sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Miley Cyrus está de volta com a antêmica e nostálgica canção “Flowers”

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Miley Cyrus é, sem sombra de dúvida, uma das artistas mais únicas de sua geração.

A cantora e compositora começou sua carreira como Hannah Montana na série homônima do Disney Channel, conquistando o mundo e uma legião de fãs – até resolver deixar a persona de lado para se dedicar por completo a quem realmente era, abraçando o pop-rock, o country e o country-rock com paixão fervorosa. Depois de provar sua incrível versatilidade com o aclamado Plastic Hearts, que trouxe à tona suas raízes do rock e do dance-rock dos anos 1980, Cyrus decidiu que estava pronta para se reinventar mais uma vez – e cá estamos com o lançamento de “Flowers”lead single do vindouro Endless Summer Vacation.



Em sua nova incursão, a artista decide deixar de lado a personagem que pintou no álbum anterior para apostar em algo mais minimalista e íntimo – uma investida interessante e que pode render grandes frutos à performer. Dessa forma, não é surpresa que a estrutura da canção se inicie com as melódicas e distantes notas de um poderoso baixo, dando estrutura para uma ótima rendição de Miley, que toma o tempo necessário para deixar que a música cresça e mergulhe de cabeça em um nostálgico refrão, regado a mensagens de bonança e de empoderamento.

Cyrus não apenas presta homenagem óbvia a Bruno Mars ao pegar emprestado um sample de “When I Was Your Man”, mas transmuta os familiares acordes em algo totalmente seu, banhado a uma idiossincrasia envolvente que reitera o motivo de gostarmos tanto da cantora. Mais do que isso, ela se diverte no videoclipe, se exercitando, dançando e fazendo o que bem entende à medida que as múltiplas camadas de voz se aglutinam em uma sinestésica (e breve) jornada. “Eu posso me amar melhor do que você me ama” é o verso que sintetiza o liricismo da canção e parece servir como mote do novo álbum e o encerramento de um capítulo da vida de Miley que ela com certeza não quer de volta.

Para além dos belíssimos vocais, que demonstram mais um ótimo amadurecimento da artista, o que mais nos chama a atenção é a comedida e confiante produção: temos referências ao pop-rock dos anos 1970 e ao nu-disco dos anos 1980, pinceladas com a presença pontual de violinos e de um divertido sintetizador que ajuda a firmar essa instigante aventura sonora. Porém, para muito além disso, a produção funciona tem uma carga testamentária gigantesca e funciona como uma carta de amor às pessoas que sempre apoiaram Cyrus, não importa o que acontecesse: os fãs.

Ouça a música abaixo:

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Em sua nova incursão, a artista decide deixar de lado a personagem que pintou no álbum anterior para apostar em algo mais minimalista e íntimo – uma investida interessante e que pode render grandes frutos à performer. Dessa forma, não é surpresa que a estrutura da canção se inicie com as melódicas e distantes notas de um poderoso baixo, dando estrutura para uma ótima rendição de Miley, que toma o tempo necessário para deixar que a música cresça e mergulhe de cabeça em um nostálgico refrão, regado a mensagens de bonança e de empoderamento.

Cyrus não apenas presta homenagem óbvia a Bruno Mars ao pegar emprestado um sample de “When I Was Your Man”, mas transmuta os familiares acordes em algo totalmente seu, banhado a uma idiossincrasia envolvente que reitera o motivo de gostarmos tanto da cantora. Mais do que isso, ela se diverte no videoclipe, se exercitando, dançando e fazendo o que bem entende à medida que as múltiplas camadas de voz se aglutinam em uma sinestésica (e breve) jornada. “Eu posso me amar melhor do que você me ama” é o verso que sintetiza o liricismo da canção e parece servir como mote do novo álbum e o encerramento de um capítulo da vida de Miley que ela com certeza não quer de volta.

Para além dos belíssimos vocais, que demonstram mais um ótimo amadurecimento da artista, o que mais nos chama a atenção é a comedida e confiante produção: temos referências ao pop-rock dos anos 1970 e ao nu-disco dos anos 1980, pinceladas com a presença pontual de violinos e de um divertido sintetizador que ajuda a firmar essa instigante aventura sonora. Porém, para muito além disso, a produção funciona tem uma carga testamentária gigantesca e funciona como uma carta de amor às pessoas que sempre apoiaram Cyrus, não importa o que acontecesse: os fãs.

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