quarta-feira, agosto 20, 2025
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    Crítica | ‘Nem Toda História de Amor Acaba em Morte’ – Comédia romântica apresenta primeira protagonista surda da história do cinema brasileiro

    A rotina que mata. Trazendo um importante olhar para a surdez e acessibilidade gerando uma representatividade importante e ainda pouco vista nos produtos audiovisuais brasileiros, o longa-metragem paranaense Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, entre beijos e feridas, num cair e levantar, busca um retrato sutil do cotidiano. Escrito e dirigido por Bruno Costa, e já exibido em dois dos principais festivais de cinema do Brasil, este é um projeto que explora, com leveza, as gangorras emocionais do coração.

    Sol (Chiris Gomes) é uma professora que está em um casamento na iminência do fim. Quando resolve tomar essa decisão, acaba conhecendo e se apaixonando por Lola (Gabi Grigolom), uma jovem atriz surda que luta para manter viva sua companhia de teatro. Quando as duas resolvem embarcar de forma definitiva nesse relacionamento, conflitos com o ex-marido de Sol, Miguel (Octávio Camargo), se tornam presentes.

    Nessa tragicômica jornada, que ganha força à medida que se afasta de seu início, acompanhamos uma protagonista em crise, descobrindo novas formas de amar e de enxergar as relações. O roteiro se arrisca ao adotar uma estrutura quase episódica, como pequenas esquetes que se costuram em busca de simplificar o que é, por natureza, complexo. Fórmula que funciona quando o filme, num segundo momento, engrena.

    Uma nova fase da vida e os sussurros dos que cismam em não entender, se tornam alguns dos contrapontos que se chocam numa narrativa com um abre alas com o freio de mão puxado mas que de alguma forma utiliza um trunfo interessante, um papo reto, uma mensagem objetiva, que deixa o filme sutil, com momentos cômicos e fácil identificação. Embora nem sempre alcance maior profundidade e por vezes se embarace em suas próprias propostas, mantém um tom leve e agradável que convida o espectador a seguir até o fim.

    Além dos méritos já mencionados, Nem Toda História de Amor Acaba em Morte traz um importante espaço para a representatividade da comunidade surda, apresentando a primeira protagonista surda da história do cinema brasileiro. O filme estreia em 2026 nos cinemas do nosso país.

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