quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | ‘O Dia que te Conheci’ – Os caminhos inesperados do conhecer um novo alguém [Festival do Rio 2023]

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Produzido pela Filmes de Plástico, produtora mineira que vem trazendo lindos filmes para o público desde 2009, O Dia que te Conheci é uma espécie de crônica cotidiana que de forma simples, simpática e objetiva nos faz refletir sobre questões da sociedade, da classe trabalhadora, dos encontros e desencontros que o destino apronta. Dirigido por André Novais Oliveira, esse projeto se torna uma caixinha de surpresas transformando um drama em um romance que atinge nossos corações.



Na trama, ambientada em uma Minas Gerais na atualidade, conhecemos Zeca (Renato Novaes), um simpático homem, imaturo, por muitas vezes inocente, descompromissado com o que pode vir no futuro, que trabalha na biblioteca de uma escola pública localizado longos quilômetros longe de sua casa. Um dia, por conta de seus constantes atrasos por um presente ligado à crises de sono intensas, é demitido de seu trabalho. No mesmo dia, pega uma carona com Luísa (Grace Passô) e entre desabafos e papos sobre diversos assuntos aos poucos um vai abrindo o coração para o outro.

Diálogos que nos transportam para a realidade de muitos trabalhadores brasileiros com um forte olhar para o cotidiano, as angústias, as aflições, os desencontros, as segundas chances, são vistos ao longo de singelos 71 minutos de projeção. Mas tudo isso é envolvido, conectado, por um ponto em comum entre os personagens, uma curiosa problemática com os remédios. Aqui, nosso campo de reflexão se torna mais amplo, profundo, as agonias de um mundo cada vez mais concorrido no campo profissional, as dores, os traumas, emoções conflitantes que levam ao caos emocional estão implicitamente ligadas ao uso desses medicamentos. Essa é uma questão importante para refletirmos.

A virada para uma história de amor, ou pelo menos o início de uma, é uma consequência de duas almas que se conectam, que observam e tentam entender o outro. É muito bonito a forma como essa construção é feita, não há malabarismos quando o discurso vai na raiz das emoções em cima dos caminhos inesperados do conhecer um novo alguém. As produções da Filmes de Plástico retratam como poucos o cotidiano, O Dia que te Conheci é mais um filme que na sua simplicidade tem muito a dizer.

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Na trama, ambientada em uma Minas Gerais na atualidade, conhecemos Zeca (Renato Novaes), um simpático homem, imaturo, por muitas vezes inocente, descompromissado com o que pode vir no futuro, que trabalha na biblioteca de uma escola pública localizado longos quilômetros longe de sua casa. Um dia, por conta de seus constantes atrasos por um presente ligado à crises de sono intensas, é demitido de seu trabalho. No mesmo dia, pega uma carona com Luísa (Grace Passô) e entre desabafos e papos sobre diversos assuntos aos poucos um vai abrindo o coração para o outro.

Diálogos que nos transportam para a realidade de muitos trabalhadores brasileiros com um forte olhar para o cotidiano, as angústias, as aflições, os desencontros, as segundas chances, são vistos ao longo de singelos 71 minutos de projeção. Mas tudo isso é envolvido, conectado, por um ponto em comum entre os personagens, uma curiosa problemática com os remédios. Aqui, nosso campo de reflexão se torna mais amplo, profundo, as agonias de um mundo cada vez mais concorrido no campo profissional, as dores, os traumas, emoções conflitantes que levam ao caos emocional estão implicitamente ligadas ao uso desses medicamentos. Essa é uma questão importante para refletirmos.

A virada para uma história de amor, ou pelo menos o início de uma, é uma consequência de duas almas que se conectam, que observam e tentam entender o outro. É muito bonito a forma como essa construção é feita, não há malabarismos quando o discurso vai na raiz das emoções em cima dos caminhos inesperados do conhecer um novo alguém. As produções da Filmes de Plástico retratam como poucos o cotidiano, O Dia que te Conheci é mais um filme que na sua simplicidade tem muito a dizer.

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