domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 traz Tom Cruise em sua versão mais INSANA

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Faz um tempo que o cinema abraçou de vez o CGI, a famosa computação gráfica, como sua principal muleta para as grandes aventuras. Com o artifício da tecnologia, o céu deixou de ser um limite, já que literalmente tudo imaginável e inimaginável poderia ser criado em um computador, inserindo atores e atrizes para contracenar nesses cenários ou até mesmo com personagens gerados nesse mesmo esquema. Porém, com esse barateamento ocasionado pela tecnologia, o CGI passou a dominar a indústria e nem sempre conseguiu ser trabalhado com competência.

Eis que neste cenário em que a computação gráfica chegou com os dois pés na porta, o ator e produtor Tom Cruise decidiu seguir o caminho contrário. Não que ele seja um velho ranzinza que passa seus dias xingando as máquinas ao vento, mas ele entendeu que uma boa aventura, uma boa história de ação, não pode se prender a essa muleta de encantar o espectador com bizarrices digitais, principalmente porque parece que nada mais gerado por computador será capaz de surpreender o público. Então, sua política de trabalho tem se resumido a fazer as coisas à moda antiga: com um ser humano em tela fazendo acrobacias, pulando, atirando e tudo mais que tiver direito. E foi assim que a franquia Missão: Impossível renasceu nos cinemas.



Desde que embarcou nessa jornada de efetivamente surpreender o público com cenas perigosíssimas feitas por ele, Cruise já escalou o Burj Khalifa (prédio mais alto do mundo), decolou em um avião amarrado do lado de fora e agora… Bem, o desafio da vez foi saltar dos Alpes em uma motocicleta. E por mais insano que pareça, essa atuação suicida de Tom Cruise é praticamente fundamental para o sucesso de seu novo filme. Em Missão: Impossível – Acerto De Contas: Parte 1, Ethan Hunt enfrente uma Inteligência Artificial que começou como assistente do governo americano, mas acabou aprendendo sozinha enquanto trabalhava e se transformou em uma criatura senciente mortal, disposta a prever panoramas futuros e encontrar meios para eliminá-los, garantindo sua existência.
E para quem acha que isso é exagerado, vale lembrar que vivemos em um mundo em que todos andam com telefones o tempo inteiro, há fechaduras digitais, o tráfego e controlado por computador e as principais forças armadas do planeta dependem da tecnologia pra atacar.

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Dito isso, o filme se constrói acerca deste embate épico entre homem e máquina, mostrando que Tom Cruise está disposto a enfrentar os computadores dentro e fora das telas. E faz isso como ninguém. Antes considerado apenas um galã de Hollywood, Cruise se consolidou como o principal nome da ação atual e faz valer cada segundo em tela. Seu Ethan Hunt surge com naturalidade e continua impressionando com seu senso de escapismo.

Agora, porém, ele divide os holofotes com uma coadjuvante que está à altura do protagonista. Grace, interpretada por Hayley Atwell, é uma ladra internacional que cruza o caminho de Ethan pelo objeto necessário para interceptar a máquina. Só que ela não está interessada em usar a arma para destruição mundial ou coisa do tipo. Como toda boa bandidagem de filme, ela só quer ser paga. Agora, junto a Hunt, ela precisa escapar de capangas que realmente buscam a I.A. para o mal. E assim surge uma relação que se constrói de forma orgânica. É impossível não torcer por eles, mesmo que passem o tempo inteiro se enganando em tela.

Partindo dessa dupla implacável em tela, a trama conduz o público rumo a 2h45 de pura aventura e adrenalina. E se você acha que esse tempo todo de filme pesa… Bem, é verdade, pesa demais, chegando a dar um leve cansaço em certos momentos. E, num geral, isso acaba sentindo único grande problema, porque até para o público é necessário ter um tempo para respirar.

De qualquer forma, mesmo com o filme se estendendo um pouco mais, as sequências de ação são tão bem construídas que se torna impossível não se envolver nelas. E lembra quando disse que saber que Tom Cruise faz suas próprias cenas era fundamental para comprar esse filme? Então, ao saber disso, seu cérebro já associa a imagem do ator a cenas práticas, então já existe uma pré-disposição mental a aguardar por essas cenas. Só que são tantas no filme que até mesmo aqueles momentos mais Velozes & Furiosos despertam a dúvida no espectador: “Ele fez mesmo isso?”. E acaba se tornando uma experiência incrível.

E o mais insano disso tudo é pensar que essa foi apenas a primeira parte. Pois é, vai ter mais. E sinceramente, não podia estar mais ansioso para ver o que Cruise e o diretor Christopher McQuarrie estão preparando para o grande final. Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 é cinema em estado puro, promovendo aventura, adrenalina e emoção para toda a família.

