sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Mestres do Universo – Série da Netflix é a obra DEFINITIVA do He-Man

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Após o desfecho apoteótico que aconteceu nesta segunda parte enfim liberada pela Netflix, dá pra cravar, tranquilamente, que Mestres do UniversoSalvando Eternia é, com distancia, a melhor produção já feita de He-Man e os guerreiros de Grayskull. O que também não lá é uma tarefa difícil, já que a última boa animação do personagem saiu há cerca de 20 anos e era um reboot conhecido como He-Man e os Mestres do Universo, que foi cancelado já na metade da segunda temporada. E, ainda que atualizasse algumas ideias da animação clássica e apresentasse boas cenas de ação, não possuía uma história elaborada e seguia apenas o formato de sempre dos desenhos procedurais.

Salvando Eternia, que não é nenhum reboot ou remake, mas uma continuação direta do desenho que passava na TV Colosso, deu um passo à frente, pois, além de expandir todos os conceitos originais, relacionados ao universo e o elenco de personagens, construiu uma trama ampla e envolvente, digna de um épico, dando mais importância a outras figuras que nunca foram desenvolvidas pra valer. Isso sem falar em toda criação visual, acertada desde a estética escolhida, com cores que variam entre roxo, dourado e verde (em alusão a Esqueleto, He-Man e a força de Grayskull), até o design dos cenários ou mesmo as vestes em geral. A animação é de um primor estético impressionante, sem margem para crítica negativa do ponto de vista técnico.



Idealizada pelo cineasta Kevin Smith (Dogman), a decisão de tirar o He-Man de cena na primeira parte da série se mostrou igualmente acertada e casou como uma luva, pois, se nos atentarmos ao tipo de situação que essa história coloca os heróis daquele universo, vemos o quão necessário era esses guerreiros ganharem força e experiência. Pela primeira vez os parceiros do príncipe Adam vão ter que se virar sozinhos e, para além disso, também terão que enfrentar o vilão Esqueleto, que enfim conseguiu ter acesso poderes de Eternia. Restando a Teela o fardo de tomar a frente da situação e sair pelo mundo numa espécie de odisseia, recrutando algumas figuras antigas (a passagem do Mentor é sensacional!) e obtendo informações necessários para seguir na batalha contra a criatura maléfica. O gancho deixado na primeira parte foi desesperador, fazendo o espectador pensar no que os heróis podiam fazer dali pra frente.

Bem como essa segunda parte conseguiu se superar explorando mais a fundo o conceito dos poderes de Grayskull e deixar claro que tanto a espada quanto o castelo são apenas filtros que controlam a força real daquela energia. He-Man, inclusive, ressurge e toma de volta os seus poderes, mesmo sem a sua espada, no entanto o herói não consegue controlar tamanha energia e se torna uma espécie Hulk sem freios, destruindo tudo que encontra pela frente. Mais interessante ainda é a traição de Maligna que, através da sedução, dá um golpe de estado no parceiro Esqueleto e toma dele o poder de Eternia, se transformando numa criatura estelar poderosa. Assim como o Coringa depende do Batman para existir, o Esqueleto também precisa de He-Man, já que quando tinha em mãos esses poderes não sabe o que fazer. Sendo facilmente traído por Maligna, tal qual a Morte traiu Thanos, o titã louco na saga Desafio Infinito.

O episódio final ainda reserva uma guerra de escala gigantesca, que deve ter sido inspirada diretamente da batalha final vista em Vingadores: Ultimato (2019), pela quantidade de raças, personagens recrutados e até do enorme poder emanado do confronto. A Teela, por exemplo, teve que passar por uma longa jornada para enfim conseguir dominar o poder supremo da Feiticeira, cumprindo o que chamam de A Jornada do Herói. O clímax da grande batalha acontece com o retorno de Gorpo, o mago que vem para elucidar toda situação e, junto He-Man, Teela e seus amigos, trazer a paz àquele mundo novamente.

