sexta-feira, setembro 20, 2024

Crítica | O Dia Que Te Conheci – Grace Passô e Renato Novaes em Hilária Comédia Romântica do Cotidiano

Sabe aquelas histórias inacreditáveis que os amigos costumam contar numa mesa de bar? Aquelas que, de tão mirabolantes e surreais, parecem até mentira – mas que, justamente pelo seu irrealismo, só podem ser verdade, afinal, ninguém conseguiria ser tão criativo assim na hora de inventar uma história? Pois bem, são justamente esses os melhores causos para se contar numa festa, num bar, numa roda de amigos e rendem as melhores memórias. E são as que melhor inspiram o cinema a criar filmes com os quais o público consegue se envolver, como o longa ‘O Dia Que Te Conheci’, nova comédia romântica brasileira que chega a partir de hoje nos cinemas brasileiros.

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Zeca (Renato Novaes, que é irmão do diretor do filme) tem um problema gravíssimo: tem séria dificuldade em acordar cedo. Ele tenta, bota mil alarmes, pede ajuda para seu companheiro de apartamento, mas sempre falha. E isso tem severas consequências na sua vida profissional enquanto bibliotecário de uma escola em uma cidade no interior de Minas Gerais, pois sempre acorda atrasado, sai atrasado e chega atrasado na escola. Mas, no dia de hoje, algo de diferente irá acontecer na sua rotina com a visita de Luísa (Grace Passô, de ‘No Coração do Mundo’), que trabalha no RH do colégio. Ao conhecer Luísa, não só a rotina mas a própria vida de Zeca irá mudar completamente nas horas a seguir.

Com surpreendentes setenta e um minutos de duração (pouco mais de uma hora), ‘O Dia Que Te Conheci’ consegue, com seu pouco tempo de tela, contemplar diversas situações cotidianas com as quais boa parte do público poderá se relacionar – como, por exemplo, pegar um ônibus quando se está atrasado e ele quebrar no meio do caminho, atrasando ainda mais a rotina.

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Escrito, dirigido e produzido por André Novais de Oliveira, o ponto forte de ‘O Dia Que Te Conheci’ é justamente os diálogos, escritos de maneira bem próxima das falas comuns da população urbana brasileira. Essas trocas verbais, dentro dos contextos inusitados, arrancam sinceras risadas do público, que consegue entender exatamente todos os sentimentos envolvidos em cada uma das falas, principalmente aquelas proferidas pelo casal protagonista. Aliás, é muito mérito das atuações do par Grace e Renato, que imprime naturalidade e casualidade em todas as cenas, o fato de o público conseguir se envolver tanto com os dois e suas histórias. Mais do que se entregarem, Grace e Renato emprestam aos personagens toda a carga do corre, dos perrengues e dos dias de luta e dias de glória os quais todos nós conhecemos.

Ainda que curtinho, a produção tem surpreendentes cenas longas, a começar pelo início, que coloca os créditos da produção numa abertura estática e bem demorada. Em outro momento, em que o casal protagonista está atravessando uma rua, a produção se demora longos minutos nessa cena sem diálogos, o que acaba quebrando o ritmo da interação entre os protagonistas e do clima para o espectador – pois, nesse momento, já estamos totalmente imersos tanto na comédia quanto no romance proposto pelo filme.

De uma maneira bem autoral, o diretor André Novais de Oliveira imprime sua assinatura do romance na casualidade do cotidiano em ‘O Dia Que Te Conheci’, entregando um filme leve, engraçado e bem real para um público sedento por se reconhecer nas telonas.

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