quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | ‘MEGAN’ é divertido e perspicaz, mas pode decepcionar quem espera um filme de terror…

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Eu sempre achei bonecos sinistros. Quem cresceu nos anos 80 provavelmente se lembra da lenda da boneca da Xuxa, que supostamente teria sido possuída durante a noite e crescido garras em seus dedos que causaram a morte de uma garotinha em Sorocaba, interior de São Paulo. Por que espalhavam essa “história”, eu não sei. Mas lembro de ter ouvido dezenas de vezes sempre que eu pedia um brinquedo novo. Talvez um truque dos pais para sossegar os pedidos incessantes dos filhos?

Mesmo com aversão de bonecos, eu amo assistir filmes de terror sobre eles. De ‘Chucky‘ a ‘Annabelle‘, eu assisti todas as produções do subgênero. Agora chega aos cinemas a mais nova boneca vilã do pedaço, criada com inteligência artificial: a ‘M3GAN‘.



O calibre do projeto não poderia ser mais pomposo: a história foi gerada na cabecinha doentia e genial de James Wan, o criador de ‘Invocação do Mal‘ e ‘Jogos Mortais‘,  e produzida por Jason Blum – o mestre da quase sempre ótima Blumhouse.

O filme é divertidíssimo. Quem espera assistir um terror com cenas gore pode se decepcionar. ‘M3GAN‘ é um “terrir” estilão sessão da tarde, que acerta em cheio ao aprofundar o dilema das protagonistas antes de deixar a bonequinha em pane brilhar… ou melhor, matar.

A trama acompanha Gemma (Allison Williams), uma brilhante roboticista de uma empresa de brinquedos que usa inteligência artificial para desenvolver uma boneca realista programada para ser a maior companheira de uma criança e a maior aliada dos pais. Quando Cady (Violet McGraw), sua sobrinha órfã, vai morar com ela, Gemma pega um protótipo da boneca para testar e as consequências são aterrorizantes.

Obviamente não demora muito pra boneca virar uma Skynet e se rebelar contra Gemma e a humanidade, matando todo muito que representa uma possível ameaça para Cady. E Megan pode ser bem vingativa e irônica também…

Ao invés de investir no terror, o roteirista Akela Cooper dosa bem cenas de suspense, com drama e humor. E o resultado é surpreendentemente ótimo. As mortes são bem criativa, mas o filme se preocupa mais em desenvolver os personagens e criar uma conexão da audiência com eles, o que faz com que a plateia se importe.

Allison Williams, de ‘Corra!‘, está muito bem como a cientista por trás da criação da boneca. E a boneca, por sinal, é extremamente bem feita e você acredita que aquilo realmente é um protótipo real. Os efeitos visuais são ótimos, e a Megan rende algumas cenas icônicas como a que ela faz uma dancinha Tik Tok antes de sair para a matança. Impagável.

O diretor Gerard Johnstone faz um ótimo trabalho, com cenas que vão se tornar icônicas. E a trilha sonora inspirada rende momentos brilhantes, como uma cena que envolve a música Titanium, de Sia e David Guetta.

M3GAN‘ é um ótimo suspense, que levanta alguns tópicos interessante sobre IA e como os pais modernos enchem os filhos de gadgets para não terem que lidar com eles. O filme não se aprofunda muito nessas discussões, mas ele cumpre o que se propõe a fazer: entreter e divertir. E ele faz isso deliciosamente bem.

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Mesmo com aversão de bonecos, eu amo assistir filmes de terror sobre eles. De ‘Chucky‘ a ‘Annabelle‘, eu assisti todas as produções do subgênero. Agora chega aos cinemas a mais nova boneca vilã do pedaço, criada com inteligência artificial: a ‘M3GAN‘.

O calibre do projeto não poderia ser mais pomposo: a história foi gerada na cabecinha doentia e genial de James Wan, o criador de ‘Invocação do Mal‘ e ‘Jogos Mortais‘,  e produzida por Jason Blum – o mestre da quase sempre ótima Blumhouse.

O filme é divertidíssimo. Quem espera assistir um terror com cenas gore pode se decepcionar. ‘M3GAN‘ é um “terrir” estilão sessão da tarde, que acerta em cheio ao aprofundar o dilema das protagonistas antes de deixar a bonequinha em pane brilhar… ou melhor, matar.

A trama acompanha Gemma (Allison Williams), uma brilhante roboticista de uma empresa de brinquedos que usa inteligência artificial para desenvolver uma boneca realista programada para ser a maior companheira de uma criança e a maior aliada dos pais. Quando Cady (Violet McGraw), sua sobrinha órfã, vai morar com ela, Gemma pega um protótipo da boneca para testar e as consequências são aterrorizantes.

Obviamente não demora muito pra boneca virar uma Skynet e se rebelar contra Gemma e a humanidade, matando todo muito que representa uma possível ameaça para Cady. E Megan pode ser bem vingativa e irônica também…

Ao invés de investir no terror, o roteirista Akela Cooper dosa bem cenas de suspense, com drama e humor. E o resultado é surpreendentemente ótimo. As mortes são bem criativa, mas o filme se preocupa mais em desenvolver os personagens e criar uma conexão da audiência com eles, o que faz com que a plateia se importe.

Allison Williams, de ‘Corra!‘, está muito bem como a cientista por trás da criação da boneca. E a boneca, por sinal, é extremamente bem feita e você acredita que aquilo realmente é um protótipo real. Os efeitos visuais são ótimos, e a Megan rende algumas cenas icônicas como a que ela faz uma dancinha Tik Tok antes de sair para a matança. Impagável.

O diretor Gerard Johnstone faz um ótimo trabalho, com cenas que vão se tornar icônicas. E a trilha sonora inspirada rende momentos brilhantes, como uma cena que envolve a música Titanium, de Sia e David Guetta.

M3GAN‘ é um ótimo suspense, que levanta alguns tópicos interessante sobre IA e como os pais modernos enchem os filhos de gadgets para não terem que lidar com eles. O filme não se aprofunda muito nessas discussões, mas ele cumpre o que se propõe a fazer: entreter e divertir. E ele faz isso deliciosamente bem.

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