quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | ‘Malu’ – As dores da existência guiadas pelo furacão de emoções Yara de Novaes

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Explorando uma história sobre as dores da existência, do não saber lidar com as relações próximas, Malu foi um dos filmes selecionados para a competição de longas-metragens da Première Brasil no Festival do Rio 2024 – e venceu o prêmio de Melhor Longa de Ficção. Escrito e dirigido pelo cineasta Pedro Freire, que apresenta em sua estreia na direção memórias sobre a própria mãe, ao longo dos 103 minutos de projeção somos testemunhas de conflitos intensos, que vão de um extremo ao outro, do afeto até a indiferença, entre gerações de mães e filhas tendo como ponto de interseção a personagem título.

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Na trama, ambientada nos anos 1990, conhecemos Malu (Yara de Novaes), uma atriz desbocada com dias de sucesso no passado, que após se separar muda-se para uma casa em construção que comprou com o marido tempos atrás. Morando com a mãe conservadora (Juliana Carneiro da Cunha) e com a visita da filha (Carol Duarte) iniciando a fase adulta, uma série de conflitos se estabelecem e que logo rumam para a descoberta de uma cruel doença.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Tendo como único cenário uma casa em construção, que logo vira o reflexo de relações conturbadas que se estabelecem a partir da figura central, o filme busca no embate seu alicerce para preencher essa ciranda de atritos potencializado pelo tripê: conservadorismo, orgulho e imaturidade, representado pela mais forte característica de cada uma das personagens. A questão é que o discurso da revolução de um viver se perde com uma narrativa que apresenta os desafios do resolver os conflitos com as ações sendo mais fortes que os significados. Talvez seja mais marcante para quem já conhece essa história, ou conheceu Malu.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Ao longo de três meses de gravações – com o mesmo tempo anterior de ensaios – um fato que fica em evidência é a proximidade do diretor com a história. Fato que pode ser um trunfo ou mesmo um calcanhar de aquiles. Entre memórias emotivas, desabafos, e lapidado pelo orgulho como característica mais forte da personalidade explosiva de uma protagonista brilhantemente interpretada pelo furacão de emoções Yara de Novaes, o projeto se consolida como uma carta aberta do diretor para si mesmo sobre a mãe diagnosticada com uma doença neurodegenerativa.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Exibido em festivais que alcançaram cinco continentes, incluindo uma passagem pelo Festival de Sundance, Malu não deixa de ser um filme corajoso de Pedro Freire. Abrir as portas de uma história que o diretor conhece como poucos e deixar o público receber as mensagens íntimas que propõe deve ter sido uma jornada repleta de emoções. O ponto é se o público vai conseguir se conectar com tudo que queria ser transmitido.

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Explorando uma história sobre as dores da existência, do não saber lidar com as relações próximas, Malu foi um dos filmes selecionados para a competição de longas-metragens da Première Brasil no Festival do Rio 2024 – e venceu o prêmio de Melhor Longa de Ficção. Escrito e dirigido pelo cineasta Pedro Freire, que apresenta em sua estreia na direção memórias sobre a própria mãe, ao longo dos 103 minutos de projeção somos testemunhas de conflitos intensos, que vão de um extremo ao outro, do afeto até a indiferença, entre gerações de mães e filhas tendo como ponto de interseção a personagem título.

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Na trama, ambientada nos anos 1990, conhecemos Malu (Yara de Novaes), uma atriz desbocada com dias de sucesso no passado, que após se separar muda-se para uma casa em construção que comprou com o marido tempos atrás. Morando com a mãe conservadora (Juliana Carneiro da Cunha) e com a visita da filha (Carol Duarte) iniciando a fase adulta, uma série de conflitos se estabelecem e que logo rumam para a descoberta de uma cruel doença.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Tendo como único cenário uma casa em construção, que logo vira o reflexo de relações conturbadas que se estabelecem a partir da figura central, o filme busca no embate seu alicerce para preencher essa ciranda de atritos potencializado pelo tripê: conservadorismo, orgulho e imaturidade, representado pela mais forte característica de cada uma das personagens. A questão é que o discurso da revolução de um viver se perde com uma narrativa que apresenta os desafios do resolver os conflitos com as ações sendo mais fortes que os significados. Talvez seja mais marcante para quem já conhece essa história, ou conheceu Malu.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Ao longo de três meses de gravações – com o mesmo tempo anterior de ensaios – um fato que fica em evidência é a proximidade do diretor com a história. Fato que pode ser um trunfo ou mesmo um calcanhar de aquiles. Entre memórias emotivas, desabafos, e lapidado pelo orgulho como característica mais forte da personalidade explosiva de uma protagonista brilhantemente interpretada pelo furacão de emoções Yara de Novaes, o projeto se consolida como uma carta aberta do diretor para si mesmo sobre a mãe diagnosticada com uma doença neurodegenerativa.

Cena do filme Malu, de Pedro Freire
Cena do filme Malu, de Pedro Freire

Exibido em festivais que alcançaram cinco continentes, incluindo uma passagem pelo Festival de Sundance, Malu não deixa de ser um filme corajoso de Pedro Freire. Abrir as portas de uma história que o diretor conhece como poucos e deixar o público receber as mensagens íntimas que propõe deve ter sido uma jornada repleta de emoções. O ponto é se o público vai conseguir se conectar com tudo que queria ser transmitido.

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