Nota: 8,5

Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 estreia em 12 de julho de 2023.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Crítica | Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 traz Tom Cruise em sua versão mais INSANA

Faz um tempo que o cinema abraçou de vez o CGI, a famosa computação gráfica, como sua principal muleta para as grandes aventuras. Com o artifício da tecnologia, o céu deixou de ser um limite, já que literalmente tudo imaginável e inimaginável poderia ser criado em um computador, inserindo atores e atrizes para contracenar nesses cenários ou até mesmo com personagens gerados nesse mesmo esquema. Porém, com esse barateamento ocasionado pela tecnologia, o CGI passou a dominar a indústria e nem sempre conseguiu ser trabalhado com competência.

Eis que neste cenário em que a computação gráfica chegou com os dois pés na porta, o ator e produtor Tom Cruise decidiu seguir o caminho contrário. Não que ele seja um velho ranzinza que passa seus dias xingando as máquinas ao vento, mas ele entendeu que uma boa aventura, uma boa história de ação, não pode se prender a essa muleta de encantar o espectador com bizarrices digitais, principalmente porque parece que nada mais gerado por computador será capaz de surpreender o público. Então, sua política de trabalho tem se resumido a fazer as coisas à moda antiga: com um ser humano em tela fazendo acrobacias, pulando, atirando e tudo mais que tiver direito. E foi assim que a franquia Missão: Impossível renasceu nos cinemas.

Desde que embarcou nessa jornada de efetivamente surpreender o público com cenas perigosíssimas feitas por ele, Cruise já escalou o Burj Khalifa (prédio mais alto do mundo), decolou em um avião amarrado do lado de fora e agora… Bem, o desafio da vez foi saltar dos Alpes em uma motocicleta. E por mais insano que pareça, essa atuação suicida de Tom Cruise é praticamente fundamental para o sucesso de seu novo filme. Em Missão: Impossível – Acerto De Contas: Parte 1, Ethan Hunt enfrente uma Inteligência Artificial que começou como assistente do governo americano, mas acabou aprendendo sozinha enquanto trabalhava e se transformou em uma criatura senciente mortal, disposta a prever panoramas futuros e encontrar meios para eliminá-los, garantindo sua existência.
E para quem acha que isso é exagerado, vale lembrar que vivemos em um mundo em que todos andam com telefones o tempo inteiro, há fechaduras digitais, o tráfego e controlado por computador e as principais forças armadas do planeta dependem da tecnologia pra atacar.

Dito isso, o filme se constrói acerca deste embate épico entre homem e máquina, mostrando que Tom Cruise está disposto a enfrentar os computadores dentro e fora das telas. E faz isso como ninguém. Antes considerado apenas um galã de Hollywood, Cruise se consolidou como o principal nome da ação atual e faz valer cada segundo em tela. Seu Ethan Hunt surge com naturalidade e continua impressionando com seu senso de escapismo.

Agora, porém, ele divide os holofotes com uma coadjuvante que está à altura do protagonista. Grace, interpretada por Hayley Atwell, é uma ladra internacional que cruza o caminho de Ethan pelo objeto necessário para interceptar a máquina. Só que ela não está interessada em usar a arma para destruição mundial ou coisa do tipo. Como toda boa bandidagem de filme, ela só quer ser paga. Agora, junto a Hunt, ela precisa escapar de capangas que realmente buscam a I.A. para o mal. E assim surge uma relação que se constrói de forma orgânica. É impossível não torcer por eles, mesmo que passem o tempo inteiro se enganando em tela.

Partindo dessa dupla implacável em tela, a trama conduz o público rumo a 2h45 de pura aventura e adrenalina. E se você acha que esse tempo todo de filme pesa… Bem, é verdade, pesa demais, chegando a dar um leve cansaço em certos momentos. E, num geral, isso acaba sentindo único grande problema, porque até para o público é necessário ter um tempo para respirar.

De qualquer forma, mesmo com o filme se estendendo um pouco mais, as sequências de ação são tão bem construídas que se torna impossível não se envolver nelas. E lembra quando disse que saber que Tom Cruise faz suas próprias cenas era fundamental para comprar esse filme? Então, ao saber disso, seu cérebro já associa a imagem do ator a cenas práticas, então já existe uma pré-disposição mental a aguardar por essas cenas. Só que são tantas no filme que até mesmo aqueles momentos mais Velozes & Furiosos despertam a dúvida no espectador: “Ele fez mesmo isso?”. E acaba se tornando uma experiência incrível.

E o mais insano disso tudo é pensar que essa foi apenas a primeira parte. Pois é, vai ter mais. E sinceramente, não podia estar mais ansioso para ver o que Cruise e o diretor Christopher McQuarrie estão preparando para o grande final. Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 é cinema em estado puro, promovendo aventura, adrenalina e emoção para toda a família.

Nota: 8,5

Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 estreia em 12 de julho de 2023.

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