segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | Mary Shelley – A solidão e as emoções do homem/criatura

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Cinco anos após seu último filme – e que belo filme – O Sonho de Wadjda, a cineasta Haifaa Al-Mansour, a primeira saudita a filmar em Hollywood, volta as telonas agora com o desafio de recriar o contexto histórico e um importante período da vida de uma das grandes escritora britânica da história, a criada do clássico Frankenstein, Mary Shelley

O longa é um retrato histórico de um tempo distante, onde assistimos, cena pós cena, a trajetória de uma mulher à frente de seu tempo. No papel principal, a jovem Elle Fanning consegue absorver e transmitir toda delicadeza e certezas da protagonista.



Na trama, conhecemos a jovem Mary Wollstonecraft Godwin (Elle Fanning), filha do reconhecido William Godwin (Stephen Dillane), que vive nos tempos passados, em uma sociedade conservadora, o que mexe muito com a personalidade de Mary, bastante evoluída para sua época. Sua vida entra em constante mudança quando conhece o também jovem poeta Percy Shelley (Douglas Booth) por quem se apaixona instantaneamente, e por isso acaba sendo expulsa de casa pelo pai e vai viver esse intenso amor. Durante o início dos anos com Percy, Mary vive situações que nunca vivera, além de conhecer personagens que influenciarão sua grande futura obra prima, Frankenstein.

Uma das histórias mais adaptadas para o cinema, Frankenstein é um conto de agonia e solidão. Exatamente o reflexo do período que conhecemos Mary Shelley. Um dos méritos do filme é encontrar um ponto de empatia entre toda a tristeza e incertezas que vive a protagonista com o contexto histórico que somos testemunhas. Completamente atemporal, infelizmente, os absurdos do preconceito e mandamentos machistas levam a jovem personagem a buscar sua própria identidade sofrimento pós sofrimento. O homem que escolheu para amar, Percy, por mais que tenha carinho por ela, quer ser livre, viver em uma boêmia diária enquanto as dívidas se acumulam. Sua ‘irmã’ e sua ambiguidade de carência, por vezes parece estar em um relacionamento com seu marido, pois os três não se desgrudam.

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Todas essas variáveis, fora outros personagens que aparecem na vida de Mary, influenciam a escritora a explorar as emoções, escrevendo com bastante detalhe e sem medo sobre a solidão e os monstros que enfrenta. Seus medos viram personagens, sua defesa são suas palavras. Elle Fanning interpreta com muita delicadeza mas sem deixar de transparecer a coragem, marca maior dessa mulher bem a frente do seu tempo.

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Cinco anos após seu último filme – e que belo filme – O Sonho de Wadjda, a cineasta Haifaa Al-Mansour, a primeira saudita a filmar em Hollywood, volta as telonas agora com o desafio de recriar o contexto histórico e um importante período da vida de uma das grandes escritora britânica da história, a criada do clássico Frankenstein, Mary Shelley

O longa é um retrato histórico de um tempo distante, onde assistimos, cena pós cena, a trajetória de uma mulher à frente de seu tempo. No papel principal, a jovem Elle Fanning consegue absorver e transmitir toda delicadeza e certezas da protagonista.

Na trama, conhecemos a jovem Mary Wollstonecraft Godwin (Elle Fanning), filha do reconhecido William Godwin (Stephen Dillane), que vive nos tempos passados, em uma sociedade conservadora, o que mexe muito com a personalidade de Mary, bastante evoluída para sua época. Sua vida entra em constante mudança quando conhece o também jovem poeta Percy Shelley (Douglas Booth) por quem se apaixona instantaneamente, e por isso acaba sendo expulsa de casa pelo pai e vai viver esse intenso amor. Durante o início dos anos com Percy, Mary vive situações que nunca vivera, além de conhecer personagens que influenciarão sua grande futura obra prima, Frankenstein.

Uma das histórias mais adaptadas para o cinema, Frankenstein é um conto de agonia e solidão. Exatamente o reflexo do período que conhecemos Mary Shelley. Um dos méritos do filme é encontrar um ponto de empatia entre toda a tristeza e incertezas que vive a protagonista com o contexto histórico que somos testemunhas. Completamente atemporal, infelizmente, os absurdos do preconceito e mandamentos machistas levam a jovem personagem a buscar sua própria identidade sofrimento pós sofrimento. O homem que escolheu para amar, Percy, por mais que tenha carinho por ela, quer ser livre, viver em uma boêmia diária enquanto as dívidas se acumulam. Sua ‘irmã’ e sua ambiguidade de carência, por vezes parece estar em um relacionamento com seu marido, pois os três não se desgrudam.

Todas essas variáveis, fora outros personagens que aparecem na vida de Mary, influenciam a escritora a explorar as emoções, escrevendo com bastante detalhe e sem medo sobre a solidão e os monstros que enfrenta. Seus medos viram personagens, sua defesa são suas palavras. Elle Fanning interpreta com muita delicadeza mas sem deixar de transparecer a coragem, marca maior dessa mulher bem a frente do seu tempo.

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