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