domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | O Dia Depois – O confronto das palavras

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Concorrente a Palma de Ouro na edição passada no Festival de Cannes, ‘Geu-hu’, no original, é um retrato profundo sobre os sentimentos, suas razões e emoções quando afloram, fala também sobre a existência e maneiras de pensar sobre, não deixando de lado a forma como enxergamos as visões dos outros. Fragmentado quase em capítulos desordenados, com um preto e branco maravilhoso de pano de fundo, O Dia Depois mostra mais uma vez a todos o imenso talento do cineasta sul coreano Hong Sang-soo que nos apresenta a arte de decifrar as filosofias do universo de maneira madura e ao mesmo tempo as incertezas imaturas dos relacionamentos.

Na trama, conhecemos Song Areum (Min-hee Kim), uma jovem que vai para o primeiro dia de seu novo emprego em uma pequena editora comandada por Kim Bongwan (Hae-hyo Kwon). Se identificando demais com seu novo chefe durante os longos diálogos que participam os dois durante um almoço, tudo ia muito bem. Mas certa hora do dia, a esposa do seu chefe aparece de surpresa e começa a tirar satisfações com Areum sobre uma possível traição com seu marido. A partir disso, embarcamos em uma viagem rumos as verdades dessa delicada situação, principalmente quando a verdadeira amante de Kim Bongwan volta a cena.



A estética é exuberante. Entre os zooms e os paralelos da lente do ótimo Hong Sang-soo conhecemos uma curiosa história preenchida detalhadamente com diálogos inspirados. O inusitado faz com que o drama no dia de Areum vire quase uma comédia pastelão, por conta das absurdas idas e vindas provocados pelo perturbado e indeciso chefe da editora, interpretado pelo excelente ator Hae-hyo Kwon. Repleto de lições de moral que não duram dois minutos, a gangorra dos acontecimentos do quarteto criado é pra lá de cômico e explica bastante sobre as características dos personagens.

Estimado em 100 mil dólares, valor consideravelmente baixo, ‘O Dia Depois’ chega nos próximos meses no circuito brasileiro. Um filme poderoso, de diálogos intensos, onde os personagens lutam a todo instante atrás das curas que encontram  facilmente em palavras mas somente às vezes na realidade.

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Na trama, conhecemos Song Areum (Min-hee Kim), uma jovem que vai para o primeiro dia de seu novo emprego em uma pequena editora comandada por Kim Bongwan (Hae-hyo Kwon). Se identificando demais com seu novo chefe durante os longos diálogos que participam os dois durante um almoço, tudo ia muito bem. Mas certa hora do dia, a esposa do seu chefe aparece de surpresa e começa a tirar satisfações com Areum sobre uma possível traição com seu marido. A partir disso, embarcamos em uma viagem rumos as verdades dessa delicada situação, principalmente quando a verdadeira amante de Kim Bongwan volta a cena.

A estética é exuberante. Entre os zooms e os paralelos da lente do ótimo Hong Sang-soo conhecemos uma curiosa história preenchida detalhadamente com diálogos inspirados. O inusitado faz com que o drama no dia de Areum vire quase uma comédia pastelão, por conta das absurdas idas e vindas provocados pelo perturbado e indeciso chefe da editora, interpretado pelo excelente ator Hae-hyo Kwon. Repleto de lições de moral que não duram dois minutos, a gangorra dos acontecimentos do quarteto criado é pra lá de cômico e explica bastante sobre as características dos personagens.

Estimado em 100 mil dólares, valor consideravelmente baixo, ‘O Dia Depois’ chega nos próximos meses no circuito brasileiro. Um filme poderoso, de diálogos intensos, onde os personagens lutam a todo instante atrás das curas que encontram  facilmente em palavras mas somente às vezes na realidade.

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