segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | Meu Pai é um Perigo – Robert De Niro BRILHA como Pai Rabugento em Emocionante Comédia…

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Talvez você não se lembre, mas, 23 anos atrás (meo deos, já faz tudo isso!) uma comédia chegou aos cinemas e conquistou o público: estamos falando de ‘Entrando Numa Fria’, cujo mote não era grande novidade – o famoso “vou levar meu namorado para conhecer os meus pais no final de semana na casa deles” –, entretanto, a forma hilária com o que foi feita esta comédia lhe rendeu duas sequências e o posto de referência deste gênero. Uma das novidades desta produção, disponível no Telecine, foi trazer Robert De Niro como o sogro ranzinza que tinha que ser conquistado pelo genro Ben Stiller. Agora, mais de duas décadas depois, o mesmo argumento, porém melhorado, é trazido às salas de cinema brasileiras no hilário ‘Meu Pai é um Perigo’.



Sebastian (Sebastian Maniscalco, de ‘O Irlandês’)) é filho de imigrantes italianos nos Estados Unidos, uma história familiar que envolve muito sacrifício, muito trabalho e poucos privilégios, uma vez que tudo o que seus antepassados fizeram foi para melhorar a condição de vida dos familiares. O modo como Sebastian vê o mudo muda a partir do momento em que se apaixona por Ellie (Leslie Bibb, de ‘Homem de Ferro’) uma pintora herdeira de uma das mais bem-sucedidas redes hoteleiras daquele país, vinda de uma família riquíssima de imigrantes britânicos. Decidido a pedir a mão de sua namorada em casamento, o rapaz acredita que o convite para passar o 4 de julho na casa de campo da família de Ellie é a ocasião perfeita, mas acaba levando o seu pai junto (Robert De Niro) para não deixá-lo sozinho. Agora, com mundos tão distintos reunidos, tudo pode acontecer nesse feriado em família.

Em uma hora e meia o roteiro de Austen Earl e do próprio Maniscalco encadeia situações cômicas oriundas do choque cultural entre a classe trabalhadora versus a classe rica herdeira dos Estados Unidos, muitas das quais provavelmente inspiradas na vida do próprio Maniscalco, uma vez que o personagem leva seu nome e tem história similar. De igual forma, personagens da franquia em que se inspira foram diluídos e repaginados para os tempos atuais, tornando-se alívio cômico costeando a hilária relação filho-pai. O projeto conta ainda com Kim Cattrall, que cada vez mais tenta de se afastar de seu papel em ‘Sex and the City’, mas acaba sempre fazendo a mesma coisa.

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Meu Pai é um Perigo’ não se furta em dizer suas referências cinematográficas; em determinado momento, Ellie brinca dizendo que vai levar o namorado para uma espécie de ‘Corra!’ versão italiana. Por sabe-se não ser original, mas tal qual seus antecessores, o que importa aqui é não é tanto o frescor da ideia, mas sim os ensinamentos passados a partir dela: diferentemente de seus antecessores, que focavam na questão do relacionamento amoroso entre os protagonistas, em ‘Meu Pai é um Perigo’ o foco está na relação filho-pai, nesta ordem.

Provavelmente foi este diferencial que fez com que Robert De Niro, novamente brilhante em cena, aceitasse fazer papel tão similar ao anterior. Ao jogar o foco nos valores familiares e nos sentimentos dos filhos com relação a seus pais, o longa acerta em renovar o plot já tão batido, trazendo diálogos surpreendente emocionantes para tocar o coração dos espectadores. Seria um filme ideal para o Dia dos Pais, mas vai ser lançado aqui para o Dia dos Namorados. Mesmo assim, é uma boa diversão no cinema, garantindo risadas e reflexões ao público espectador.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Sebastian (Sebastian Maniscalco, de ‘O Irlandês’)) é filho de imigrantes italianos nos Estados Unidos, uma história familiar que envolve muito sacrifício, muito trabalho e poucos privilégios, uma vez que tudo o que seus antepassados fizeram foi para melhorar a condição de vida dos familiares. O modo como Sebastian vê o mudo muda a partir do momento em que se apaixona por Ellie (Leslie Bibb, de ‘Homem de Ferro’) uma pintora herdeira de uma das mais bem-sucedidas redes hoteleiras daquele país, vinda de uma família riquíssima de imigrantes britânicos. Decidido a pedir a mão de sua namorada em casamento, o rapaz acredita que o convite para passar o 4 de julho na casa de campo da família de Ellie é a ocasião perfeita, mas acaba levando o seu pai junto (Robert De Niro) para não deixá-lo sozinho. Agora, com mundos tão distintos reunidos, tudo pode acontecer nesse feriado em família.

Em uma hora e meia o roteiro de Austen Earl e do próprio Maniscalco encadeia situações cômicas oriundas do choque cultural entre a classe trabalhadora versus a classe rica herdeira dos Estados Unidos, muitas das quais provavelmente inspiradas na vida do próprio Maniscalco, uma vez que o personagem leva seu nome e tem história similar. De igual forma, personagens da franquia em que se inspira foram diluídos e repaginados para os tempos atuais, tornando-se alívio cômico costeando a hilária relação filho-pai. O projeto conta ainda com Kim Cattrall, que cada vez mais tenta de se afastar de seu papel em ‘Sex and the City’, mas acaba sempre fazendo a mesma coisa.

Meu Pai é um Perigo’ não se furta em dizer suas referências cinematográficas; em determinado momento, Ellie brinca dizendo que vai levar o namorado para uma espécie de ‘Corra!’ versão italiana. Por sabe-se não ser original, mas tal qual seus antecessores, o que importa aqui é não é tanto o frescor da ideia, mas sim os ensinamentos passados a partir dela: diferentemente de seus antecessores, que focavam na questão do relacionamento amoroso entre os protagonistas, em ‘Meu Pai é um Perigo’ o foco está na relação filho-pai, nesta ordem.

Provavelmente foi este diferencial que fez com que Robert De Niro, novamente brilhante em cena, aceitasse fazer papel tão similar ao anterior. Ao jogar o foco nos valores familiares e nos sentimentos dos filhos com relação a seus pais, o longa acerta em renovar o plot já tão batido, trazendo diálogos surpreendente emocionantes para tocar o coração dos espectadores. Seria um filme ideal para o Dia dos Pais, mas vai ser lançado aqui para o Dia dos Namorados. Mesmo assim, é uma boa diversão no cinema, garantindo risadas e reflexões ao público espectador.

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