sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Midnight Special

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Até onde vai a força de um pai lutando pela sobrevivência de um filho? Chega dos Estados Unidos (mas bem longe de ser um blockbuster que todos assistirão), um dos filmes mais intrigantes deste ano: Midnight Special. Com um ritmo alucinante, envolvendo tiroteios intensos e explosivas perseguições de carros, o longa-metragem dirigido pelo cineasta Jeff Nichols (dos ótimos O Abrigo e Amor Bandido) explora bem profundamente a possibilidade de uma vida extraterrestre e como entidades governamentais e religiosas as explorariam a situação caso realmente existissem esses indícios. Esse realmente é um filme que Fox Mulder gostaria de participar.

Na trama, somos rapidamente apresentados a um pai chamado Roy (Michael Shannon) e seu filho chamado Alton (Jaeden Lieberher) que estão em uma fuga alucinante pelas estradas norte-americanas contando com a ajuda apenas de Lucas (Joel Edgerton), um policial que abandonou toda sua vida para ajudar a dupla em seu objetivo. Aos poucos vamos descobrindo o porquê desta fuga, que envolve uma seita religiosa, o governo dos EUA e uma analista de inteligência do FBI, esse último interpretado por Kylo Ren (ou Adam Driver se preferirem). Midnight Special possui sua própria personalidade nas intensas e inteligentes rotações de gênero que possui ao longo dos quase 120 minutos de projeção.



Os arcos do filme são muito bem explorados dentro do excelente roteiro. Após uns 10 minutos iniciais de tirar o fôlego, somos situados em uma trama paralela (mas ao mesmo tempo simultânea) para podermos entender os porquês das escolhas dos personagens e seus verdadeiros objetivos dentro do contexto. Assim, somos apresentados a uma seita em que o pai e filho mencionados faziam parte, um analista do FBI começa a descobrir segredos sobre os enigmas que o são apresentados, e aos poucos as habilidades do menino são reveladas ao público gerando uma série de perguntas sobre quem ele realmente é. O intrigante nisso tudo é que o filme se torna um quebra-cabeça de ações e objetivos, oriundos de uma ideia inicial de que o menino em questão tem poderes especiais.

Já na metade final da trama, entra na história uma figura que completa grande parte do quebra cabeça: a mãe, interpretada com bastante competência por Kirsten Dunst. Com o ciclo familiar apresentado e as razões para eles estarem juntos nesse momento explicados, o longa, que não tem previsão de estrear nos cinemas brasileiros por enquanto, entra em seu louvável ato final com todos sofrendo as consequências de suas escolhas. Midnight Special é a prova de como um roteiro poderoso pode transformar um longa-metragem em uma singela obra prima de um gênero explorado muitos vezes por ideias sem força e com fundamentos explicados apenas na superfície.

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Na trama, somos rapidamente apresentados a um pai chamado Roy (Michael Shannon) e seu filho chamado Alton (Jaeden Lieberher) que estão em uma fuga alucinante pelas estradas norte-americanas contando com a ajuda apenas de Lucas (Joel Edgerton), um policial que abandonou toda sua vida para ajudar a dupla em seu objetivo. Aos poucos vamos descobrindo o porquê desta fuga, que envolve uma seita religiosa, o governo dos EUA e uma analista de inteligência do FBI, esse último interpretado por Kylo Ren (ou Adam Driver se preferirem). Midnight Special possui sua própria personalidade nas intensas e inteligentes rotações de gênero que possui ao longo dos quase 120 minutos de projeção.

Os arcos do filme são muito bem explorados dentro do excelente roteiro. Após uns 10 minutos iniciais de tirar o fôlego, somos situados em uma trama paralela (mas ao mesmo tempo simultânea) para podermos entender os porquês das escolhas dos personagens e seus verdadeiros objetivos dentro do contexto. Assim, somos apresentados a uma seita em que o pai e filho mencionados faziam parte, um analista do FBI começa a descobrir segredos sobre os enigmas que o são apresentados, e aos poucos as habilidades do menino são reveladas ao público gerando uma série de perguntas sobre quem ele realmente é. O intrigante nisso tudo é que o filme se torna um quebra-cabeça de ações e objetivos, oriundos de uma ideia inicial de que o menino em questão tem poderes especiais.

Já na metade final da trama, entra na história uma figura que completa grande parte do quebra cabeça: a mãe, interpretada com bastante competência por Kirsten Dunst. Com o ciclo familiar apresentado e as razões para eles estarem juntos nesse momento explicados, o longa, que não tem previsão de estrear nos cinemas brasileiros por enquanto, entra em seu louvável ato final com todos sofrendo as consequências de suas escolhas. Midnight Special é a prova de como um roteiro poderoso pode transformar um longa-metragem em uma singela obra prima de um gênero explorado muitos vezes por ideias sem força e com fundamentos explicados apenas na superfície.

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