sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Minha Culpa – Prime Video lança mistura Versão Teen e HOT de ‘Velozes e Furiosos’ com ‘50 Tons de Cinza’

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Não é de hoje que os filmes de romance com conteúdo adulto estão pipocando nos streamings. A oferta é tanto para a galera mais velha quanto para adolescentes, demonstrando que o interesse pelo gênero romance hot se mantém em alta ano pós ano. Se você está buscando esse tipo de conteúdo para o final de semana do Dia dos Namorados, a boa dica é a estreia de ‘Minha Culpa’ no Prime Video, um filme de romance hot de elevar a temperatura do edredon.



Noah (Nicole Wallace) está de mudança com sua mãe Rafaella (Marta Hazas) para uma nova cidade. É que sua mãe acaba de se casar com um ricaço, e, a contragosto, Noah tem que abandonar sua melhor amiga, seu namorado e toda a sua vida social para ir morar numa mansão na zona praiana da Espanha. Acontece que William Leister (Iván Sánchez), seu padrasto, tem um filho, Nick (Gabriel Guevara), cuja imagem é de perfeição, com boas notas, boas maneiras e querido por todo mundo. A animosidade entre os dois surge logo de cara, mas, com o passar do tempo e com a convivência, Noah vai descobrir segredos de Nick, e a tensão entre os dois vai crescendo até chegar ao nível do irresistível. Porém, também Noah tem seus segredos, e, ao se meter com as pessoas erradas, alguém de seu passado voltará à tona.

Não tem muito como errar um argumento quando você mistura dois sucessos garantidos de público, como ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Cinquenta Tons de Cinza’. É exatamente disso que se trata ‘Minha Culpa’. Nick é o bad boy podre de rico, rude e bruto, pegador de todas as mulheres do pedaço mas que, diante da meia irmã inocente, suas barreiras caem e ele se rende aos seus encantos; Noah é a mocinha típica que precisa ser salva mas tem ares de independência porque sabe dirigir carrões em pegas clandestinos.

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A primeira impressão que se tem de ‘Minha Culpa’ é que a coisa toda é meio malfeita, com graves pulos na continuidade. Por exemplo, uma hora Nick está sentado na praia com cara de ressaca, e na cena seguinte ele está na mesma praia, com a mesma roupa, conversando com uma criança que do nada aparece na história e diz ser irmã do rapaz. Inspirado na obra de Mercedes Ron, dá para ver que é um roteiro baseado em um livro, que teve que fazer uma escolha e optou por privilegiar a construção do romance entre os protagonistas do que justificar detalhes e elementos do enredo, deixando-os desconexos e sem profundidade.

A direção de Domingo González, que também assina o roteiro, consegue ser boa exatamente onde precisa – na sequência de corridas e de perseguição de carro e nas cenas de interação entre os protagonistas, para criar intimidade e romance entre eles. Apesar de a história ficar sem sentido muitas vezes, o espectador engaja nas cenas de pegação, que, ainda que não sejam explícitas e sejam cortadas, consegue manter a temperatura elevada.

Minha Culpa’ não traz nada de muito novo e é exatamente o tipo de filme guilty pleasure que a gente sabe que é ruim, mas, de alguma forma, não consegue parar de ver.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Não é de hoje que os filmes de romance com conteúdo adulto estão pipocando nos streamings. A oferta é tanto para a galera mais velha quanto para adolescentes, demonstrando que o interesse pelo gênero romance hot se mantém em alta ano pós ano. Se você está buscando esse tipo de conteúdo para o final de semana do Dia dos Namorados, a boa dica é a estreia de ‘Minha Culpa’ no Prime Video, um filme de romance hot de elevar a temperatura do edredon.

Noah (Nicole Wallace) está de mudança com sua mãe Rafaella (Marta Hazas) para uma nova cidade. É que sua mãe acaba de se casar com um ricaço, e, a contragosto, Noah tem que abandonar sua melhor amiga, seu namorado e toda a sua vida social para ir morar numa mansão na zona praiana da Espanha. Acontece que William Leister (Iván Sánchez), seu padrasto, tem um filho, Nick (Gabriel Guevara), cuja imagem é de perfeição, com boas notas, boas maneiras e querido por todo mundo. A animosidade entre os dois surge logo de cara, mas, com o passar do tempo e com a convivência, Noah vai descobrir segredos de Nick, e a tensão entre os dois vai crescendo até chegar ao nível do irresistível. Porém, também Noah tem seus segredos, e, ao se meter com as pessoas erradas, alguém de seu passado voltará à tona.

Não tem muito como errar um argumento quando você mistura dois sucessos garantidos de público, como ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Cinquenta Tons de Cinza’. É exatamente disso que se trata ‘Minha Culpa’. Nick é o bad boy podre de rico, rude e bruto, pegador de todas as mulheres do pedaço mas que, diante da meia irmã inocente, suas barreiras caem e ele se rende aos seus encantos; Noah é a mocinha típica que precisa ser salva mas tem ares de independência porque sabe dirigir carrões em pegas clandestinos.

A primeira impressão que se tem de ‘Minha Culpa’ é que a coisa toda é meio malfeita, com graves pulos na continuidade. Por exemplo, uma hora Nick está sentado na praia com cara de ressaca, e na cena seguinte ele está na mesma praia, com a mesma roupa, conversando com uma criança que do nada aparece na história e diz ser irmã do rapaz. Inspirado na obra de Mercedes Ron, dá para ver que é um roteiro baseado em um livro, que teve que fazer uma escolha e optou por privilegiar a construção do romance entre os protagonistas do que justificar detalhes e elementos do enredo, deixando-os desconexos e sem profundidade.

A direção de Domingo González, que também assina o roteiro, consegue ser boa exatamente onde precisa – na sequência de corridas e de perseguição de carro e nas cenas de interação entre os protagonistas, para criar intimidade e romance entre eles. Apesar de a história ficar sem sentido muitas vezes, o espectador engaja nas cenas de pegação, que, ainda que não sejam explícitas e sejam cortadas, consegue manter a temperatura elevada.

Minha Culpa’ não traz nada de muito novo e é exatamente o tipo de filme guilty pleasure que a gente sabe que é ruim, mas, de alguma forma, não consegue parar de ver.

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