terça-feira , 24 dezembro , 2024

Crítica | Michael Douglas – O Filho Prodígio [Cannes 2023]

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Filme assistido no Festival de Cinema de Cannes 2023

Qual o grande desafio da carreira ou da vida do astro do cinema Michael Douglas? Em 52 minutos, o documentário Michael Douglas – O Filho Prodígio busca responder esta questão ao apresentar a trajetória do artista e seu tributo à sétima arte.



Antes mesmo do filme de abertura na noite de 16 de maio, o documentário francês de Amine Mestari é o primeiro filme da seleção oficial do Festival de Cannes 2023. Lançado no site do evento em uma curta temporada, 48h, até as 18h de terça-feira, dia 16 de maio. Por meio da obra, o festival faz um aceno ao mundo da consumação de filmes via streaming, isto é, vistos no conforto do nosso lar, ao mesmo tempo que justifica a escolha do homenageado desta edição.

FATAL ATTRACTION, Michael Douglas, Glenn Close, 1987, (c) Paramount/courtesy Everett Collection

Segundo a montagem de Amine Mestari, o maior desafio de Michael Douglas foi sair da sombra do pai, o astro Kirk Douglas, lembrado sempre por Spartacus (1960), de Stanley Kubrick. Com uma mistura de arquivo de entrevistas e o depoimento atual de Michael Douglas contra um fundo preto, o documentário cruza o início de Michael no teatro e as constantes comparações com seu pai. De todo modo, na indústria do entretenimento as comparações são inevitáveis. 

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Recentemente as jovens Maya Hawke e Margaret Qualley despontaram aos olhos da crítica e do público, em série e filmes, e as relações com seus progenitores são instantâneas para grande parte da mídia. Em todo caso, a narrativa do documentário traça a emancipação de Michael Douglas por seus próprios méritos ao conseguir sucesso em algo que o seu pai jamais conseguiu: produção de filmes. 

 

Como todo bom documentário de celebridades, Michael Douglas – O Filho Prodígio mostra cenas de bastidores e curiosidades da vida do protagonista. Seguindo os passos do seu pai, mas dando os seus próprios, Michael Douglas tornou-se milionário aos 30 anos, teve filhos; problemas com entorpecentes, tanto pessoal quanto na família, diversos relacionamentos e um câncer. 

Aos 78 anos, o ator estadunidense casado com Catherine Zeta-Jones fala abertamente da reviravolta na sua carreira após o câncer causada por uma doença sexualmente transmissível. O documentàrio resume sua vida em etapas, passando pela fama de “garanhão” de Hollywood, após filmes como Atração Fatal (1987), Instinto Selvagem (1982) e Assédio Sexual (1994); o retorno em frente as cameras depois do tratamento, como o cantor Liberace em Behind the Candelabra (2013), até a entrada no universo Marvel (2015-2022), como Hank Pym.

Além disso, o artista mostra gratidão por todos os diretores que impulsionaram sua carreira de ator; como Oliver Stone (em Wall Street – Poder e Cobiça, 1987) e Steven Soderbergh (em Traffic, 2000). Sem esquecer da sua parceria com Jack Nicholson, segundo o próprio, o grande responsável por seu primeiro Oscar como produtor por Um Estranho no Ninho (1974). Entre agradecimentos e reminiscências, Michael Douglas também reflete sobre a fama e o seu papel de pai; enfim, comparando-se com o seu progenitor.

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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Antes mesmo do filme de abertura na noite de 16 de maio, o documentário francês de Amine Mestari é o primeiro filme da seleção oficial do Festival de Cannes 2023. Lançado no site do evento em uma curta temporada, 48h, até as 18h de terça-feira, dia 16 de maio. Por meio da obra, o festival faz um aceno ao mundo da consumação de filmes via streaming, isto é, vistos no conforto do nosso lar, ao mesmo tempo que justifica a escolha do homenageado desta edição.

FATAL ATTRACTION, Michael Douglas, Glenn Close, 1987, (c) Paramount/courtesy Everett Collection

Segundo a montagem de Amine Mestari, o maior desafio de Michael Douglas foi sair da sombra do pai, o astro Kirk Douglas, lembrado sempre por Spartacus (1960), de Stanley Kubrick. Com uma mistura de arquivo de entrevistas e o depoimento atual de Michael Douglas contra um fundo preto, o documentário cruza o início de Michael no teatro e as constantes comparações com seu pai. De todo modo, na indústria do entretenimento as comparações são inevitáveis. 

Recentemente as jovens Maya Hawke e Margaret Qualley despontaram aos olhos da crítica e do público, em série e filmes, e as relações com seus progenitores são instantâneas para grande parte da mídia. Em todo caso, a narrativa do documentário traça a emancipação de Michael Douglas por seus próprios méritos ao conseguir sucesso em algo que o seu pai jamais conseguiu: produção de filmes. 

 

Como todo bom documentário de celebridades, Michael Douglas – O Filho Prodígio mostra cenas de bastidores e curiosidades da vida do protagonista. Seguindo os passos do seu pai, mas dando os seus próprios, Michael Douglas tornou-se milionário aos 30 anos, teve filhos; problemas com entorpecentes, tanto pessoal quanto na família, diversos relacionamentos e um câncer. 

Aos 78 anos, o ator estadunidense casado com Catherine Zeta-Jones fala abertamente da reviravolta na sua carreira após o câncer causada por uma doença sexualmente transmissível. O documentàrio resume sua vida em etapas, passando pela fama de “garanhão” de Hollywood, após filmes como Atração Fatal (1987), Instinto Selvagem (1982) e Assédio Sexual (1994); o retorno em frente as cameras depois do tratamento, como o cantor Liberace em Behind the Candelabra (2013), até a entrada no universo Marvel (2015-2022), como Hank Pym.

Além disso, o artista mostra gratidão por todos os diretores que impulsionaram sua carreira de ator; como Oliver Stone (em Wall Street – Poder e Cobiça, 1987) e Steven Soderbergh (em Traffic, 2000). Sem esquecer da sua parceria com Jack Nicholson, segundo o próprio, o grande responsável por seu primeiro Oscar como produtor por Um Estranho no Ninho (1974). Entre agradecimentos e reminiscências, Michael Douglas também reflete sobre a fama e o seu papel de pai; enfim, comparando-se com o seu progenitor.

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Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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