Bom, pelo menos durante algum tempo, pois a última cena já nos apresenta a chegada do mestre de Esqueleto, Hordak, o principal vilão da franquia – inclusive das aventuras de She-Ha – por sinal, a animação da Netflix She-Ra e as Princesas do Poder é tão excelente quanto Mestres do Universo, sendo artisticamente impressionante e soando como uma odisseia épica. Enfim, agora é só aguardar pra saber como essa história vai seguir daqui pra frente, já que a saga do Esqueleto, de maneira geral, foi iniciada e concluída sublimemente. O que deixa sem sentido toda àquela reclamação pelo protagonismo da Teela, pois agora He-Man voltou e tem ao seu lado um verdadeiro exército.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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Salvando Eternia, que não é nenhum reboot ou remake, mas uma continuação direta do desenho que passava na TV Colosso, deu um passo à frente, pois, além de expandir todos os conceitos originais, relacionados ao universo e o elenco de personagens, construiu uma trama ampla e envolvente, digna de um épico, dando mais importância a outras figuras que nunca foram desenvolvidas pra valer. Isso sem falar em toda criação visual, acertada desde a estética escolhida, com cores que variam entre roxo, dourado e verde (em alusão a Esqueleto, He-Man e a força de Grayskull), até o design dos cenários ou mesmo as vestes em geral. A animação é de um primor estético impressionante, sem margem para crítica negativa do ponto de vista técnico.

Idealizada pelo cineasta Kevin Smith (Dogman), a decisão de tirar o He-Man de cena na primeira parte da série se mostrou igualmente acertada e casou como uma luva, pois, se nos atentarmos ao tipo de situação que essa história coloca os heróis daquele universo, vemos o quão necessário era esses guerreiros ganharem força e experiência. Pela primeira vez os parceiros do príncipe Adam vão ter que se virar sozinhos e, para além disso, também terão que enfrentar o vilão Esqueleto, que enfim conseguiu ter acesso poderes de Eternia. Restando a Teela o fardo de tomar a frente da situação e sair pelo mundo numa espécie de odisseia, recrutando algumas figuras antigas (a passagem do Mentor é sensacional!) e obtendo informações necessários para seguir na batalha contra a criatura maléfica. O gancho deixado na primeira parte foi desesperador, fazendo o espectador pensar no que os heróis podiam fazer dali pra frente.

Bem como essa segunda parte conseguiu se superar explorando mais a fundo o conceito dos poderes de Grayskull e deixar claro que tanto a espada quanto o castelo são apenas filtros que controlam a força real daquela energia. He-Man, inclusive, ressurge e toma de volta os seus poderes, mesmo sem a sua espada, no entanto o herói não consegue controlar tamanha energia e se torna uma espécie Hulk sem freios, destruindo tudo que encontra pela frente. Mais interessante ainda é a traição de Maligna que, através da sedução, dá um golpe de estado no parceiro Esqueleto e toma dele o poder de Eternia, se transformando numa criatura estelar poderosa. Assim como o Coringa depende do Batman para existir, o Esqueleto também precisa de He-Man, já que quando tinha em mãos esses poderes não sabe o que fazer. Sendo facilmente traído por Maligna, tal qual a Morte traiu Thanos, o titã louco na saga Desafio Infinito.

O episódio final ainda reserva uma guerra de escala gigantesca, que deve ter sido inspirada diretamente da batalha final vista em Vingadores: Ultimato (2019), pela quantidade de raças, personagens recrutados e até do enorme poder emanado do confronto. A Teela, por exemplo, teve que passar por uma longa jornada para enfim conseguir dominar o poder supremo da Feiticeira, cumprindo o que chamam de A Jornada do Herói. O clímax da grande batalha acontece com o retorno de Gorpo, o mago que vem para elucidar toda situação e, junto He-Man, Teela e seus amigos, trazer a paz àquele mundo novamente.

Bom, pelo menos durante algum tempo, pois a última cena já nos apresenta a chegada do mestre de Esqueleto, Hordak, o principal vilão da franquia – inclusive das aventuras de She-Ha – por sinal, a animação da Netflix She-Ra e as Princesas do Poder é tão excelente quanto Mestres do Universo, sendo artisticamente impressionante e soando como uma odisseia épica. Enfim, agora é só aguardar pra saber como essa história vai seguir daqui pra frente, já que a saga do Esqueleto, de maneira geral, foi iniciada e concluída sublimemente. O que deixa sem sentido toda àquela reclamação pelo protagonismo da Teela, pois agora He-Man voltou e tem ao seu lado um verdadeiro exército.

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