domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Marinheiro de Guerra – O indicado da Noruega ao Oscar 2023 estreia na Netflix

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Um lugar onde ninguém queria estar. Em mais uma produção que traz recortes sobre o caos do maior dos conflitos da humanidade, o projeto norueguês Marinheiro de Guerra mostra a visão de participantes involuntários da Segunda Guerra Mundial, homens e mulheres que foram obrigados a estarem no conflito quando navios mercantes ficaram sob o comando da coroa norueguesa, servindo aos aliados nas frentes de batalhas. Escrito pelo norueguês Gunnar VikeneMarinheiro de Guerra também abre espaço para a visão em terra das famílias e tudo que precisaram passar, com muita dificuldade, sem dinheiro e sem notícias dos parentes. Esse projeto marca mais uma página nos horrores da grande guerra.

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Lá fora lançado como filme de quase três horas, aqui no Brasil virou uma minissérie com três capítulos, inclusive foi o indicado da Noruega ao último OscarMarinheiro de Guerra segue a trajetória de Alfred (Kristoffer Joner) um homem trabalhador que mora com a esposa e os três filhos na cidade de Bergen, na Noruega. Com dificuldades de conseguir emprego em terra, e contando com a ajuda do melhor amigo Sigbjørn (Pål Sverre Hagen), resolve embarcar em um navio mercante, onde fica responsável pela cozinha, mesmo com receio de ir para o mar pois o conflito da Segunda Guerra Mundial já está em pleno vapor por mais que seu país, até aquele momento, não estivesse em guerra. Só que, alguns meses após seu embarque, quando Alfred e seus novos amigos estão no meio do oceano atlântico, a Alemanha invade a Noruega. Nesse cenário, eles são obrigados a estarem em embarcações que vão para frentes de batalhas e presenciam mais fortemente dias nebulosos além de viverem traumas inesquecíveis. Em terra, a esposa de Alfred, sem notícias dele, busca seguir em frente.

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A coragem de fugir do medo. A contextualização de uma época de conflitos intensos na Europa é muito bem feita em todos os três episódios. Mesmo sem explicar a fundo o porquê da invasão alemã ao território norueguês (que foi pelo minério de ferro, fato explicado bem melhor em outra produção da Netflix, Narvik) seguimos a história pela visão desses participantes involuntários. Vemos diversos dilemas que vão desde salvar ou não um alguém no meio de um conflito, os pensamentos de deserção e suas consequências, a agonia de estarem expostos e sem treinamento militar o que os torna um alvo certo dos perigosos submarinos alemães, a saudade da família. Passando por Liverpool, Malta, Nova Iorque, Canadá, e a cada novo porto que conseguiam chegar, o protagonista e seus companheiros  refletem sobre o que fazer e se voltariam para seus lares como as mesmas pessoas de quando embarcaram, drama que milhares de pessoas passaram nessa época de caos e desespero.

O projeto abre um espaço também para a visão da guerra por quem ficou em Terra, aqui na visão da família de Alfred. Sua esposa Cecilia (Ine Marie Wilmann) cuida dos três filhos, já com a Alemanha em território Norueguês, sofre com as incertezas, o aluguel atrasado e terrores de bombardeios constantes ainda na cidade natal deles, Bergen. Com o tempo que passa, essa parte da família de Alfred ganha novos holofotes quando Sigbjørn involuntariamente se torna um vértice de um improvável triângulo amoroso. Nesse surpreendente ponto, o projeto encosta em um forte dilema, visto em alguns filmes, como no longa-metragem Brothers da cineasta dinamarquesa Susanne Bier.

Marinheiro de Guerra está no catálogo da Netflix, se você curte recortes sobre a Segunda Guerra Mundial, esse projeto tem muito a oferecer ao seu refletir.

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Lá fora lançado como filme de quase três horas, aqui no Brasil virou uma minissérie com três capítulos, inclusive foi o indicado da Noruega ao último OscarMarinheiro de Guerra segue a trajetória de Alfred (Kristoffer Joner) um homem trabalhador que mora com a esposa e os três filhos na cidade de Bergen, na Noruega. Com dificuldades de conseguir emprego em terra, e contando com a ajuda do melhor amigo Sigbjørn (Pål Sverre Hagen), resolve embarcar em um navio mercante, onde fica responsável pela cozinha, mesmo com receio de ir para o mar pois o conflito da Segunda Guerra Mundial já está em pleno vapor por mais que seu país, até aquele momento, não estivesse em guerra. Só que, alguns meses após seu embarque, quando Alfred e seus novos amigos estão no meio do oceano atlântico, a Alemanha invade a Noruega. Nesse cenário, eles são obrigados a estarem em embarcações que vão para frentes de batalhas e presenciam mais fortemente dias nebulosos além de viverem traumas inesquecíveis. Em terra, a esposa de Alfred, sem notícias dele, busca seguir em frente.

A coragem de fugir do medo. A contextualização de uma época de conflitos intensos na Europa é muito bem feita em todos os três episódios. Mesmo sem explicar a fundo o porquê da invasão alemã ao território norueguês (que foi pelo minério de ferro, fato explicado bem melhor em outra produção da Netflix, Narvik) seguimos a história pela visão desses participantes involuntários. Vemos diversos dilemas que vão desde salvar ou não um alguém no meio de um conflito, os pensamentos de deserção e suas consequências, a agonia de estarem expostos e sem treinamento militar o que os torna um alvo certo dos perigosos submarinos alemães, a saudade da família. Passando por Liverpool, Malta, Nova Iorque, Canadá, e a cada novo porto que conseguiam chegar, o protagonista e seus companheiros  refletem sobre o que fazer e se voltariam para seus lares como as mesmas pessoas de quando embarcaram, drama que milhares de pessoas passaram nessa época de caos e desespero.

O projeto abre um espaço também para a visão da guerra por quem ficou em Terra, aqui na visão da família de Alfred. Sua esposa Cecilia (Ine Marie Wilmann) cuida dos três filhos, já com a Alemanha em território Norueguês, sofre com as incertezas, o aluguel atrasado e terrores de bombardeios constantes ainda na cidade natal deles, Bergen. Com o tempo que passa, essa parte da família de Alfred ganha novos holofotes quando Sigbjørn involuntariamente se torna um vértice de um improvável triângulo amoroso. Nesse surpreendente ponto, o projeto encosta em um forte dilema, visto em alguns filmes, como no longa-metragem Brothers da cineasta dinamarquesa Susanne Bier.

Marinheiro de Guerra está no catálogo da Netflix, se você curte recortes sobre a Segunda Guerra Mundial, esse projeto tem muito a oferecer ao seu refletir.

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