quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Não Tem Volta – Rafael Infante e Manu Gavassi em Comédia Dramática Cheia de Reviravoltas

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Um coração partido já foi tema para inúmeros filmes, músicas, séries, livros. Um coração partido também impulsionou guerras, brigas, desavenças, dissolução de empresas e casamentos. O amor, e seu eventual fim, permeia o imaginário do ser humano desde os primeiros momentos de vida, e, ao crescermos, é natural buscarmos aquela outra pessoa que nos completa, com quem gostamos de estar junto e desejamos estar para sempre… só que nem sempre a outra pessoa quer o mesmo. Mas, todo fim também é o começo de algo, e sobre esse exato momento vem o longa ‘Não Tem Volta’, nova comédia nacional que chega ao nas salas de cinema a partir de hoje em todo o Brasil.



Desde que conheceu Gabriela (Manu Gavassi) casualmente um dia, Henrique (Rafael Infante) se sente completamente apaixonado por ela. Tanto, que seu amor não cabe mais no peito e acaba extrapolando – nos ciúmes, no controle, na desconfiança, e Gabriela decide terminar tudo, deixando-o para trás. Um ano se passou, mas Henrique não conseguiu superar a perda do grande amor de sua vida. Desgostoso de tudo, ele decide que não quer mais viver nesse mudo, mas, também, não tem coragem de tirar a própria vida. É aí que entra a brilhante solução: Henrique decide contratar os serviços de uma empresa de matadores de aluguel, chamada ‘Não Tem Volta’, justamente porque uma vez feito o trato, não dá para mudar de ideia depois. Henrique entrega todo o seu dinheiro para o dono da empresa (Roberto Bomtempo), mas, para sua surpresa – boa e ruim – no dia seguinte reencontra Gabriela, que pede para reatar o namoro. E agora?

Construído no tempo padrão de uma hora e trinta de duração, ‘Não Tem Volta’ é uma história que passeia por diversos gêneros, começando pelo drama, indo para a comédia, enveredando para a ação (com comédia) e voltando ao drama no fim. Transmitindo um mote com o qual qualquer espectador pode se relacionar (afinal, quem nunca pensou naquele amor que se deixou escapar?), os gêneros múltiplos com os quais o enredo dialoga fazem com que, ao mesmo tempo, o espectador questione suas próprias reações: diante do drama vivido pelo protagonista dentro de uma situação absurda, era para estarmos rindo de determinado acontecimento?

O roteiro de Fernando Ceylão elabora diversas situações impossíveis para potencializar as enrascadas em que o protagonista se mete, de modo que a suspensão da descrença pode ter que ficar um pouco de lado em alguns momentos. Chama a atenção as escolhas do diretor César Rodrigues (responsável pela série de suspense cômico ‘Nada Suspeitos’, da Netflix) pelas locações para gravação, indo desde os bairros da Glória e da Lapa, passando por algum lugar semelhante ao Riachuelo, São Conrado e, de repente, estamos em Salvador; tal escolha ajuda a elaborar o dinamismo do gênero da ação deslocando sempre seus personagens, que transitam com um leve suspense no ar fugindo, no fim das contas, de suas próprias escolhas.

Isoladamente, tanto Rafael quanto Manu estão bem em ‘Não Tem Volta’, que pode ser resumido como uma comédia muito louca com vários cacos típicos do Porta dos Fundos e a suavidade das canções de Gavassi. Com um bocado de reviravoltas e participações especiais de Diogo Vilela e Betty Gofman, o filme arranca riso inesperado da gente e traz uma cena pós-crédito hilária. Bom entretenimento.

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Desde que conheceu Gabriela (Manu Gavassi) casualmente um dia, Henrique (Rafael Infante) se sente completamente apaixonado por ela. Tanto, que seu amor não cabe mais no peito e acaba extrapolando – nos ciúmes, no controle, na desconfiança, e Gabriela decide terminar tudo, deixando-o para trás. Um ano se passou, mas Henrique não conseguiu superar a perda do grande amor de sua vida. Desgostoso de tudo, ele decide que não quer mais viver nesse mudo, mas, também, não tem coragem de tirar a própria vida. É aí que entra a brilhante solução: Henrique decide contratar os serviços de uma empresa de matadores de aluguel, chamada ‘Não Tem Volta’, justamente porque uma vez feito o trato, não dá para mudar de ideia depois. Henrique entrega todo o seu dinheiro para o dono da empresa (Roberto Bomtempo), mas, para sua surpresa – boa e ruim – no dia seguinte reencontra Gabriela, que pede para reatar o namoro. E agora?

Construído no tempo padrão de uma hora e trinta de duração, ‘Não Tem Volta’ é uma história que passeia por diversos gêneros, começando pelo drama, indo para a comédia, enveredando para a ação (com comédia) e voltando ao drama no fim. Transmitindo um mote com o qual qualquer espectador pode se relacionar (afinal, quem nunca pensou naquele amor que se deixou escapar?), os gêneros múltiplos com os quais o enredo dialoga fazem com que, ao mesmo tempo, o espectador questione suas próprias reações: diante do drama vivido pelo protagonista dentro de uma situação absurda, era para estarmos rindo de determinado acontecimento?

O roteiro de Fernando Ceylão elabora diversas situações impossíveis para potencializar as enrascadas em que o protagonista se mete, de modo que a suspensão da descrença pode ter que ficar um pouco de lado em alguns momentos. Chama a atenção as escolhas do diretor César Rodrigues (responsável pela série de suspense cômico ‘Nada Suspeitos’, da Netflix) pelas locações para gravação, indo desde os bairros da Glória e da Lapa, passando por algum lugar semelhante ao Riachuelo, São Conrado e, de repente, estamos em Salvador; tal escolha ajuda a elaborar o dinamismo do gênero da ação deslocando sempre seus personagens, que transitam com um leve suspense no ar fugindo, no fim das contas, de suas próprias escolhas.

Isoladamente, tanto Rafael quanto Manu estão bem em ‘Não Tem Volta’, que pode ser resumido como uma comédia muito louca com vários cacos típicos do Porta dos Fundos e a suavidade das canções de Gavassi. Com um bocado de reviravoltas e participações especiais de Diogo Vilela e Betty Gofman, o filme arranca riso inesperado da gente e traz uma cena pós-crédito hilária. Bom entretenimento.

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