terça-feira , 3 dezembro , 2024

Crítica | Ninguém é de Ninguém – Filme ESPÍRITA com ritmo lento aborta o Ciúmes e os relacionamentos abusivos

O antes influencia o depois. Baseado no livro homônimo de 378 páginas, lançado 23 anos atrás, pela escritora espiritualista paulista Zíbia Gasparetto, Ninguém é de Ninguém molda seus olhares e reflexões para um dos mais delicados estados emocionais do ser humano, o ciúmes. Caminhando por estradas dolorosas das reações complexas que se estabelecem nas desconfianças para com o outro, o roteiro busca ampliar seu campo de desenvolvimento através dos conflitos de seus personagens mas acaba se perdendo no momento em que a técnica é aplicada na narrativa.

Subtramas rasas geram certo desequilíbrio, como se peças faltassem para um entendimento mais amplo do complicado caminho do abstrato proposto. Por outro lado, a mensagem consegue chegar ao campo de reflexão, até mesmo com várias interpretações sobre quais lições a história busca passar, principalmente sobre a explicação estar em acontecimentos de vidas passadas.



Na trama, conhecemos Gabriela (Carol Castro, em destacada atuação) e Roberto (Danton Mello), um casal que passa por uma séries de instabilidades na relação após o segundo caminhar por diversos obstáculos e seu empreendimento afundar, ao mesmo tempo que Gabriela, uma advogada em ascensão na empresa onde trabalha, começa a colher os frutos de sua dedicação.

A situação piora quando Roberto começa a desconfiar da fidelidade da esposa com o dono da empresa onde ela trabalha, o Dr. Renato (Rocco Pitanga). Esse último também passa por situações complexas no relacionamento com a socialite Gioconda (Paloma Bernardi), também com a motivação do ciúmes no epicentro dos problemas. Ao longo do filme vamos vendo que esses destinos de alguma forma já estavam entrelaçados.

O relacionamento abusivo no centro da questão. Tendo como foco o ciúmes, a desconfiança, numa estrada com um forte viés espiritual, somos levados a abrir a porta da casa de duas famílias que passam por situações dolorosas, amarguradas, que geram inconsequências para todos os lados.

Nesse olhar íntimo para casamentos na iminência do naufrágio, o desenvolvimento do roteiro gira em torno desses conflitos dos personagens e num segundo momento no resgate de acontecimentos em vidas passadas com imersões sobrenaturais. Nesse último ponto a história se perde chegando em uma conclusão interpretativa onde nada-se para o oceano do perdão, do arrependimento, de forma simplista, sem profundidade.

Esse é o segundo lançamento recente de um filme baseado em um livro de Zíbia Gasparetto, no final do ano passado chegou aos cinemas Nada é Por Acaso.

Dirigido por Wagner de Assis, cineasta que já dirigiu filmes Kardec e Nosso Lar, dois filmes também com essa pegada espírita, Ninguém é de Ninguém, de forma atabalhoada, consegue chegar em seu objetivo, sua mensagem, muito ligada à uma emblemática questão existencial associada ao indivíduo possuir somente a si e as várias formas de entender a vida dessa forma.

 

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Crítica | Ninguém é de Ninguém – Filme ESPÍRITA com ritmo lento aborta o Ciúmes e os relacionamentos abusivos

O antes influencia o depois. Baseado no livro homônimo de 378 páginas, lançado 23 anos atrás, pela escritora espiritualista paulista Zíbia Gasparetto, Ninguém é de Ninguém molda seus olhares e reflexões para um dos mais delicados estados emocionais do ser humano, o ciúmes. Caminhando por estradas dolorosas das reações complexas que se estabelecem nas desconfianças para com o outro, o roteiro busca ampliar seu campo de desenvolvimento através dos conflitos de seus personagens mas acaba se perdendo no momento em que a técnica é aplicada na narrativa.

Subtramas rasas geram certo desequilíbrio, como se peças faltassem para um entendimento mais amplo do complicado caminho do abstrato proposto. Por outro lado, a mensagem consegue chegar ao campo de reflexão, até mesmo com várias interpretações sobre quais lições a história busca passar, principalmente sobre a explicação estar em acontecimentos de vidas passadas.

Na trama, conhecemos Gabriela (Carol Castro, em destacada atuação) e Roberto (Danton Mello), um casal que passa por uma séries de instabilidades na relação após o segundo caminhar por diversos obstáculos e seu empreendimento afundar, ao mesmo tempo que Gabriela, uma advogada em ascensão na empresa onde trabalha, começa a colher os frutos de sua dedicação.

A situação piora quando Roberto começa a desconfiar da fidelidade da esposa com o dono da empresa onde ela trabalha, o Dr. Renato (Rocco Pitanga). Esse último também passa por situações complexas no relacionamento com a socialite Gioconda (Paloma Bernardi), também com a motivação do ciúmes no epicentro dos problemas. Ao longo do filme vamos vendo que esses destinos de alguma forma já estavam entrelaçados.

O relacionamento abusivo no centro da questão. Tendo como foco o ciúmes, a desconfiança, numa estrada com um forte viés espiritual, somos levados a abrir a porta da casa de duas famílias que passam por situações dolorosas, amarguradas, que geram inconsequências para todos os lados.

Nesse olhar íntimo para casamentos na iminência do naufrágio, o desenvolvimento do roteiro gira em torno desses conflitos dos personagens e num segundo momento no resgate de acontecimentos em vidas passadas com imersões sobrenaturais. Nesse último ponto a história se perde chegando em uma conclusão interpretativa onde nada-se para o oceano do perdão, do arrependimento, de forma simplista, sem profundidade.

Esse é o segundo lançamento recente de um filme baseado em um livro de Zíbia Gasparetto, no final do ano passado chegou aos cinemas Nada é Por Acaso.

Dirigido por Wagner de Assis, cineasta que já dirigiu filmes Kardec e Nosso Lar, dois filmes também com essa pegada espírita, Ninguém é de Ninguém, de forma atabalhoada, consegue chegar em seu objetivo, sua mensagem, muito ligada à uma emblemática questão existencial associada ao indivíduo possuir somente a si e as várias formas de entender a vida dessa forma.

 

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