quinta-feira , 19 dezembro , 2024

Crítica | O Dono do Jogo

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Nós nos transformamos naquilo que praticamos com freqüência. A perfeição, portanto, não é um ato isolado, é um hábito. Lançado nos Estados Unidos no final do mês de setembro do ano passado, O Dono do Jogo conta a história de uma lenda do Xadrez que esteve metido em ‘jogos políticos’ durante a famosa guerra fria. No papel principal, o eterno homem-aranha Tobey Maguire (que também produziu o filme) que às vezes meio exagerado, e sem tornar o protagonista uma figura com grande carisma, deixa o filme muitas vezes sonolento, já que é o grande pilar da trama. Nem a competente direção do craque Edward Zwick consegue deixar o filme atraente aos olhos cinéfilos.

Na trama, que não deixa de ser uma cinebiografia, conhecemos com mais detalhes a vida de Robert James Fischer, o Bobby Fischer (Tobey Maguire), uma lenda do xadrez mundial que nasceu em Chicago mas logo se mudou para Nova Iorque onde passou a freqüentar vários clubes de xadrez. Desde a adolescência sendo tratado como um grande gênio do tabuleiro, durante a Guerra fria, mais precisamente em 1972, resolveu lutar pelo título mundial e em uma épica batalha, venceu o campeão russo Boris Spassky (Liev Schreiber). O filme mostra parte do caminho de Fischer até essa batalha, com seus problemas sociais e suas paranóias constantes.



Não é que o filme seja ruim, longe disso. Mas ele não consegue prender a atenção nos seus momentos importantes. Talvez falte uma sagacidade ao roteiro e atuações um pouco mais inspiradas de Tobey Maguire e Liev Schreiber. O primeiro ato do filme é bastante corrido, a relação com sua mãe não é muito bem explorada, são deixadas lacunas que não são respondidas e que ajudariam a compreender melhor as ações do protagonista. A relação da irmã de Fischer com o enxadrista também é mal encaixada na trama, servindo apenas como enfeite de clichê já no ato final da história. Essa aceleração das relações familiares do ex=campeão mundial de xadrez, para se chegar logo na luta de tabuleiro com Spassky, é bastante atrapalhada, acabam ficando peças pelo caminho.

Pawn Sacrifice, no original, não sei se é um filme que poderia dar certo, poderia ter sido melhor explorado no foco entre as grandes duas potências da época em que é ambientado. Parece que um abre alas foi feito para que a atuação do protagonista brilhe mas essa luz não acende em nenhum momento, acaba levando um xeque-mate.

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Nós nos transformamos naquilo que praticamos com freqüência. A perfeição, portanto, não é um ato isolado, é um hábito. Lançado nos Estados Unidos no final do mês de setembro do ano passado, O Dono do Jogo conta a história de uma lenda do Xadrez que esteve metido em ‘jogos políticos’ durante a famosa guerra fria. No papel principal, o eterno homem-aranha Tobey Maguire (que também produziu o filme) que às vezes meio exagerado, e sem tornar o protagonista uma figura com grande carisma, deixa o filme muitas vezes sonolento, já que é o grande pilar da trama. Nem a competente direção do craque Edward Zwick consegue deixar o filme atraente aos olhos cinéfilos.

Na trama, que não deixa de ser uma cinebiografia, conhecemos com mais detalhes a vida de Robert James Fischer, o Bobby Fischer (Tobey Maguire), uma lenda do xadrez mundial que nasceu em Chicago mas logo se mudou para Nova Iorque onde passou a freqüentar vários clubes de xadrez. Desde a adolescência sendo tratado como um grande gênio do tabuleiro, durante a Guerra fria, mais precisamente em 1972, resolveu lutar pelo título mundial e em uma épica batalha, venceu o campeão russo Boris Spassky (Liev Schreiber). O filme mostra parte do caminho de Fischer até essa batalha, com seus problemas sociais e suas paranóias constantes.

Não é que o filme seja ruim, longe disso. Mas ele não consegue prender a atenção nos seus momentos importantes. Talvez falte uma sagacidade ao roteiro e atuações um pouco mais inspiradas de Tobey Maguire e Liev Schreiber. O primeiro ato do filme é bastante corrido, a relação com sua mãe não é muito bem explorada, são deixadas lacunas que não são respondidas e que ajudariam a compreender melhor as ações do protagonista. A relação da irmã de Fischer com o enxadrista também é mal encaixada na trama, servindo apenas como enfeite de clichê já no ato final da história. Essa aceleração das relações familiares do ex=campeão mundial de xadrez, para se chegar logo na luta de tabuleiro com Spassky, é bastante atrapalhada, acabam ficando peças pelo caminho.

Pawn Sacrifice, no original, não sei se é um filme que poderia dar certo, poderia ter sido melhor explorado no foco entre as grandes duas potências da época em que é ambientado. Parece que um abre alas foi feito para que a atuação do protagonista brilhe mas essa luz não acende em nenhum momento, acaba levando um xeque-mate.

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